"Isso mesmo, cara. Eu tava morando com ela. Me desculpa por não te contar, mas era complicado." Gabriel sentou-se à mesa, ao lado do primo, depois de ter feito os pontos necessários para encerrar a partida, liberando a pista para outros jogadores.
"E agora vocês não tão morando mais juntos, é isso?" Perguntou, a fim de ver se tinha entendido corretamente. "Continuam juntos, mas não moram mais juntos.""É, eu voltei pro meu apartamento." Confirmou. "A gente tava junto, mas ela não queria assumir, não queria que ninguém soubesse e, por isso, eu acabei terminando tudo. Então ela mudou de ideia, e se mostrou disposta a assumir, mas aí eu achei melhor começar tudo diferente dessa vez... começar como todo namoro normal, com cada um na sua casa.""Só se fala nisso lá na empresa." Samuel comentou, espetando uma batata frita e colocando-a na boca. "Naquele sábado, eles transaram na sala principal, na de TV, e na cozinha, e depois viram o sol nascer sentados na beira da piscina, com parte das pernas mergulhada na água, antes deGabriel voltar para seu próprio apartamento. No domingo, foi ela quem sugeriu que saíssem de casa e fossem ver um filme no cinema, para depois fazer um lanche em um café perto dele.No final de semana seguinte, eles visitaram um ringue de patinação, por sugestão dele, e foram a um lugar chamado Helium Comedy Club ver apresentação de comediantes no estilo stand up, por sugestão dela, que já tinha percebido o quanto ele adorava comédias e ria fácil com elas. Não dava nem para acreditar que, um dia, ela tinha pensado que ele era um rapaz excessivamente sério. As aparências realmente podem nos enganar e devemos ter cuidado com elas!Eles iniciaram uma rotina normal de casal e l
ela pode ser bem surpreendente!""Eu tenho muito que agradecer a você! A vocês duas, aliás." DisseViviam, puxando Harmony para mais perto, pois tinham que estar próximas para ouvir umas as outras, graças à música alta. "Obrigada, Harmy. Obrigada às duas! Se não fosse pelos conselhos de vocês, eu nunca saberia como eu tava deixando de ser feliz por causa dos meus medos." As meninas fizeram gestos que deixavam claro que ela não precisava agradecer, e abraçaram a amiga, voltando a dançar em seguida."Você já conhecia essas amigas dela?" Samuel perguntou. "A Harmony é uma delícia!" Declarou, estudando a garota de cima a baixo. "Ela tem namorado?""Cara, eu conheci as duas hoje, mas, pelo que eu sei, namorado ela não tem, não. Só que toma cuidado, cara! Ela é armada e perigosa." Riu."Ah, fala sério!" Duvidou.
"É isso mesmo!" Voltou a se manifestar o outro. "Você sempre foi belíssima e elegante, mas está com um brilho maior agora. Um brilho condizente com nossos metais e pedras preciosos.""Espero que não estejam sendo apenas gentis, pois vou ter isso em mente agora, quando me arrumar para reuniões importantes." Brincou, mas, no fundo, sentiu-se aliviada e até animada pelas palavras dos companheiros de conselho deliberativo.Na reunião seguinte, como na primeira, o rosa choque não pareceu assustar e nem chamou mais atenção do que as observações que a Srta.Lavigne fez durante as negociações, e ela saiu convencida de que não precisaria mais trabalhar com roupas que eram quase um uniforme. Entrou em seu escritório, sentou-se, e girou a cadeira a fim de contemplar a vista, com um sorriso no rosto. Mal poderia esperar para ver o semblante deGabriel, n&atil
Viviam chegou exausta em casa, e cheia de sacolas de roupas, que ela pediu a Cora para passar e colocar no closet. Guardou ela mesma os acessórios e descansou até anoitecer, quando, então, colocou um dos vestidos novos que já estava adequado para uso, uma sandália nova e um conjunto de brincos e cordão da última coleção de sua própria joalheria, e foi com Brad buscarGabriel, para irem ao teatro e depois jantar em um restaurante japonês bastante tradicional.Se aquele dia tinha começado bem diferente, a maior parte da noite, ao contrário, seguiu o curso natural dos últimos tempos, com o casal conversando muito e rindo junto, na rua, e depois fazendo amor, mais de uma vez, no apartamento dela.ParaGabriel, teria sido um sábado completamente comum, se a noite dos dois não tivesse terminado de forma ainda mais inusitada do que o início do dia da gar
"Eu acho melhor não. É melhor combinarmos um outro dia." Ryder interviu, sem jeito."Por que não? Eu adoraria! Vamos,Gabriel?"Viviam embarcou na ideia."Pode ser." Ele respondeu, mas ficou olhando para o amigo, sabendo que alguma coisa não estava certa."Eu não sei se é uma boa ideia." Repetiu o outro rapaz."É por que a Penny vai estar lá, amor?" Marley voltou a se fazer de boba. "Não tem nada a ver, se for por isso! Ela tá noiva e oGabriel tá namorando. Eles são pessoas civilizadas que podem se encontrar numa boa. Não é,Gabriel?""É... é... é claro." Ele gaguejou, como há muito tempo não fazia, e isso incomodouViviam, que não gostou de vê-lo preocupado em encontrar a ex."Nós vamos, sim." Ela respondeu pelos dois. "Eu vou só retocar minha maquiagem." Afirmou, saind
"Que tal se a gente viajasse?" Ele questionou, animado. "A gente podia pegar a estrada, numa sexta-feira à noite, ir pra um hotel nas montanhas ou na praia, e voltar na segunda pela manhã.""Eu tenho uma ideia melhor!" Informou. "Eu tenho uma casa perto de Edinboro, junto de um lago. É um lugar lindo e super tranquilo. Eu posso avisar ao caseiro que estamos indo, pra ele abastecer a geladeira e a despensa, e nós podemos ir no helicóptero da empresa amanhã de manhã e voltar segunda.""Eu não quero faltar ao trabalho, só porque sou seu namorado,Vivi." Disse, desconfortável. "A gente pode ir sexta à noite.""Eu não gosto de voar de helicóptero à noite, bebê. E não vai matar se você tirar folga um dia, pelo amor de Deus! Você também tem que se soltar mais, ser menos certinho, viu? Foi você mesmo quem disse que seus relatórios
"Será que não é melhor você voltar pro clube, então?" ArriscouViviam, sem entender muito dessas coisas de traumas e suas consequências. Não sabia lidar nem com os dela própria e tinha dificuldade de se submeter a tratamentos, vendo sua vida, dores e medos darem origem a teorias que considerava mirabolantes."O que a sua terapeuta disse sobre isso?" Harm questionou."Que não. Eu não devo voltar." Suspirou. "Eu consegui passar a ter uma vida sexual normal, sem a necessidade de maltratar ninguém pra gozar, e ela acha que eu não devo fazer um retrocesso nisso. E eu concordo com ela que eu tenho que acabar com a compulsão por compras, sem voltar pro sadomasoquismo, porque eu quero um namorado agora! Eu quero me apaixonar, me casar um dia, ter uma família. Eu já disse isso pra vocês.""Você tem razão."Viviam sorriu de forma cúmplice. "
"Eu to mesmo bem,Gabriel?" Questionou, tensa, observando-se no espelho, quando enfim chegou o domingo. Era a quarta vez que ela repetia a pergunta, e ele revirou os olhos. Já eram quinze para o meio dia e, se não saíssem logo, chegariam atrasados."Você tá linda, bebê!""Eu não quero saber se eu to linda. Quero saber se estou adequada pra conhecer os seus avós!""Você tá elegante, discreta. Você tá perfeita,Vivi! Vamos, por favor!""E o vinho? Seu avô gosta mesmo de vinho tinto?" Ele assentiu, rindo. "E as flores? Eu gosto muito de lírios, mas talvez tivesse sido melhor se...""Vivi..." Ele segurou as mãos dela, que o encarou, respirando fundo."Desculpa. Eu to surtando, né?" Foi a vez dela de rir. "Eu só... nunca passei por isso e não quero te decepcionar.""E você não vai." Ele assegurou, soltando uma d