Max tentava animar o sobrinho. — Eu fiquei de voltar amanhã, vou ver o que faço! Por que não toma coragem e vai falar com ela? Alex meneou a cabeça entristecido. — Depois do aborto, ficou uma ferida, tio. Melhor deixar ela no seu canto. Max passou a mão pela testa, espalhando o suor. — Luana está enciumada, quer ir embora! — Não quero lhe prejudicar, tio. Max inclinou o corpo para frente, falando com os olhos agitados: — Alex, estou fazendo isso com prazer, não se preocupe! Se Luana quiser ir, que vá, eu já lhe avisei que vou ficar, não sou casado com ela! Max voltou a encostar o corpo no sofá e riu, retrucando irônico: — Casamento não é o meu forte, você sabe! — Sei, o senhor é um mulherengo incorrigível, não foge a fama dos Andradas! Max ficou inflamado. — E por falar nisso, o Klaus, aquele imbecil, está espalhando essa história! A sua noiva deve estar contaminada! Alex ficou pensativo. — Ainda mais com essa história da Adriana. Como ela teve coragem d
Eu relutei, claro, depois de deixar um juiz no altar, quem não ficaria assustada? Eu falava temerosa, gesticulando muito: — Não Max, na casa do Alex, não! Ele deve me odiar pelo que eu fiz, eu não tenho cara para olhar aquela dona Mirtes, nunca vi mulher mais cobra! — Foi a condição que ele impôs, Bella, eu sinto muito!— Max falou sério. Eu engoli em seco e fiquei ofegante. Olhei para os lados, impaciente. — Ver o Alex! — Não, ver a Cristal!— Max me corrigiu. — Tudo bem, eu preciso só me trocar!— eu disse confusa. Max ficou rindo divertido e enquanto isso, minha mãe chegou para lhe fazer companhia. — Está se divertindo muito às custas da minha filha?— ela chegou atacando. Max ergueu as sobrancelhas e riu cinicamente. — Quanta hipocrisia! Essa não é a mãe que empurrou a filha virgem em cima de um viúvo carente? Minha mãe avançou com o corpo para frente se defendendo alterada. — Eu via neles uma chance de ser um casal, mas já com
Eu balancei a cabeça me esforçando para tirar os olhos do Alex que me sorria com aqueles olhinhos tão apertadinhos. — Ah, oi Alex!— Minha voz estava cheia de emoções. — Oi, Bella!— ele também parecia emocionado. Eu ri sem jeito e pensava se Alex teria esquecido aquela cena patética, onde eu o deixei na hora do “ Sim” e saí correndo. — Cristal, querida, deixe que a Bela possa entrar!— ele disse um tanto agitado. Max estava atrás de mim e segurou na minha cintura. Ele fazia sempre isso, em todos os lugares que frequentávamos e parecia normal para nós dois. Só para nós dois mesmo, porque os olhares caíram todos sobre a mão dele. — Vocês estão namorando?— Cristal quis saber. Alex ficou incomodado, mas disfarçou, pois se foi ideia dele aproximar o tio de mim! Nesse tempo, eu ainda não sabia. Mirtes olhava curiosa e achava aquela intimidade um tanto comprometedora. Ela deve ter pensado que eu não perdia tempo. Cristal com a sua alegr
Mirtes fechou os olhos e falou entre os dentes: — Você engravidou uma mulher dentro de casa e eu te perdoei. — Porque eu a fiz abortar, mas você preferiu olhar para o seu pecado todos os dias! Giorgia chegou servindo um suco e a conversa foi interrompida, mas depois que ela saiu, retomaram. — Ela está de namorico com o motorista!— Andradas comentou acompanhando Giorgia com o olhar. — Está com ciúmes?— Mirtes foi irônica. — E por que eu ficaria? Ela foi minha enquanto eu quis! Mirtes ergueu a mão para o rosto do marido que foi mais rápido e a segurou. Os olhos de Mirtes encheram-se de lágrimas. — Eu preferia ter sido infeliz com o seu irmão, do que ter levado esse casamento até hoje! Você é um verme! Andradas apontou para a mesa do irmão e disse sarcástico: — Por que não tenta conquistar o don Juan? Faça isso enquanto é tempo! Ele está doido para dar o bote na bobinha que se entregou para o sobrinho! Mirtes ficou indignada e sacudi
Max enfiou sua língua na minha boca e explorou todos os cantos, na intenção de me fazer corresponder. Eu tentei sair, me desvencilhar das investidas dele, mas ele insistia apertando a minha cintura com uma mão, e com a outra, segurava o meu rosto, me imobilizando. — Max!— Eu exclamei olhando para ele ofegante. Ele riu olhando para a minha boca. Ele também estava ofegante. — Que beijo gostoso, dá vontade de… Eu o interrompi, o empurrando. — Não termine, por favor! Quando eu me virei na direção da porta, Alex me puxou me fazendo voltar. — Eu não quero!— eu disse ofegante olhando aquela boca linda. Max me puxou e me beijou. Tinha um fogo queimando dentro de mim. — Não!—eu quase gritei o empurrando novamente. — Você quer e eu também! — Max insistiu me puxando para perto. — Eu só estou carente!— eu disse num fio de voz. — Eu sei!— Max falou já dentro da minha boca. Eu senti que as mãos dele deslizaram pelas minhas costas, já alcançando o meu biquíni. Ele apalpou minhas n
Eu me arrepiei e abracei o meu corpo, amedrontada. Desabafei para Giorgia o quanto estava incrédula. Eu realmente devia estar preparada para quando aquilo acontecesse, uma vez que estava sempre às voltas com o Max, mas a intimidade das suas mãos pareciam queimar ainda a minha pele. Ele me surpreendeu. Eu sei que havia umas brincadeirinhas, um joguinho, mas era mais amizade. Eu estava me sentindo mais mulher, mais madura e não sabia se Max estava se aproveitando disso, dessa minha necessidade de fazer a transição definitiva para a fase adulta. — Bella, como foi essa intimidade do senhor Max? Você está se sentindo abusada?— Giorgia falava sério de braços cruzados. — Não! Eu não sei!— Eu fiquei confusa. Bateu um desespero. — Meu Deus, se o juiz sequer imaginar uma coisa dessa!— Giorgia ficou preocupada. — Eu não sei o que ele pensa dessa minha relação com o Max, Giorgia! No começo, eu pensei que ele tivesse mandado o tio se aproximar de mim, sei lá, para saber o taman
Alex entrou no seu quarto, já desabotoando a camisa. Ele estava ansioso para tomar um banho e ficar só de calção. Eu também fui para o chuveiro pensando nele. Meu corpo parecia estar despertando para o sexo novamente. Eu não sabia se isso se devia às investidas de Max ou de Alex, mas eu estava pegando fogo. Eu saí do banheiro me secando, olhando para a porta que ficava de frente para a porta do quarto do homem que já me deu tanto prazer. Eu comecei a andar nua pelo quarto, secando os cabelos, falando sozinha, totalmente desesperada. — Ai meu Deus, eu tenho que me controlar, só temos que ter uma conversa, mas do jeito que estou aqui, não vai rolar conversa nenhuma! Eu parei na porta do quarto e fiquei olhando como se ela fosse de vidro e eu pudesse ver que o Alex estava agora usando o costumeiro calça de seda, que mostrava o seu volume tentador. E ele estava mesmo. Naquele momento arrumava o calção que parecia não conter o membro pulsando dentro dele. E
Theo me deixou em casa e ficamos conversando na porta. — O que pensa fazer agora, Bella? Não se precipite, eu ainda acho que o juiz te ama, ele ia casar com você! — Porque foi obrigado, ameaçado pela minha mãe! Theo suspirou desanimado. — Eu acho que antes de tudo, o patrão é homem, é fraco pela carne! — Isso é machismo, Theo! Eu sou mulher e tenho tanto desejo quanto ele, não justifica ele ter feito o que fez, depois de tudo o que passamos! — Talvez ele quis mesmo que você engravidasse para casar com ele! Eu abri a porta do carro ainda falando: — Nada justifica o que ele fez! Esse foi o ponto final da conversa com Theo, mas eu não escapei da minha mãe que me esperava acordada. Ela vestia um penhoar e tinha os braços cruzados, encostada na entrada do corredor dos quartos. — Dormiu com o juiz, ao menos? Não caiu na lábios daquele don Juan, caiu? — Cismou mesmo com o Max, não é?— eu rebati. Minha mãe sacudiu os ombros e descruzou os br