Enquanto isso, na mansão dos Andradas, Adriana estava possessa com o Alex. Ela dizia a beira da piscina: — Do que adiantou eu vir passar o fim de semana aqui se você não me dar atenção, Alex! Você fica paparicando essas crianças o tempo todo! Deixe que Giorgia cuide delas! — De que jeito, Adriana, ficou louca? Giorgia já tem que cuidar do almoço! E além do mais, elas vieram para ficar comigo! Cristal percebeu a insatisfação da Adriana e por isso resolveu lhe provocar. Ela mandava os seus irmãos mais novos chamarem o pai o tempo todo. Alex entrou na piscina a pedido dos filhos. — Papai, deixa eu nadar nas suas costas!— Antônio pediu ansioso, enlaçando o pescoço do Alex. — Depois eu vou também, papai! — Sophia disse empolgada. Cristal estava satisfeita vendo que Adriana estava cada vez mais aborrecida. Ela desabafava olhando a cena na piscina: — Estou fazendo papel de palhaça, Mirtes! Eu deixei de ficar com o meu filho e ele não pode deixar de
Giorgia voltou correndo para dentro da casa e Andradas seguiu em passos lentos, atrás dela. Ele passou pela grande porta de vidro que ficava do lado da sala de jantar e adentrou na área da piscina. — Alex! — ele chamou pela outra extremidade da piscina, onde ficava longe de Mirtes e Adriana. Alex virou-se surpreso. — Está tudo bem, pai?– ele quis saber. Cristal veio buscar Sophia que estava pendurada nas costas do pai, enquanto Antônio ficou com Filippo. As crianças se juntaram num canto da piscina e Alex saiu da água. — Algum problema? Parece preocupado!— ele disse, indo sentar-se ao lado do pai. Andradas apertou os olhos tão verdinhos quanto os do filho. — Sente-se, filho! Tenho um assunto delicado a tratar com você. Alex obedeceu e Andradas começou a falar, gesticulando tranquilamente, enquanto observava os netos, se divertindo na água. — Alex, você há de concordar comigo que os seus filhos estão sentindo muito o afa
Mirtes esticou o pescoço, curiosa para saber o que Giorgia tanto conversava com o seu marido, e comentou com Adriana: — Alguma coisa essa aí está aprontando, sabia? Ela está muito inquieta! É nítido que é contra o seu namoro com o Alex, por causa da outra! Elas são muito amigas! — Ela é apenas uma empregada! Que mal pode me fazer? — Você não imagina como essa aí é tinhosa! Quando teve caso com o meu marido, eu comi o pão que o diabo amassou! Adriana riu debochada. — Vai me dizer que se importava com isso? Você sempre amou o Max, Mirtes! Mirtes não tirou os olhos de Giorgia, mas mudou o rumo da conversa. — E ele, como está? Galinhando muito? Aquilo cisca como pinto em titica de galinha! Adriana gargalhou, mas logo em seguida se conteve. — Como sempre, se achando o poderoso, mulherengo! Mirtes ficou pensativa. — Ele não era, eu o transformei nisso que é hoje! Se eu tivesse tido coragem no passado! Agora é tarde, devo me conformar em esta
Eu puxei a minha mão subitamente e olhei assustada para o meu chefe. — Tem medo de se apaixonar por mim, Bella? Eu fiquei o olhando em silêncio, depois de um tempo, começamos um duelo, falando olho no olho. — Eu te faria a mulher mais feliz do mundo! — Por isso escondeu que só me deu o emprego por causa do Alex? — Ele me pediu sigilo, Bella! — Mas eu o estava massacrando, você não se compadeceu do seu amigo? — Ele não é meu amigo. Tomamos rumos diferentes! Eu fiquei rico e ele poderoso. — Claro, rico ele sempre foi! Houve um silêncio. — Eu sei que ainda o ama! — ele voltou a falar. Eu suspirei impaciente, ele continuou: — Eu não me importo!— ele disse, voltando a segurar minha mão. — Doutor, eu… — Para você eu sou apenas Maximiliano! — Mas… — Não me chame mais de doutor! Eu engoli em seco e estremeci. — Namora comigo! Eu fiquei boquiaberta. Pensei em Alex, que agora namorava Adriana. — Aceita, Bella!— Maximili
Ele beijou meu rosto rapidamente, me surpreendendo. Eu abri os olhos e sorri sem jeito. — Temos muito tempo, e você me deve um sim. — Eu devo é?— eu brinquei, colocando o cinto. Ele se ajeitou ao volante, sorridente. — Nada que um bom vinho não resolva! Eu meneei a cabeça e olhei para frente. Saímos rumo a minha casa. Quando o carro parou, desci e houve apenas uma troca de sorrisos entre nós dois. Enquanto caminhava, ouvi Maximiliano falar: — Passo para te buscar em duas horas! Eu saí sem responder, mas isso já estava combinado. Eu ia dormir na casa dele. Eu sabia que não suportaria passar aquela noite ali, sem meus filhos! Entrei em casa pensando em arrumar o meu quarto. Colocaria os brinquedos do Antônio em sacos e deixaria na sala. Em seguida, para caber as roupas dele no meu armário, teria que tirar de lá parte das minhas, e as colocaria dentro de uma mala que ficava num canto. Pronto, estava decidido, não havia muito o q
Eu cheguei na sala e olhei suplicando para o meu sogro. Ele deve ter percebido o quanto eu queria sumir dali. Fomos no carro dele até um restaurante discreto, mas fino. Nos sentamos um diante do outro e foi ele quem começou. — Bella, o que me trás aqui é um assunto muito sério, e que precisamos resolver juntos, eu e você! Eu senti um temor profundo no peito. — Está me assustando, senhor Andradas! O que houve de tão sério para trazê-lo até aqui? — Bella, os seus filhos não têm que pagar pelos desafetos entre você e o Alex! — O que está querendo dizer? — eu já estava ligando o modo magoada. — Eles estão infelizes, longe do conforto da casa em que sempre viveram! Eu fiquei desanimada. — Eu sei disso, e vai ficar pior, infelizmente! — Bella, você pode mudar isso, só você pode!— Andradas já estava impaciente a essa altura. Eu ia retrucar, mas o garçom chegou nos trazendo o nosso pedido, ele nos serviu uma água com gás, na taça d
Passei pela sala apressada. Dona Esther veio me encontrar na porta. — Não vai me contar o que o seu sogro queria com você? Devia ser muito importante, para ele vir até aqui! Eu suspirei nervosa, sem um pingo de paciência. — Boa noite, mãe! Até amanhã!— só foi o que eu disse e a deixei curiosa. — Até amanhã!— ela repetiu, surpresa. — Ela vai dormir com o namorado, não entendeu?— Antunes disse sentado a uma distância, na sala de estar, sem tirar os olhos da televisão. Minha mãe meneou a cabeça nervosa. — Mas e o juiz?— ela questionou. Antenor deu de ombros, pouco interessado no assunto. Entrei no carro do Maximiliano e senti o seu perfume. Ele estava bem vestido, como sempre! — Quer passar em algum lugar para comer antes? — Por favor, eu quero descansar, só isso! Ele me olhou enquanto dirigia e sorriu. — Eu vou te dar colo. Está precisando muito disso! Eu suspirei longamente. — Não imagina o quanto! Eu aceitei
Eu cheguei na casa do Maximiliano e fiquei surpresa com o luxo. A casa era enorme. — Quantos quartos tem aqui?— Eu fiquei curiosa. Maximiliano olhou para o alto da escada e respondeu tranquilamente: — Lá em cima tem oito e aqui embaixo tem mais dois, além dos quartos dos criados, que devem ser uns quatro! Eu durmo aqui embaixo, quase não vou lá pra cima! Meu Deus, era quase do mesmo tamanho da mansão dos Andradas! A diferença era que lá tinha uns dois quartos a mais. Mas a sala de estar e a de jantar eram do mesmo tamanho, enorme! Tinha um jardim muito grande e a piscina devia ser tão grande quanto! Maximiliano achou graça da minha admiração. — O que foi? Por que está tão surpresa? Achou que eu morasse num pequeno apartamento? Acho que não é só você quem acha! — Eu juro que pensei!— eu disse rindo muito. Maximiliano andou pela minha frente explicando: — Na verdade, não foi escolha minha ficar aqui. A minha mulher se cansou de mim e foi embo