Eu voltei para o meu quarto. Eu amava o Alex, mas eu tinha que me amar também! Se ele achava-se tão bom para merecer outra pessoa, eu também ia pensar do mesmo jeito. Chega! Eu não tinha que me preocupar com julgamentos que não me fizessem justiça. Quem achasse que eu era ingrata, paciência! Duvido que uma mulher que se desse ao devido valor, ia se diminuir diante de um homem que lhe bateu e achou que um pedido de perdão era suficiente! Duvido que uma mulher se sentisse grata a um homem que lhe arranjou um emprego onde pudesse lhe controlar e dizer quanto tempo aquele vínculo deveria durar! Eu não iria chorar, baixar a minha casa, tanto ao ponto de me envergonhar depois! Eu só queria provar que eu tinha o mesmo direito que ele teve de escolher o que queria para minha vida. Por que o Alex não seguiu o conselho da sua mãe, dos avós e tudo o mais? Ele era rico rico não lhe convinha aceitar um emprego concursado! Ele seguiu o seu coração, não seguiu? Pois eu ia seguir o m
Eu por minha vez, estava me queixando com Maximiliano. — Você viu que ela falou? Parabéns! O que você falou para ela? Maximiliano permaneceu tranquilo e foi se sentar na sua cadeira. — Você passou mal na minha casa, Bella! Tanto a Rosana quanto o Eduardo perceberam, eu não tinha como negar! Eu disse que você parece estar grávida! Eu olhei para a mão de Maximiliano e percebi que ele não usava mais a sua aliança também. — Está tudo bem?— eu fiquei curiosa. — Ah, a aliança!– ele exclamou sorrindo. — Desculpe, só achei estranho! — Fiquei sem graça. Maximiliano encostou-se na sua cadeira, espalhando-se. Parecia bem consigo mesmo. — Bella, eu fiz as pazes com o passado, graças a você! Estou me sentindo livre! — Está se referindo a falecida, ou a Diana? — As duas! Vamos trabalhar? Maximiliano virou-se para a tela do seu computador e eu fui para trás dele, desconfiada. Rosana deu uma leve batida na porta e entrou trazendo uma bande
Alex ficou surpreso. — Doutora poderosa! O que é isso? Não entendi! O colega explicou: — Essa doutora Isabella Schmidt é bem conhecida e comentada! Não viu como ela conduziu o caso de injúria racial? Dizem que ela vai pegar um outro caso importante! Alex ficou possesso. — Mas como? O famoso não é o doutor Maximiliano? Porto olhou para a minha mesa e comentou em tom de fofoca: — Parece que muitos clientes estão procurando a doutora no escritório dele! Alex me olhou boquiaberto. — Então ele a está explorando! É isso? Como soube de tanta coisa, Porto? Eu nunca fico sabendo das coisas! O homem desatou a rir, chamando atenção. — Você é muito caxias, Alex! Já ouviu falar da gatinha safada do estacionamento? Alex ficou calado, fingindo não conhecer aquela história. Porto continuou. — Anda com você, vive atrás de você e dando para todo mundo! Alex piscou algumas vezes e respirou fundo. Decidiu se fazer de bobo para extrair mais fofocas do colega. — O que mais?
Eu cheguei a me encolher encostada no carro, com receio do Maximiliano. Ele estava fora de si. Eu desconfiei que isso estava relacionado ao fato de termos encontrado a Adriana, ou mesmo por ele ter omitido o fato de que foi ele quem escolheu aquele lugar, propositadamente, para o almoço com a Letícia, no intuito de encontrarmos o Alex e deixar o mesmo contrariado. Foi um transtorno, eu esperei ele desabafar e abrir a porta do carro para mim. Depois foi a minha vez de falar. — Maximiano, eu não gostei nem um pouco da sua mentira. Você disse que a Letícia teria escolhido o lugar para nos encontrar, no entanto ela lhe agradeceu por ter escolhido aquele lugar! Lugar este, que você sabia onde possivelmente, nós iríamos encontrar o Alex! Você sabia bem disso, e digo mais, até o horário foi pensado. Maximiliano dirigia com o semblante fechado, mas não rebatia as minhas acusações. Chegamos enfim de volta ao trabalho e Maximiano estava quieto. Ele entrou na sua
Maximiliano empalideceu. — Eu sempre soube de vocês!— Diana quase gritou. Maximiliano se deixou cair na sua cadeira — Eu nunca imaginei— ele disse num fio de voz. Diana foi pra cima falando sem parar: — Você falava o nome dela na cama! Mandava eu vestir aquelas camisolas que eu não conhecia, mas eram dela, eu sabia! O perfume na roupa, eu reconheci quando a encontrei depois de anos! Maximiliano ficou desorientado. — Eu achava que você na verdade estava bêbada demais, me desculpe! Diana se emocionou, os seus olhos encheram-se de lágrimas, contrastando com o seu tom de ironia. — Bêbada demais! Como assim, bêbada demais? Você me fazia encher a cara, quando queria transar! Essa era a condição, eu não tinha escolha! Eu aceitava tudo para não ter que procurar outro! Maximiliano bateu com a mão fechada na mesa, assustando Diana. — Você procurou o Alex, eu sei! Diana franziu a testa. — Ela te contou? Ela não estava doente? Meu Deus, eu não acredito, ela me deu car
Maximiliano voltou, se desculpando. — Ela é sempre assim inconveniente, Bella, me desculpe, por favor! Eu assenti com a cabeça e voltei a me sentar de frente para o computador, mas Maximiliano me soltou a última, antes de se retirar para a sua sala: — A Diana é muito impulsiva, se eu a conheço bem, vai correndo atrás do seu ex marido! Eu olhei para Rosana, que também ficou chocada. — Quanta maldade! Será que ele não se importa de ter sido corno? A mulher falou aqui, ele escutou! — Acho que ele não entendeu direito!— eu disse confusa. Rosana deu uma olhada para a porta da sala do patrão e fez uma careta. — Tá caindo no meu conceito!— ela disse. Nesse momento, Eduardo surgiu com a chegada do elevador. — Olá, vocês viram a minha mãe?— ele quis saber. Rosana fez questão de responder. — Sim, ela já foi, Eduardo! A propósito, a senhora sua mãe é muito inconveniente! Ele se aproximou da mesa da Rosana e lhe beijou os lábios rap
Andradas bateu levemente a porta do quarto de Aline. Ela estava sonolenta e levantou-se achando que fosse Giorgia, desorientada, não se lembrava de que a mesma estava folgando todas as noites. — O senhor!— ela exclamou ao abrir a porta. Andradas reparou que a moça usava uma camisola curta de algodão, com um desenho juvenil na frente. — Posso entrar?— ele sussurrou olhando em volta do corredor. — Claro!— ela sorriu. Andradas entrou no pequeno quarto, lembrando-se de que fez muito isso no passado, quando vivia atrás de Giorgia. A moça fechou a porta e se aproximou. Andradas virou-se e ficou muito perto. — O que o senhor quer aqui, a essa hora no meu quarto? Andradas tentou controlar o nervosismo, pressionando as mãos ao falar. — Eu quero você! — Eu? — É, você! Eles falavam tão baixo que o corpo começou a falar por eles. Andradas jogou a moça na cama e deitou-se por cima dela, lhe beijando em seguida. — Você quer?— ele indagou ao se afastar. — Eu quero mui
Naquela semana saiu o divórcio dos meus sogros. Eles se trancaram no escritório e tiveram uma conversa muito séria. — José, estamos divorciados, mas ainda somos uma família. Você precisa dar um jeito de dispensar essa moça! — Dispensar a Aline, nem pensar! Mirtes ficou impaciente e se levantou ficando com o corpo inclinado para frente na direção do marido, que estava sentado na cadeira do outro lado da mesa. — Você não disfarça o seu interesse, desde que se deitou com ela! A vadia passa e você sorri. İsso acontece o dia inteiro, é insuportável essa situação! Andradas encostou-se na sua cadeira e passou a mão por cima do zíper da calça, sorrindo malicioso. — Agora que ficou gostoso, você quer me podar! Vá comemorar o divórcio com o meu irmão, aposto que ele vai ficar muito feliz, era tudo o que ele queria, não era? Mirtes fechou o semblante e voltou a se sentar na cadeira novamente. — Claro que eu vou, mas uma coisa não tem nada a ver com