Eu estava com minha cabeça distraída, os pensamentos voltando na minha cama bagunçada e no perfume da loira impregnado nos meus lençóis. Eu tive duvidas se aquilo era real ou eu estava ficando maluco e imaginando coisas, mas quando a encontrei no corredor eu soube que estava certo, a forma como ela reagiu deixou claro que ela tinha ido até o meu quarto e se tocado na minha cama enquanto me ouvia.
Porra, aquele pensamento era mais do que sexy, mas eu nunca a faria confessar, tinha certeza que Magie preferia morrer a confessar que tinha se masturbado pensando em mim. Porém eu não precisava da confissão saindo daqueles lábios, eu já sabia a verdade.
Tinha ficado tanto tempo pensando nisso que não prestei atenção no que estava fazendo.
— Cuidado! — Luke gritou mas já era tarde de mais, o elevador de carro desceu de vez e mesmo eu me jogando no chão o ferro prendendo minha perna e me arrancando um grito gutural de dor. — Porra! Vou chamar sua mãe... e a ambulância. — ele fez uma cara feia para minha perna antes de sair correndo.
E eu me mantive parado, não queria nem ver o estado da minha perna, mas eu tinha certeza que ouvi algo quebrando. Respirei fundo, tentando inutilmente controlar a dor, pensando em qualquer coisa que não fosse a dor atravessando meu corpo.
Mas logo os gritos da minha mãe e Magie foram ouvidos do outro lado da rua, eu só queria um médico, mas pelo jeito teria que aguentar a histeria da dona Rosa primeiro.
— Meu filho! Meu bebê o que aconteceu? Como deixou isso acontecer Luke? — ela gritou se aproximando de mim.
— Sim, um homem com a perna presa no elevador de carros. — ouvi Magie falando e movi meus olhos tentando olhar para ela. — Sim senhora tem um carro em cima. — ela rosnou e só então meus olhos a alcançaram, ela estava com o celular pendurado na orelha encarando a minha perna e gritando com a telefonista. — Escuta aqui minha senhora, você vai mandar uma ambulância ou vai continuar com o interrogatório e esperar o homem perder a perna? — parecia um animal enfurecido, pronta para rasgar a garganta de alguém. — Ótimo, obrigada! Eles já estão a caminho.
Os olhos dela encontraram os meus e eu vi refletido ali toda a preocupação dela, a loira parecia quase com pena de mim, um vinco na testa e os lábios franzidos, me diziam que minha mãe não estava exagerando.
— Está tão ruim assim, Barbie? — perguntei querendo que ela dissesse alguma coisa engraçadinha para me distrair do problema.
— Não é melhor erguer o elevador e liberar...
— Não! — Magie gritou impedindo Luke. — Fique longe desse botão. Os únicos que vão tirar ele daqui são os paramédicos, ou quer arriscar que ele perca a perna?
Luke deu dois passos para trás, se afastando do elevador e ficando ainda mais longe dela, era uma coisa sábia a se fazer, ficar longe da ferinha.
Mas o que ela tinha dito chamou minha atenção no mesmo instante e eu precisei ver a real situação da minha perna, já estava começando a não doer tanto, então não deveria ser tão ruim assim.
Ergui meu tronco querendo ver o que tinha acontecido, o ferro parecia ter cortado um pouco já que havia sangue e a minha perna estava torta, mas não parecia ter nada fora do lugar e eu também não conseguia ver a cor para saber se estava prendendo minha circulação ou não.
— O que está tentando fazer? — Magie questionou se abaixando ao meu lado e eu acabei movendo a porra da perna um centímetro, fazendo a dor voltar a se espalhar enquanto minha perna começava a latejar, eu rosnei com a dor e trinquei meus dentes tentando não gritar. — Está tentando piorar a situação?
Antes que eu pudesse responder ela agarrou meus ombros me puxando para me deitar novamente, mas dessa vez minha cabeça repousou em seu colo.
— Filho por Deus, fique quieto. A ambulância já está chegando. — minha mãe implorou contorcendo as mãos com nervosismos.
— Acho que seu filho não sabe o que significa ficar quieto, o idiota simplesmente não para. — meus olhos voaram para a loira que tinha o rosto bem próximo do meu, a sobrancelha erguida me desafiando a retrucá-la, era disso que eu precisava.
— É porque eu não sou preguiçoso como você, Barbie.
— Meu nome, use meu nome seu insuportável. — ela segurou meus cabelos os puxando, mas foi mais como um carinho do que para machucar, então ela deslizou os dedos massageando meu couro cabeludo, brincando com os fios e me fazendo relaxar. — É homem mais idiota que já conheci.
— Como se você conhecesse muitos homens loirinha. — murmurei de olhos fechados aproveitando o carinho.
Começamos a ouvir as sirenes ao longe e eu já estava quase dormindo no colo dela, tinha que admitir as mãos dela faziam milagres realmente, eu já havia até me esquecido da dor.
Ouvi Luke gritando da calçada, falando com os socorristas que rapidamente entraram na oficina. Eles fizeram perguntas e falaram entre si, mas eu não consegui prestar atenção em nada de verdade, fiquei ali sentindo os dedos dela contra a minha cabeça, os olhos focados em tudo o que os socorristas faziam, enquanto me acariciava sem se dar conta.
— Alejandro está escutando? — ela me acertou um tapa no rosto, me fazendo voltar a realidade.
— Sim, claro que sim.
— Ok senhor, aguente firme, vamos imobilizar sua perna agora. — e aquelas poucas palavras se seguiram das mãos segurando firme minha perna e a atando em uma tala, antes que me colocassem em uma maca e me levassem para fora de lá.
— Alguém quer acompanhá-lo na ambulância?
— Eu vou com Luke logo atrás. — minha mãe disse. — Vá com ele Magie, você vai saber resolver as coisas melhor do que eu.
Dentro da ambulância eu não pude ver se ela hesitou ou retrucou o pedido da minha mãe, mas no segundo seguinte a loira entrou na ambulância, sentando do lado do paramédico.
— Não consegue ficar longe de mim, não é Barbiezinha? — soltei já sentindo o efeito de qualquer droga que eles tenham me dado.
— Só porque você não cansa de fazer besteira. O soco hoje mais cedo não foi o suficiente e decidiu quebrar a perna? — eu não consegui segurar o sorriso. — Cuidado Alejandro, ou vou começar a pensar que você está fazendo isso para ganhar atenção.
Era até engraçado ouvi-la dizer isso já que foi ela quem correu para me ajudar e me acalmar. E isso só me fez lembrar de hoje cedo, claro que era o que ela queria, parecíamos até estar em uma m*****a preliminar com aquelas provocações.
Mas isso não ia acontecer, nada podia acontecer entre nós dois e eu estar pensando nela na hora do acidente só me servia de lembrete, eu tinha que colocar minha cabeça no lugar ou acabaria repetindo o passado.
— Nos seus sonhos loirinha, só nos seus sonhos.
Quando chegamos no hospital as notícias não foram das melhores, o corte na perna não tinha sido profundo, nem mesmo precisou de pontos, mas minha perna estava quebrada e havia uma torção no calcanhar.
Mas por sorte eu não precisaria de nenhuma cirurgia, fizeram o que podiam colocando minha perna no lugar e engessando, agora eu estaria confinado na porra de uma cama por semanas.
— Agora lembre senhor Fontes, nada de deixar essa perna pendurada ou para baixo e nem pense em apoiar esse pé!
— Pode deixar doutora, ele não vai a lugar nenhum. — Magie respondeu por mim. — Ele vai ficar na cama, nem que tenhamos que amarrá-lo nela.
Semicerrei meus olhos na direção dela, mesmo que estivesse irritado com a situação, ela conseguiu tirar minha cabeça do lugar com a conversa de me manter na cama. Eu podia ter algumas ideias sobre o que fazer sendo amarrado por ela.
— Ao menos transar eu vou poder, não é doutora? Porque essa é a única vantagem em se ficar preso em uma cama. — comentei com os olhos focados em Magie e rapidamente a pele clara ficou vermelha de vergonha.
— Vou ter que pedir para que você e sua esposa não façam esforço físico por alguns dias. Logo vai poder voltar a ativa. — ela saiu da sala enquanto minha mãe ria no canto e Magie me fuzilava com os olhos.
— Você ouviu esposa, nada de esforço.
Ela ergueu a mão prestes a me bater, mas olhou para minha perna desistindo e se contentou em erguer o dedo do meio.
— Já chega vocês dois. Vamos pra casa começar esse descanso. — minha mãe entrou no meio interrompendo nós dois.
Deus me ajude, pois eu ia precisar tendo que ficar trancado em casa com Magie, sem nem ao menos poder correr para longe dela.
O medo que me tomou quando Luke gritou avisando que Alejandro havia sofrido um acidente me surpreendeu, assim como meu impulso em querer ajudá-lo.O homem claramente estava com fortes dores, mas se mantinha durão, mantendo firme a pose enquanto minha mente repetia que eu precisava fazer qualquer coisa que o distraísse da dor e o impedisse de se mexer enquanto o socorro não chegava.Pra minha sorte Alejandro de distraía fácil, principalmente quando estávamos nos alfinetando.— Ao menos transar eu vou poder, não é doutora? Porque essa é a única vantagem em se ficar preso em uma cama. — o safado falou só para me deixar sem graça.Ele não tinha nenhum pingo de vergonha naquela cara, nem mesmo machucado, com a perna engessada, ele tomava jeito.No caminho para casa eu e Luke apoiamos o corpo dele, evitando que ele apoiasse na perna, deveria ir de cadeira de rodas, mas o teimoso se recusou a sentar na cadeira.— Luke pega ele no colo pra subir essas escadas, chega de deixar essa perna pendu
Era estranho ter toda a atenção de uma mulher voltada para mim do jeito que Magie estava desde que me viu machucado, especialmente vindo dela que já tinha entrado em minha mente e de quem eu só queria fugir.Por isso sem pensar eu fui grosso com ela, precisava que ela se distanciasse de mim, que parasse de ser tão prestativa e atenciosa, só queria que ela voltasse a ser a Barbie irritadinha.— Alejandro Fontes, o que você fez com aquela menina? — minha mãe entrou no quarto com uma cara de poucos amigos.— Eu não fiz nada. — ao menos nada de mais, nada que não estivéssemos acostumados. Minha resposta a fez franzir a testa ainda mais e voltar os olhos para a porta. — Porque essa pergunta agora?— Quando eu cheguei ao corredor Magie estava tremendo e com a testa contra a parede, quando perguntei o que tinha acontecido ela simplesmente disse que não tinha sido nada, mas os olhos estavam cheios de lágrimas mesmo que ela não estivesse chorando. — merda, não podia ter sido algo que eu disse,
Eu ainda estava tentando recuperar meu fôlego enquanto Alejandro deslizava as mãos por meu corpo, subindo por minhas costas nuas e passando por minhas pernas, eu estava usando apenas o shorts colado e nada mais. A cabeça dele descansava sobre meus seios e eu esfregava seus cabelos.Parecia até uma cena corriqueira, algo do nosso dia a dia, mas isso não era a verdade, nós nos detestávamos no dia a dia e escondíamos nossa atração mutua. Mas e agora? Como eu ia olhar pra ele e fingir que não me sentia atraída, que não o desejava depois de gozar em sua mão?— E o que vai acontecer agora? — perguntei quando os lábios dele voltaram a se mexer sobre minha pele.— Bem, eu não vou poder fazer muita coisa com minha perna engessada, mas você pode cavalgar gostoso aqui — ele colocou a mão na base das minhas costas e me empurrou para frente e para trás, me esfregando em sua ereção.Eu não consegui segurar o riso, ele era um tarado mesmo, ainda estava pensando em sexo enquanto eu já estava pensando
Minha mãe chegou e Magie saiu correndo do meu quarto, se dona Rosa tivesse demorado um pouco mais eu teria convencido a Barbiezinha que a dor que eu senti não era nada comparada a minha ereção dolorida.Mas não tinha saído como eu quis, agora eu estava sozinho no meu quarto e repassando o que tinha acontecido ali. Magie confessou que o marido babaca nunca a tinha feito sentir prazer, ela nunca havia gozado com o idiota.Isso não podia me deixar mais do que feliz, quero dizer era triste ter vivido em um casamento de mais de dez anos, tendo relações com um animal abusivo e que nunca deu um mínimo de prazer para ela, mas ao mesmo tempo me deixava feliz saber que eu era o primeiro cara a fazê-la gozar.A expressão de surpresa no rosto dela me disse isso, foda-se se inflou o meu ego, estava pronto para fazer ela gozar mais um milhão de vezes, dar todos o prazer que foi negado a ela durante todos esses anos.— Tudo certo por aqui filho? — minha mãe perguntou me tirando dos meus pensamentos.
O homem era o maior cabeça dura que eu já conheci, parecia uma mula teimosa agindo daquele jeito, se eu não tivesse visto a tempo não duvidava que ele sairia pulando com uma perna só e desceria as escadas ao encontro da irmã.Eu tinha que confessar que era lindo a forma como ele amava e cuidava das pessoas da família, mas não dava pra negar que ele se negligenciava totalmente. Eu entendia que ele se sentia o homem da casa o único que poderia proteger e cuidar delas. Mas quem estava fazendo isso por ele?Quando Rosa e a filha entraram no quarto eu confirmei que era Carla, a irmã mais nova dele que eu tinha visto nas fotos. Mas choque me tomou quando eu vi o estado em que estava o rosto dela e os braços. Tinham marcas vermelhas e outras quase roxas, no pescoço dela dava para ver as marcas dos dedos.— Eu vou matar o desgraçado! — Alejandro rosnou da cama, se remexendo e querendo se levantar, mas eu apertei minhas mãos em seus ombros o impedindo de ir a qualquer lugar.— Ele... Eu não se
Depois que Magie e Carla saíram eu continuei pensando no que poderia fazer, eu precisava fazer alguma coisa para a segurança da minha irmã, já não bastava me preocupar com a Barbiezinha, agora precisava manter os olhos para que o maluco do marido da minha irmã não se aproximasse dela novamente.Foi por isso que liguei para Patrick, o amigo dele Cris devia ter alguém na empresa de segurança para ficar de olho nela. Eu só precisava do contato dele para poder contratar os serviços do segurança.— Infelizmente Cris não vai poder ajudar, a empresa toda foi contratada, até ele mesmo está trabalhando.— Eu preciso de alguém para fazer a segurança da minha irmã, ela trabalha no ateliê dela do outro lado da cidade, não vai querer ficar dentro de casa e então enquanto o marido babaca estiver à solta eu não confio em deixá-la sozinha. — resmunguei me virando na cama e pegando o notebook novamente. — Estou procurando um lugar para abrir uma doceria para Magie vender os bolos, é a forma mais segur
Prendi meus olhos no homem, nossos rostos ainda estavam próximos e ele segurava meu queixo, nossos narizes se tocavam em um carícia a cada movimento nosso.Alejandro voltou a me beijar não se importando que eu tivesse acabado de engolir seu gozo. Ele agarrou meus cabelos com firmeza e eu não consegui evitar de rebolar contra ele.— Preciso sentir o gosto dessa boceta. — ele falou com os lábios contra os meus e soltou meu queixo descendo por meu corpo até alcançar minha bunda. — Acho que você está muito vestida Barbiezinha.— Acho que temos que fazer alguma coisa sobre isso.Eu sorri me afastando apenas o suficiente para que ele conseguisse abrir meu zíper, aproveitei para arrancar minha blusa e os olhos dele foram direto para o meu corpo, me esquadrinhando cada pedacinho.Então me levantei para tirar o shorts e a expressão dele fez todo meu corpo entrar em combustão. Ele já tinha me feito gozar no outro dia, mas hoje, estar ali só de calcinha na frente dele sabendo que iríamos transar
Eu estava paralisado na minha cama depois das últimas palavras de Magie, ainda não conseguia entender como alguém podia ser tão desgraçado a esse ponto, sendo capaz de fazer isso com ela, vende-la sexualmente em trocas de favores, ele era mais porco do que eu pensei, um verdadeiro maldito.Nos olhos de Magie eu vi toda tristeza e magoa, a raiva que ela sentia dele. E minha vontade de matá-lo com as minhas próprias mãos só aumentou, como queria que Charles não tivesse sido preso e sim capturado por Cris, só assim poderia torturar o bastardo e fazê-lo sentir um mínimo comparado a tudo o que ele causou.Demorei a me levantar da cama, mas sai do meu estado de choque quando ouvi os soluços dela ainda mais altos. Era ela quem estava sofrendo, Magie precisava de alguém ao seu lado, coisa que ela não teve durante anos em sua vida, o ódio e pensamentos assassinos que estavam passando em minha mente podiam ficar em segundo plano, ela não.Por isso me levantei sofrendo com a pulsação do sangue i