Eu mergulhei no trabalho, tinha que dar mais atenção a uma outra causa também polêmica. Se tratava de um caso de homofobia, onde um jovem se sentiu rejeitado na empresa onde trabalhava pela sua orientação sexual. Ele só precisava provar que perdeu o emprego por esse fato. Não seria tarefa fácil! Acho que era o mais complicado, até aquele momento. Eu pedi que Rosana conversasse com Maximiliano para me dar um auxílio, ele com certeza já se deparou com algum caso parecido. Ela entrou na sala dele para falar a respeito do assunto. — Por que ela mesma não me ligou?— ele quis saber. Rosana ficou sem jeito. — Ela está morando com o marido novamente. Maximiliano ficou chocado. — Sério? Ela voltou com o Alex! Ele é um homem de sorte! Ele sempre ganha! Rosana estava ansiosa para achar uma brecha até que entrou na intimidade do patrão. — Tem visto a francesa? Ficaram de tomar um café juntos, não foi? — Ela está jogando duro comigo! — Max
Ele não respondeu. Se vestiu tranquilamente, o que me deixou nervosa. Depois que ele ficou pronto, tomou a minha mão. — Não quer conversar?— indaguei pelo caminho. Ele não respondeu, mas foi super atencioso e cuidadoso comigo. Eu estava ofegante, enquanto ele procurava parecer calmo, sereno. Bom, eu não insisti mais. Esse assunto só causava discórdia entre nós, talvez por esse fato, ele queria me passar essa mensagem com o seu silêncio. Ele estava sendo muito gentil o tempo todo. Mais tarde, quando subimos para o quarto, Alex ficou falando o tempo todo, enquanto eu vestia a minha camisola. — O meu pai está animado para comprar logo uma casa. Ele quer se casar o mais breve possível. A sua mãe também, não é? Eu quase não a vejo! Eu parecia não ouvi-lo. Estava distraída. — Não está me ouvindo, Bella? Parece que você está presa no mesmo assunto. Você sabe que não quero falar a esse respeito! Não quero ficar brigando com você, eu imagino como deve s
Quando o Alex me viu bem vestida, sóbria, claro, ele ficou surpreso. — Vai sair? — Tenho audiência! — Audiência! Eu estava me maquiando diante do espelho no banheiro e virei para ele. — Sim, tenho audiência. Posso pegar uma carona com você? Alex ficou confuso. — Claro! Ele se afastou e eu voltei a me arrumar. Prendi o cabelo num coque discreto e coloquei uma presilha com minúsculas pedrinhas. Alex se aproximou e passou a mão delicadamente pelo meu penteado. — Ficou bem assim, lhe deu um ar de superioridade! Eu sorri orgulhosa. — O senhor é muito gentil, meritíssimo!— brinquei. Ele pegou a minha bolsa e a pasta que estavam numa mesinha de canto. Eu lhe agradeci com um sorriso e saímos do quarto. Andradas vinha logo atrás de nós, depois a minha mãe também vinha apressada, tentando nos alcançar. Paramos no topo da escada. Alex virou-se curioso. — Filha, filha! Eu preciso da sua ajuda!— Dona Esther falava afoba
Alex fechou o semblante. O homem se aproximou. — Olá Alex! Eu vim conversar com a Bella, antes da audiência. — Claro!— ele só disse isso e soltou a minha mão. Maximiliano ficou o acompanhando com o olhar até perdê-lo de vista. Depois virou-se para mim ansioso. — Por que ele está nervoso, eu vim profissionalmente! Eu já sei que vocês voltaram! — Aconteceu alguma coisa? Por que veio até aqui?— Eu estava fria. — É importante, por isso eu vim! O empresário, do qual sua cliente está processando, tentou fazer um acordo. — O quê!— Eu fiquei chocada. — Ele ofereceu um bom dinheiro. — Ela não aceitou, não foi? Maximiliano ficou sério e respondeu: — Ela ficou de pensar. — Passou a proposta para ela? — Não, ela me contou, foi me procurar no escritório! Eu bufei. — O caso é meu, devia ter me dito, eu iria convencê-la do contrário! Não estudei para fazer acordo com gente desse tipo! — Acho que ela não vem!— ele disse sem jeito. — Devia tê
Mais um beijinho na testa e ele falou animado: — Venha, precisamos descer! Eu resisti em aceitar, me queixando: — Preciso de um banho, Alex! Ele ficou surpreso. — Ainda não tomou? Achei que fosse descansar quando voltasse do fórum! Eu fiquei sem jeito, mas confessei: — Eu fui ajudar a minha mãe, Alex, desculpe, mas ela estava tão perdida! — Ele deu de ombros, resignado. — Eu também deixei o banho para depois do jantar, venha! Precisamos descer, todos estão nos esperando! Eu olhei sem jeito para o meu vestido amassado! — Você está linda! Sempre está! — ele disse me puxando. Eu me olhei no espelho e ajeitei os cabelos. — Me deixe passar ao menos um batom, estou horrível!— eu disse. Eu fui ao banheiro, lavei o rosto e já estava com outra cara. Dei umas passadas de mão no vestido e saí. O olhar do Alex me desmontava completamente. Aqueles olhos penetrantes, que me admiram de qualquer jeito, magra, gorda, grávida, el
Alex chegou em passos largos e foi diminuindo à medida em que ouvia o riso inocente do casal de jovens. — Daqui parece mais bonito!— ele disse admirado. — Acho que é por causa da lua! — Já pensou em tomar banho à noite? — ele imaginou. — Deus me livre! Vai você! Ele gargalhou. — Eu hein, nunca! A água deve estar gelada! Ela sacudiu os ombros, encostados nele. — Mesmo que não tivesse! Já pensou alguém nos ver lá, a essa hora na água? Iria pensar que éramos ladrões! Ele voltou a gargalhar. — Ou loucos! Ela se assustou. — Eh, iriam nos internar, igual fizeram com a minha avó! Alex segurou o riso. Eles eram tão bobos! — Como vai ser quando eu for embora?— Filippo suspirou triste. Cristal acariciou o rosto do namorado. — Não pense nisso agora, vou falar com a Bella. Filippo deu de ombros, chateado. — Ela não quer se meter. Viu no que deu a última? Ela está certa, temos que entender! — Você vai sentir minha
Ele me ajudou a deitar e afastou as minhas pernas, examinando o resultado de tanto desejo. Ele riu nervoso e confessou em tom de brincadeira. — Estou morrendo de medo, e de tesão, na mesma proporção. Eu ri, relaxada. Se ele estava com todo esse cuidado, eu não precisava me preocupar. — Sempre fizemos amor todas as vezes em que eu estava grávida, Alex! Sempre fizemos muito, aliás!— Eu lembrei, com a voz ofegante, era mais um sussurro, na verdade! Alex achou graça. — Por que estamos falando tão baixo? — Eu não sei! Rimos juntos, depois ficamos sério de repente. Houve um silêncio. — Tem certeza?— ele indagou. Eu assenti, a respiração acelerou mais. — Não vai se arrepender amanhã, vai?— ele insistiu. Eu fechei os olhos e sussurrei impaciente. — Eu preciso disso! Ele inclinou-se para beijar o meu umbigo. — Precisa muito ou pouco, hein meu amor? Eu soltei um longo suspiro, apenas. Ele deslizou os lábios a
Andradas ficou pasmo. — Meu Deus! Ela não pode sair de lá! O homem se alterou novamente: — Essa mulher tinha que estar presa, Andradas! — Eu sei meu amigo, eu demorei para entender, mas agora até o meu filho que vai nascer está em perigo! — As enfermeiras não gostam dela, os médicos também, eles já perceberam que ela é uma criminosa, e não uma doente! Andradas pensou um pouco. — Talvez se trocássemos ela de clínica, o que você acha? Sabe que vou precisar dos seus serviços, não sabe? O homem assentiu aborrecido. Andradas saiu do consultório do amigo, com essa ideia. Mirtes seria transferida para uma clínica, onde o dinheiro falasse mais alto. O médico ficou encarregado de conseguir outro lugar. Quando saiu de lá, Andradas foi ver Aline e lhe contou tudo. A moça ficou indignada. — Eu sabia que de louca essa mulher nunca teve nada! Se fosse pobre, já estaria na cadeia! — Vamos marcar nosso casamento logo! Já decidiu como e onde você