(Blanka Bianchi)Me, enganei completamente, acreditando que a minha gravidez fosse afastar Darcy de mim.Aquela paixão que ele dizia sentir por mim, já estava começando a me deixar incomodada.Eu cuidava da recepção da pousada, pois não tinha condições de pagar uma recepcionista.Eu havia contratado apenas três camareiras, e não servia refeição e nem café da manhã.Eu estava atrás do balcão, examinando algumas faturas, que já estava perto do vencimento, quando ouvi passos.Acreditei que fosse alguém querendo se hospedar na pousada, por isso, levantei a cabeça com um sorriso no rosto.Mas imediatamente o meu sorriso congelou.Do outro lado do balcão, com as mãos nos bolsos da calça, extremamente lindo e sexy estava Giannis.-- Você?-- Será que podemos conversar?Conversar? Ele queria conversar comigo? Por mais que eu o amasse, eu estava muito magoada com ele. E depois, o que ele estava fazendo ali, se achava que eu esperava o filho de outro?-- Acho que não temos nada para conversar.
Coronel Aluísio, seguia com a sua camioneta pela estrada de terra. Isso havia acontecido na noite anterior, quando ele tinha ido até Campo Pequeno. Giannis tinha ligado para ele, dizendo que estava voltando ao Brasil. -- Preciso resolver alguns assuntos pessoais, coronel. -- Esse assunto pessoal atende pelo nome de Blanka? -- Então já sabe que tivemos um desentendimento. -- Não só eu, mas todos na cidade. Pensei que vocês fossem dar certo, Giannis. -- E demos. Eu é que fui idiota. Mas tudo vai ficar bem entre nós novamente. -- Ela transformou o bordel de madame Carrero em uma pousada -- É. Já estou sabendo. -- Soube que tentaram matar você antes da decolagem. Tem ideia de quem tenha sido? -- Não. Mas eu vou descobrir. -- As portas da minha casa estão abertas para você. Pode ficar aqui na fazenda se quiser. -- Obrigado, coronel. Quando conheceu Giannis, Aluísio chegou a pensar que sua filha e o grego, pudessem ter algum envolvimento. Sua filha se mostrou muito interessada
(Blanka Bianchi)Giannis tinha ido. Mas seu perfume másculo havia ficado no ar. Eu amava muito ele, e ia sim perdoá-lo.Mas primeiro, eu precisava fazer com que Darcy se afastasse de vez da minha vida.Tava claro como água cristalina, que ele nunca se contentaria em ser somente meu amigo.Quando ele chegou, pouco depois da visita de Giannis, eu percebi que ele estava um pouco perturbado e agitado.Mas nem isso evitou que ele me convidasse para jantar naquela noite.-- Eu não posso. Não vou mais sair para jantar com você, Darcy, por favor, não me convide mais.Uma expressão de decepção agarrou o seu rosto.-- Por quê? A gente se dá tão bem. Já falei que se você quiser eu me caso com você, dou o meu sobrenome ao seu filho...-- Eu vou voltar com Giannis. Eu e ele vamos levar o nosso casamento a diante, vamos nos casar.-- Você não pode estar falando sério.-- Eu nunca lhe dei nenhuma esperança, Darcy. Giannis voltou, a gente se entendeu...-- Não! Você não pode voltar pra ele! Ele não m
Darcy observava a fazenda do coronel Aluísio, pouco depois de escurecer.Antes de ir embora ele ia fazer o que a sua mãe, madame Carrero, havia lhe pedido que era: Matar o grego!Ele ia matá-lo por dois motivos:Primeiro era porque a sua mãe havia lhe pedido. Segundo Ronda, madame Carrero, não queria deixar Blanka ir embora, via-a como a galinha dos ovos de ouro, e, o grego após vencer o leilão, tirou-a do bordel.O segundo motivo para matar Giannis era: Só assim Blanka seria inteiramente dele, mesmo ela não querendo.Ele pensava em tocaiar Giannis, quando ele estivesse sozinho. Darcy não ia se arriscar se o coronel e seus homens estivessem por perto.Coronel Aluísio, entrou no quarto, em que a mulher ferida que ele havia resgatado na estrada, estava.A bala que havia sido tirada pelo médico amigo, por pouco, não havia acertado o coração da mulher.O próprio Aluísio estava cuidado dos medicamentos e da troca de curativos.Mas estava preocupado, pois não sabia quem havia tentado matar
(Giannis Blacktone)Já fazia três dias, que eu, o coronel Aluísio e seus homens, juntos com Zeus, procurávamos por Blanka, com a esperança de alguém tê-la visto.Colei cartazes com a foto dela pela cidade toda, informando que daria uma recompensa se alguém soubesse do seu paradeiro.Adentramos também pelas matas mais próximas, revistamos casebres abandonados, acreditando que talvez o tal Darcy a tivesse levado para algum deles.Nada.Àquela altura, o meu desespero já era grande. Talvez ela já estivesse morta.Parei um pouco ali, no meio da mata, já com os meus olhos umedecidos.A minha vontade era de chorar, pois eu estava agoniado.-- Vamos encontrá-la, Giannis! Vamos encontrá-la com vida. – Disse-me Nico, que havia chegado da Grécia horas antes para me ajudar nas buscas.-- Talvez ele já a tenha levado para longe daqui, ou já a tenha matado, Nico. Se pelo menos o maldito delegado estivesse nos ajudando. Se tivéssemos ajuda da polícia das cidades, mais próximas ficaria mais fácil.Na
(Blanka Bianchi)Eu não sei em que lugar eu estou. Mas sei dentro do que eu estou.Eu estou dentro de um baú, um baú parecido com um caixão, onde não há espaço para eu virar.Assim que despertei não lembrei direito o que tinha acontecido.Tentei abrir o baú, que dificilmente quebraria por ser uma madeira resistente. Usei os pés, a mãos que estavam amarradas uma na outra, nenhum sucesso.Eu gritei a plenos pulmões e depois, percebi que não adiantava gritar, pois ninguém me ouviria.Depois, pouco a pouco eu lembrei o que tinha acontecido.Darcy!O jantar que ele havia preparado pra mim, como forma de despedida, quando na verdade, quando na verdade, era apenas um plano macabro dele, para me levar.A comida... O suco...Foi no suco que ele havia colocado alguma coisa, alguma droga, porque minutos depois, eu já não conseguia mais ficar com os olhos abertos, sentada, ou de pé.Meu ventre, meu bebê. Teria acontecido alguma coisa com o meu filho?A droga que ele havia me dado, teria matado o
(Giannis Blacktone)Eu não sabia dizer de que parte da mata tinha vindo o disparo, e tão pouco os outros que estavam comigo também sabiam.Cada um procurou um lugar para se esconder, se proteger. Coronel Aluísio me arrastou para de trás de uma pedra, ao mesmo tempo, em que usava a outra mão para disparar a sua arma, assim que percebeu de onde havia vindo os disparos.Naquele momento começou uma chuva de tiroteio na mata. Darcy continuava atirando, desta vez contra a polícia e os homens do coronel.Pouco a pouco eu fui me recuperando, devido ao impacto das balas no colete a prova de balas.Se eu não o tivesse colocado por existência do delegado, com certeza eu teria morrido, pois as balas foram certeiras em meu coração.Por fim os tiroteios foram cessando, assim que o delegado gritou que Darcy estava fugindo.Um grupo de quatro pessoas se dividiu, cada grupo foi por uma parte da intensa floresta.Já recuperado, aceitei a pistola que o coronel havia me entregado, eu, ele e mais dois de
(Giannis Blacktone)Nico não me deu nenhum telefonema, não me disse que estava voltando ao o Brasil, e que tão pouco a senhora Greta estava, vindo, com ele.Nico e a senhora Greta chegaram no, momento exato, em que eu e Darcy, estávamos trocando socos.Eu não os vi, não vi a aflição da senhora Greta que me tinha como a um filho, com medo que eu levasse a pior.Eu não vi Nico sacar sua arma. A pistola que ele carregava sempre com ele.-- Não deixe matar o meu menino, não deixe!-- Eu não posso atirar senhora, Greta! Se eu matá-lo, Giannis nunca vai saber para onde ele levou Blanka.-- Atire na perna, mas detenha esse homem! Ele vai matar o meu menino!Assim que eu ouvi o disparo, eu acreditei que o tiro tinha saído da arma de Darcy, e que eu cairia em segundos.Mas quem caiu, não fui eu.Foi ele. Foi Darcy.Ele recebeu um tiro nas costas.No momento, eu não lembrei que a minha vida tinha sido salva, naquele momento, eu me preocupava com a vida dele.Se ele morresse, com certeza nunca m