Andradas desabafou nervoso. — Ele está se sentindo traído pela Bella. Ela está indo bem nos negócios, mas não consegue conciliar com o amor. Giorgia ficou preocupada. — Essa menina está enfiando os pés pelas mãos! Eu tenho que dizer isso a ela, já que ninguém tem coragem! Andradas olhava para o alto da escada, e meneava a cabeça, impaciente. — Ela mudou, Giorgia! Ela não é mais aquela menina com quem ele se casou. Ela agora é uma mulher forte, independente. O Alex é que não mudou! Ele acha que pode mantê-la sob o seu domínio, conforme as suas regras, mas ela não vai mais voltar para esse lugar! Ele tem que aprender a amar essa Bella! — Eu conheço esse menino, ele não vai mudar! A dona Cecília fazia tudo o que ele mandava, ele não aceita mulher para peitar ele! Andradas se alterou. — A Cecília era uma farsa! Sabe lá com quantos traiu o meu filho! Se eu pudesse, não ouviria mais falar nessa mulher. Eu prefiro a Bella, desse jeito mesmo! — Mas o seu filho não! E eu
O dia mal amanheceu e eu já estava pronta, batendo na porta do quarto do meu pai. Klaus acordou, achando que estava sonhando, o olho nem abria. — Pai, vamos!— eu gritei. Ele suspirou agitado e correu para o banheiro. Eu escutei o barulho do chuveiro e deduzi que consegui acordá-lo, então fui para a cozinha e fiquei o esperando com uma caneca de café na mão. Passava tanta coisa na minha cabeça. Um medo terrível de perder o Alex. Rosana apareceu com cara de sono. — Amiga, desculpe ter te acordado! — Eu fui dormir tarde, não se preocupe. Estou estudando a finco o meu caso. Eu lhe sorri. — Você vai arrasar! Rosana pegou um café e sentou-se comigo na pequena mesinha da cozinha. Ficamos conversando sobre minha ida a casa do Alex. — Está preparada? — Estou com medo. — Você o ama demais, não é? Eu suspirei nervosa. — Sim, eu o amo muito, mas eu sinto que ele não vai colocar o seu amor na frente, para resolvermos essa situação da melhor forma. Rosana me o
Eu voltei rapidamente. — Venha aqui!— ele disse sério. Eu cheguei muito perto, ele parecia bem maior. — Onde pensa que vai? Ele segurava firme o meu queixo para que eu o encarasse. — Por que acha que tem o direito de ficar brava assim? Eu não respondi. Ele olhou para a minha boca e ficou ofegante. — Quer fazer amor comigo? Eu fiquei boquiaberta. Ele me beijou. Depois me surpreendeu, enquanto me beijava. Eu me afastei sorrindo. — Você esquece que eu sou uma futura mãe de gémeos?— eu brinquei. — Claro que não— ele sussurrou. Meu corpo alcançou o leito macio. Ele veio por cima de mim, com cuidado. — Fala que me ama, doutora Isabella Schmidt Andradas!— ele pediu sedutor. Eu suspirei feliz. — Eu te amo muito, Alex! — Pensei que não tinha medo de me perder, você é ousada! Eu olhava aquela boca, ansiosa. — Eu não sei viver sem você, Alex! — Então, prove! — Como, Alex! Me diga como, por favor! — Volta pr
Alex levou sua xícara a boca tranquilamente, depois a descansou no pires e só então respondeu ao sogro: — Posso saber o que lhe incomoda? — O jeito com que conduz as coisas. Você sempre se coloca no lugar de vítima! Minha filha veio aqui se humilhando, porque ela te ama e você a surpreende desse jeito! Alex se mostrou inocente, alheio aquele mal estar. — Não sei do que está falando, meu sogro. Sua filha veio até aqui, falamos do nosso amor, da nossa vontade de ficar juntos, o que esperava? Klaus olhou indignado. — Estou vendo que não conversou direito com a sua esposa, ela está surpresa com o que fez! Friamente, Alex indagou, ajeitando o seu guardanapo. — E por que está se sentindo tão chocado? Não achou que iríamos nos entender? — Sim, eu achei, mas você sabe que antes dela voltar para essa casa, você precisa compreender o quanto ela necessita desses casos que pegou do Maximiliano! Você está disposto a aceitar? — Nem pensar!—Alex respondeu r
— Como assim, o senhor diz, aceitar tudo o que ela quer? — Exatamente! — Sem chance, pai! — Vai ter os seus filhos aqui, Alex, inclusive os gémeos! Baixe a guarda! Alex balançou os ombros, nervoso. — Eu não vou ficar com uma mulher que faz exatamente o que me atinge! Andradas inclinou-se sobre a mesa para falar impaciente: — Não estou falando para voltar para ela, estou dizendo para deixá-la voltar! Alex olhou fixamente para o pai. — Um casamento de aparências? — Exatamente! Alex ficou pensativo. — Eu e a Bella debaixo do mesmo teto, não sei se isso daria certo! Andradas se empolgou, vendo o filho admitir, mesmo que pouco convencido, a hipótese da sua sugestão dar certo. — Pense Alex, as crianças vão adorar a ideia! Vocês não precisam brigar pela guarda delas agora. Empurra com a barriga, do jeito que dá, em caráter emergencial! Enquanto isso, eu ia pelo caminho discutindo essa ideia com o meu pai. — Morar com o Alex? Com
Dona Esther se foi levando o meu recado, e quando ela chegou na mansão, ainda era cedo, o Alex não tinha chegado, mas ela foi bombardeada de perguntas. Luiza estava lá para que Giorgia pudesse ir embora antes do jantar. Giorgia estava tão curiosa que não conseguia respirar direito. — Fala dona Esther, a senhora foi falar com a Bella? O que ela disse? Minha mãe ficou surpresa com tantos olhos sobre ela. As criadas novas, Josi e Lina já estavam envolvidas com o que acontecia na casa também. Dona Esther colocou as mãos na cintura. — Andaram ouvindo atrás das paredes, por acaso? Giorgia se aproximou impaciente. — A senhora sabe que fazemos isso, porque já participou junto conosco muitas vezes! Ela se sacudiu, fingindo não se importar, e enquanto titubeou, foi arrastada para a cozinha, por causa de Andradas, que estava lá em cima. — Essa minha filha não é fácil! Vocês acreditam que ela teve coragem de impor uma condição para voltar a
Eu cheguei na mansão e coloquei as minhas coisas no meu quarto. Aquele que eu sempre usei. Depois do almoço, Giorgia veio me ajudar. — Coloque um pouco de roupas no quarto do seu marido, para não levantar suspeita— ela disse agitada. — Mas você disse que as criadas já sabem!— eu argumentei. — Sim, mas as crianças não! Vai ter uma situação em que vai precisar sair trocada de lá, e com certeza, vai até ter que dormir lá! Eu concordei pensativa. — É, você tem razão. A Cristal, o Filippo, eles já estão crescidos! — Até os demais não são bobinhos, vai ver quando voltar a conviver diariamente com eles. Eles vão perceber que vocês estão em quartos separados! Melhor seria você já ficar no quarto do juiz mesmo! Eu estremeci com o comentário da Giorgia. Ela achou graça. — Se prepare, ele disse para a sua mãe que não é de ferro para ficar sem mulher! Eu parei de arrumar minha gaveta de lingerie rapidamente. — E isso quer dizer o que? Eu vou ter que serv
Eu achei graça e desci para esperar as crianças chegarem da escola. Foi uma festa quando eles perceberam que eu voltei para ficar. Cristal me abraçou com carinho. — Eu sabia que você não iria me abandonar, Bella!— ela disse emocionada. Filippo veio falar comigo também. — Bella, que bom que resolveu voltar, logo eu vou ter que ir embora daqui, como você bem sabe, nossa mãe vai se casar e eu fico mais tranquilo com você aqui. Eu olhei para o meu irmão emocionada. — Filippo, eu podia tentar convencer a minha mãe a te deixar aqui comigo, mas ela sempre foi tão apegada a você! Ele deu de ombros e sorriu. — Isso era antes do senhor Antenor, mas tudo bem, eu estou conformado. Antônio se enfiou no meio das minhas pernas, querendo atenção. Eu me sentei e o coloquei do meu lado, já não podia mais lhe suspender. Sophia sentou-se do outro lado, e o Junior, mais reservado, inclinou-se para me abraçar. — Obrigado por voltar para casa, mamãe! Eu si