Rosana ficou confusa. — Você está querendo que eu lute pelo doutor Maximiliano? Mas Eduardo, ele namora a minha amiga! — E daí, Rosana? A Bella chegou depois de você e não se importou pelo fato de você estar ali, esperando uma chance com o meu pai! Você não acha que foi muito rápido? Bella foi oportunista! Rosana ficou confusa, se ajeitou descansando os cotovelos na mesa. — Ela não teve culpa. — Nem você! Houve um silêncio, até que Eduardo voltou a insistir. — Você precisa fazer alguma coisa para chamar a atenção dele! — Como? A Bella é fina, foi casada com um homem rico, como eu posso competir? Eduardo ficou sério, examinando Rosana, cuidadosamente. — Mude seu jeito, se arrume mais, todo homem gosta de mulher atraente. Por exemplo, os seus cabelos… Ele nem terminou de falar, Rosana passou as mãos nos cabelos presos de qualquer jeito e o interrompeu. — O que tem os meus cabelos? Eduardo arrastou a cadeira ficando mais próximo, e
Rosana estava misteriosa, eu a achei mais atraente, usava um batom brilhante nos lábios. — O que houve, Rosana? Você está estranha!— eu disse curiosa. Ela se acendeu. — Menina, deixa eu te falar. É assim, você está adormecida, aí alguém joga só um pouquinho de pólvora, pronto, você explode! Eu fiquei boquiaberta, chocada. Eu sorri e arrisquei um palpite: — O doutor Eduardo te beijou? — Não!— ela quase gritou. Eu achei graça. — Qual o problema, ele é livre! — E lindo!— Rosana completou. — Lindo? — E gostoso!— Rosana disse pensativa. Eu a instiguei, lhe puxando os braços, brincalhona. — Me conta logo, você deu uns pegas no doutor gato, não foi? Rosana ficou me olhando paralisada. — Você sabe quem eu amo!— ela disse. Eu me fechei, fiquei triste. — Assim você me deixa constrangida, parece que eu te roubei as chances com o Maximiliano! — Não Bella, claro que não! Eu só queria que você soubesse, que o que sinto por e
Eu engoli em seco e os meus olhos encheram-se de lágrimas. — Você não o faria, se tivesse a chance? Eu preciso dele, Rosana! Eu estou perdida! Eu quero recomeçar a minha vida, andar por lugares onde me podaram, entende? Se não fosse o Maximiliano, eu estaria presa naquela mansão até agora! Eu seria apenas a babá dos meus filhos! Rosana estava confusa e fora de si. — Peraí, deixa ver se eu entendi. Você está usando o homem que eu amo? Está me dizendo que eu não tenho chance com ele porque você precisa dele? É isso mesmo! Eu também falava sem pensar. — Você beijou o filho dele! Como acha que ele vai encarar isso? — Está me ameaçando? — Rosana estava estranha. Eu fiquei um tempo olhando para aquela que se dizia minha amiga. — Eu entendi, Rosana. Você precisa romper comigo para lutar pelo Maximiliano. Ela ficou sem graça e abaixou a cabeça. Eu respirei fundo desanimada. Ficamos ali um tempo sem se falar até que chegou a minha hora. Eu leva
Eu corri os olhos pela sala e me surpreendi. Não parecia a mesma casa. A decoração estava totalmente mudada. — O que fez aqui? — Tinha que ficar com a cara do Antenor! — ela teve coragem de me dizer. Eu me virei irritada. — Por que? Dona Esther ficou sem jeito. — Essa casa é minha, eu a herdei, eu sou a viúva! Eu andei até a bancada da cozinha que a separava da sala e fui irônica ao me virar. — Eu concordo que seja a viúva, mas o que herdou foi uma dívida, que eu paguei muito caro. Agora a casa é minha, dona Esther e as coisas aqui vão funcionar do meu jeito! Minha mãe não me reconhecia. — O que você quer dizer com isso? Vai me colocar para fora daqui? Eu respondi com outra pergunta: — Seu namorado não quis te levar com ele? — Ele foi para casa do filho! — E o Marcello não te quer lá? Dona Esther ficou sem jeito. — Eu nunca aprovei o seu namoro com ele, por isso não gosta muito de mim! Eu passei para o lado
Alex descia do carro, trazendo consigo algumas sacolas pequenas. Eram minhas coisas. Eu baixei a cabeça, entristecida, enquanto a minha mãe correu arrastando a sua mala, parecia ansiosa para ir rumo ao luxo. Filippo surgiu afobado no corredor de quartos. — Tem tantas coisas assim para levar?— eu brinquei. — Eu consegui arrumar tudo sozinho, Bella!— ele disse sorrindo. Ele saiu arrastando suas coisas e parou na porta para falar comigo. — Eu não quero mais sair da mansão, Bella. A não ser que a Cristal venha junto! Eu sorri resignada. Alex entrou na sala e parou para me olhar. — Onde posso colocar essas coisas? Posso colocar no sofá? Eu suspirei antes de responder: — Sim pode, claro, obrigada! Alex saiu e voltou com o resto das minhas coisas. Eu fui acompanhá-lo até a porta e espiei para ver minha mãe e Filippo, dentro do carro. Eles estavam contentes. — O Théo não pôde vir?— indaguei sem nenhum propósito, pelo
Rosana virou-se sorridente. Era seu amado chefe chegando, gentilmente, para lhe cumprimentar. — Boa noite, Rosana!— ele disse-lhe beijando a face, suavemente. Maximiliano sentou-se ao lado de Rosana, examinando cuidadosamente cada detalhe do seu rosto, valorizado pela maquiagem suave. Ele parecia estar vendo-a pela primeira vez. — Não pensei que fosse tão vaidosa!— ele disse olhando a joia delicada na orelha da moça. Eduardo observava tudo com satisfação. — Você está bebendo o que?— Maximiliano quis saber. Rosana estava tão admirada com tudo o que estava acontecendo que sorriu olhando para Eduardo, esperando que ele dissesse alguma coisa. Ele entendeu. — Chegamos agora, mas Rosana me disse que adora vinho branco! Rosana olhou surpresa para Eduardo. — É, eu gosto? Isso, eu gosto muito, muito mesmo! Maximiliano chamou o garçom, já conhecido, e fez o pedido. — Vamos tomar juntos! Um bom vinho chardonnay cai sempre bem!
O segurança da casa de Maximiliano, Lucas, correu para ajudar. — Ela está passando mal, patrão? — Não, Lucas, ela só bebeu demais! Os dois saíram colocando Rosana para dentro de casa e a deixaram no quarto de Maximiliano. Lucas ficou olhando para Rosana, que não falava coisa com coisa e comentou: — Fez bem em arrumar outra, patrão! Aquela outra lá, é chave de cadeia! Mulher do seu amigo juiz, é roubada! Apesar de Lucas trabalhar há muitos anos com Maximiliano, desde o tempo em que era casado e Eduardo era adolescente, ele ficou irritado com o comentário do rapaz. — Eu não tenho medo do Alex! Ele pode usar a sua autoridade como juiz, mas eu tenho a lei a meu favor! Lucas ergueu as sobrancelhas quando percebeu que falou demais e pediu licença, deixando o patrão pensativo. Maximiliano pensava em voz alta: — Alex, meu amigo, você nunca precisou lutar por ninguém na sua vida, não é? As mulheres se apaixonam facilmente por você! Maximiliano meneou a cabeça, vendo qu
— Não vai jantar, senhor?— Aline indagou curiosa. Alex riu achando graça. — Nossa, quantas perguntas! Ele riu gostoso, estava descontraído. — Eu vou indo, minha família! Ele saiu e começou os cochichos na mesa. — Ele está muito feliz, você não acha? Será que tem rabo de saia aí?— Mirtes falava ao marido. Andradas ficou pensativo. Olhava para Aline cuidadosamente. — Você acha que tem haver com a babá?— ela insistiu curiosa. — Talvez — Andradas fixou o olhar nas pernas da moça que saíra rebolando. — O papai não está nem aí para mamãe, não é Cristal. — Júnior também ficou intrigado. Cristal cobriu a boca com a mão para responder: — Tem alguma coisa errada aí, Júnior! — Tem haver com a Aline? Os olhos de Cristal brilharam de raiva. — Com essa ele não fica! Sophia ficou curiosa. — O que vocês estão fofocando? Também quero saber! Enquanto isso, Alex entrava no seu carro. Ele olhou para o banco traseiro e sor