Eu cheguei a me encolher encostada no carro, com receio do Maximiliano. Ele estava fora de si. Eu desconfiei que isso estava relacionado ao fato de termos encontrado a Adriana, ou mesmo por ele ter omitido o fato de que foi ele quem escolheu aquele lugar, propositadamente, para o almoço com a Letícia, no intuito de encontrarmos o Alex e deixar o mesmo contrariado. Foi um transtorno, eu esperei ele desabafar e abrir a porta do carro para mim. Depois foi a minha vez de falar. — Maximiano, eu não gostei nem um pouco da sua mentira. Você disse que a Letícia teria escolhido o lugar para nos encontrar, no entanto ela lhe agradeceu por ter escolhido aquele lugar! Lugar este, que você sabia onde possivelmente, nós iríamos encontrar o Alex! Você sabia bem disso, e digo mais, até o horário foi pensado. Maximiliano dirigia com o semblante fechado, mas não rebatia as minhas acusações. Chegamos enfim de volta ao trabalho e Maximiano estava quieto. Ele entrou na sua
Maximiliano empalideceu. — Eu sempre soube de vocês!— Diana quase gritou. Maximiliano se deixou cair na sua cadeira — Eu nunca imaginei— ele disse num fio de voz. Diana foi pra cima falando sem parar: — Você falava o nome dela na cama! Mandava eu vestir aquelas camisolas que eu não conhecia, mas eram dela, eu sabia! O perfume na roupa, eu reconheci quando a encontrei depois de anos! Maximiliano ficou desorientado. — Eu achava que você na verdade estava bêbada demais, me desculpe! Diana se emocionou, os seus olhos encheram-se de lágrimas, contrastando com o seu tom de ironia. — Bêbada demais! Como assim, bêbada demais? Você me fazia encher a cara, quando queria transar! Essa era a condição, eu não tinha escolha! Eu aceitava tudo para não ter que procurar outro! Maximiliano bateu com a mão fechada na mesa, assustando Diana. — Você procurou o Alex, eu sei! Diana franziu a testa. — Ela te contou? Ela não estava doente? Meu Deus, eu não acredito, ela me deu car
Maximiliano voltou, se desculpando. — Ela é sempre assim inconveniente, Bella, me desculpe, por favor! Eu assenti com a cabeça e voltei a me sentar de frente para o computador, mas Maximiliano me soltou a última, antes de se retirar para a sua sala: — A Diana é muito impulsiva, se eu a conheço bem, vai correndo atrás do seu ex marido! Eu olhei para Rosana, que também ficou chocada. — Quanta maldade! Será que ele não se importa de ter sido corno? A mulher falou aqui, ele escutou! — Acho que ele não entendeu direito!— eu disse confusa. Rosana deu uma olhada para a porta da sala do patrão e fez uma careta. — Tá caindo no meu conceito!— ela disse. Nesse momento, Eduardo surgiu com a chegada do elevador. — Olá, vocês viram a minha mãe?— ele quis saber. Rosana fez questão de responder. — Sim, ela já foi, Eduardo! A propósito, a senhora sua mãe é muito inconveniente! Ele se aproximou da mesa da Rosana e lhe beijou os lábios rap
Andradas bateu levemente a porta do quarto de Aline. Ela estava sonolenta e levantou-se achando que fosse Giorgia, desorientada, não se lembrava de que a mesma estava folgando todas as noites. — O senhor!— ela exclamou ao abrir a porta. Andradas reparou que a moça usava uma camisola curta de algodão, com um desenho juvenil na frente. — Posso entrar?— ele sussurrou olhando em volta do corredor. — Claro!— ela sorriu. Andradas entrou no pequeno quarto, lembrando-se de que fez muito isso no passado, quando vivia atrás de Giorgia. A moça fechou a porta e se aproximou. Andradas virou-se e ficou muito perto. — O que o senhor quer aqui, a essa hora no meu quarto? Andradas tentou controlar o nervosismo, pressionando as mãos ao falar. — Eu quero você! — Eu? — É, você! Eles falavam tão baixo que o corpo começou a falar por eles. Andradas jogou a moça na cama e deitou-se por cima dela, lhe beijando em seguida. — Você quer?— ele indagou ao se afastar. — Eu quero mui
Naquela semana saiu o divórcio dos meus sogros. Eles se trancaram no escritório e tiveram uma conversa muito séria. — José, estamos divorciados, mas ainda somos uma família. Você precisa dar um jeito de dispensar essa moça! — Dispensar a Aline, nem pensar! Mirtes ficou impaciente e se levantou ficando com o corpo inclinado para frente na direção do marido, que estava sentado na cadeira do outro lado da mesa. — Você não disfarça o seu interesse, desde que se deitou com ela! A vadia passa e você sorri. İsso acontece o dia inteiro, é insuportável essa situação! Andradas encostou-se na sua cadeira e passou a mão por cima do zíper da calça, sorrindo malicioso. — Agora que ficou gostoso, você quer me podar! Vá comemorar o divórcio com o meu irmão, aposto que ele vai ficar muito feliz, era tudo o que ele queria, não era? Mirtes fechou o semblante e voltou a se sentar na cadeira novamente. — Claro que eu vou, mas uma coisa não tem nada a ver com
Aline segurou a peça nas mãos e sentiu o perfume na lingerie. — Nossa, que delicia!— ela disse com os olhos fechados. Andradas a examinava atentamente. — Borrifei um pouco do perfume dela, conforme me pediu. Aline sorriu satisfeita e se despiu rapidamente. Andradas ficou boquiaberto. Desde a primeira vez que transaram ele estava esperando outra oportunidade, porque Aline colocou a condição de fazer ali, no quarto dele. Claro que quando ela ia arrumar o quarto, deixava ele dar umas passadas de mão, só para deixá-lo com mais desejo e aceitar as suas exigências. Ela vestiu a camisola longa e preta, depois foi se olhar no espelho do banheiro. — Onde estão as maquiagens dela?— ela quis saber. Andradas estava impaciente, segurando o membro por cima do pijama composto por short e camiseta azul marinho. — Aline, pula essa parte, estou ficando louco já, vem logo! Aline olhou para o espelho e passou as mãos nos seios fartos. — Eu qu
Max não se conformava. — Você já era madura, podia ter impedido!— Max insistiu inconformado. — Ele sempre me ameaçou. Ele me molestava e dizia para eu não contar a ninguém, senão me mataria. Com o tempo, ele me deixou de lado, mas eu desconfiava que ele molestava minhas amigas! Elas sumiam e não queriam mais ir na minha casa. Max perdeu a paciência e chacoalhou Mirtes muitas vezes, revoltado, até que a jogou na cama. — Sua louca! Você matou o seu pai! Você o matou e deixou que a Adriana carregasse essa culpa! Mirtes caiu na cama, chorando de ódio. — Ela pisou no acelerador! Eu só estava do lado, dando os comandos! Eu sabia por onde ele andava a pé, não foi difícil! Max paralisou. — Eu nunca fui santo, mas estou sentindo nojo de você! — Porque se apaixonou por ela! — Mirtes palpitou sem pensar muito. Max ficou pensativo. — O que está dizendo?— ele estava perplexo. — Se apaixonou por ela, Max!— ela repetiu. Max ficou impacien
Andradas não precisou falar, o seu olhar de desprezo já deixou Mirtes derrotada. Ele saiu andando pelo corredor a caminho do último quarto, ainda ouvindo os sussurros suplicantes da ex mulher. — Por favor, José! Pelo amor de Deus! Me dá uma chance, só mais esta! Vem aqui, volta, José! Mirtes se cansou e entrou de volta para o quarto. Havia uma dor, uma sensação de perda, um espaço vazio e escuro, um lugar que Andradas sempre ocupou na sua vida e agora estava ali, doendo muito. Ela ficou desabafando para si, enquanto andava nervosa pelo quarto: — Eu destruí a minha vida por causa de um amor insano! O que vou fazer agora? Morar sozinha? Eu não me vejo só nessa vida. A mansão adormeceu e acordou no ritmo agitado, as crianças se arrumavam para ir à escola. Aline estava sempre disposta e sorridente. Quando Mirtes desceu, com grandes olheiras, as crianças estavam saindo no maior alvoroço. Mirtes ficou observando como Aline era atenciosa com as cr