Adam SevenChegando na plantação, encontro a merda. Por isso não estava conseguindo mais contato com meus homens. Os desgraçados que colocaram fogo voltaram e fizeram uma chacina. Não sobrou ninguém vivo.Vou precisar de reforços. Teria que ser muitos para abater meus homens dessa forma.Chamo Felipe e alguns dos homens de confiança da família. Até penso em chamar Raoul, mas nosso pai surtaria vendo o filho caçula em um ambiente de massacre. Melhor não arriscar, mesmo eu achando que juntando todos os Seven não dá o sangue frio do meu maninho.— É isso que você chama de lua de mel? — Felipe me provoca ao chegar. É raro vê-lo assim, vestido com camisa com estampas florais e bermuda. Isso só acontece quando precisa do disfarce turista.Estamos em uma pousada na cidade mais próxima da plantação, esperando e sondando. A pousada é minha, o disfarce perfeito para minhas visitas constantes a essa cidade, tem até um laboratório no subsolo.— Devia mesmo estar em outro lugar — respondo, fazendo
Bela DuboisFaz uma semana que Adam partiu para não sei onde e não voltou.Às vezes penso em ligar para ele ou mandar mensagens, mas acabo não fazendo. Se ele não me ligou para dizer que estava bem ou me perguntar se estou bem é porque não gosta desse tipo de coisa. Ele parece ser muito fechado. Ainda custo acreditar que o convenci a brincar na chuva como duas crianças.Passo os dias na biblioteca e me alimento do mesmo prato que ele me ensinou. Só vou aprender outro quando ele me ensinar. Eu quero aquele momento na cozinha, quero aquele momento na chuva. Faz tempo que não engano ninguém, se é que em algum momento enganei. Confesso, eu quero aquele fera.Estou muito entediada hoje, querendo muito que ele volte. O mais estranho é que posso sair e passear a qualquer momento, porém estou aqui, esperando por ele como um cão espera seu dono. Que merda! Nem mesmo tento ligar para Cinderela ou ir até ela escondido. Nem mesmo penso nisso. Só penso em um brutamonte marcado por cicatrizes sexys
Bela DuboisMal passo pela porta e dou de cara com um psicopata adolescente. Raoul.Deve ter vindo visitar Adam outra vez.— Que pressa é essa, cunhada? Indo matar ou salvar alguém? — ele olha na direção da minha mão, onde seguro o abridor de cartas.— Se eu disser que vou matar, vai tentar me impedir?Ele sorri, o que deixa seu rosto assustador de um jeito sexy. Esse rapaz me lembra muito o ator que fez o filme It, a coisa. Se eu o encontrasse sozinha a noite, certamente correria desesperadamente na direção oposta.— De jeito nenhum. Posso assistir? — sua resposta não me surpreende.— Não sei se confio em você. — Estamos parados na porta da biblioteca, tendo essa discursão maluca.— Deveria. — Ele aponta a “arma” na minha mão. — E se o alvo for um segurança com a cara sangrando, lamento dizer que já fugiu. Se quiser, posso pegar ele e te entregar.— O que vai querer em troca? — questiono desconfiada.— Que você seja a minha segunda... Espera, segunda não, esse lugar é da Cinderela. Q
Adam SevenUma semana sem movimento nenhum. Uma longa semana em que até as pequenas discussões com Bela me fazia falta.— Um boquete pelo seu pensamento. — Uma voz feminina sussurra em meu ouvido. Nem preciso me virar, reconheço a voz da recepcionista da pousada. Já nos divertimos bastante, mas hoje não vejo graça em nada que ela me oferecer.— Penso na minha esposa — respondo. — Por isso, é melhor que não pague.— Nossa! — Ela dá a volta no sofá e senta na mesa de centro, ainda usa o uniforme cinza. — Eu ouvi falar sobre isso, mas não acreditei. Não imaginei que fosse sério.Nem eu.— Pois é.— Desculpa. O senhor sabe que mais importante que sexo é o meu trabalho. Só fiz a proposta porque não está de aliança.Olho para o meu dedo.— Tenho que resolver isso.Antes que ela comente algo mais, um hospede toca o sino no balcão e ela sai rebolando para atender.Talvez eu deva começar a usar aliança.Durante esses dias eu pensei várias vezes em ligar para Bela, mas sabia que ouvir a voz del
GASTONTrabalhar com os Seven sempre foi uma tortura. Mafiosos cheios de regras. Não faça nada contra inocentes. Essa é que mais me irrita. Quem são eles para definir quem é inocente ou não? Só não cai fora nesses cinco anos por causa do status. O nome Seven abre portas... e abre pernas. Quantas mulheres comi por ser segurança de Adam Seven. Algumas deslumbradas, outras com fome de chegar até um Seven e outras porque forcei mesmo, ninguém me diz não.Foi esse status que me fez dizer não quando um boliviano me procurou em nome de um tal Pajaro, para me oferecer um cargo bem melhor na família dele em troca de informações sobre os Seven. Eu disse não, obrigado, mas guardei o cartão que ofereceram para o caso de eu mudar de ideia.Quando volto para a mansão, vou na sala de segurança passar o tempo até receber ordens do chefe. Foi a melhor coisa que fiz. Uma gostosa estava na sala da mansão apenas de calcinha e sutiã.— Para de olhar, cara. É fria. Mulher do chefe. — Um sem noção se coloca
Adam SevenDepois do banho até tento dormir, mas estou muito ansioso para colocar as mãos em Gaston. Acabo saindo da cama e me vestindo com os trajes escuros que costumo usar nessas ocasiões.Subo na moto e sigo para as coordenadas informadas. O local tem trechos que não aceita carro.Quando chego, encontro dois seguranças conversando e um Gaston no chão com mãos e pernas amarradas.— Chefe! — um deles cumprimenta. O outro apenas acena.— Podem ir. Dou conta aqui.— Não quer que a gente cave? — Dan questiona.Nego com um gesto.Eles não demoram a obedecer.Vou até Gaston e corto as cordas dos seus pés e depois das mãos.— Quer que eu fuja para atirar nas minhas costas? — ele rosna.— De onde saiu tanta coragem? — sorrio de lado. — Me desafiando, assediando a minha mulher dentro da nossa casa. Está com pressa pra morrer?— Eu sei quem El Pajaro é — diz de repente.Se ele pensa que isso vai mudar alguma coisa, está enganado.Me aproximo do carro e pego a pá e a enxada.— Cave. — Entrego
Bela DuboisMeu Deus! Puxo o travesseiro sobre minha cabeça depois que Adam vai embora rindo. Ouvi claramente sua risada.Aquele tal beijo... me arrepio toda só de lembrar. Foi tão bom. Mas ele estava com a boca minha boce...Ai que vergonha!Passo algum tempo tentando criar coragem para sair do quarto.Chego a uma conclusão: Eu nunca mais vou ter coragem de olhar na cara dele. Só vou sair desse quarto quando tiver certeza de que ele saiu de casa. Deus, ele estava com a boca na minha...Meus pensamentos são interrompidos por novas batidas na porta, dessa vez mais suaves.Nunca que vou sair e tomar café com ele como se nada tivesse acontecido.— Já disse que não vou — falo alto.— Sou eu, Bela.Senhora Pilar?Levanto rapidamente e corro até a porta, encontrando a senhora rechonchuda que encontrei aqui no primeiro dia.— Oi! — ela diz sorridente.Sem sequer pensar em me controlar, me jogo em um abraço nessa senhora.— É bom que esteja de volta — digo quando me afasto.— Pois é. Fiquei s
Adam SevenAlguém bate na porta do escritório, onde acabo de combinar voltar para a pousada hoje. Justamente quando Henry sai do hospital, outra coisa acontece. Eu nem falei para Bela que o marido da sua amiga foi baleado e quase morreu. Muita coisa acontecendo, só tragédia. Nem tenho tempo de me aproximar da baixinha. É melhor que ela não saiba ainda.Estou puto com a merda do El Pajaro. Não encontro esse merda em lugar nenhum. Mas não é o bastante para me arrepender de matar aquele inútil do Gaston.— Entre.Bela surge. Assim que me vê fica vermelha. Aposto que está lembrando de algo.— Se não estiver muito ocupado, pode me ensinar a fazer um bolo? Eu ia pedir a senhora Pilar, mas ela teve que ir ver o neto doente e é folga dela.— Peça a outra empregada. Estou de saída. Eu vou viajar. Volto amanhã.— Ficarei sozinha hoje?— Isso é relativo. Ainda haverá seguranças e empregados.— É a folga dos empregados. — Ela parece mesmo triste em ficar sozinha? Isso é novo. — É uma viagem impor