— A gente ia levar isso para o túmulo, Mia. — Como é que você me abre a boca, algodão-doce? — Ai, gente, eles estavam me pressionando. — Fracote. – Dizem juntos. — Foi só um selinho. — Que fez eu sentir como se estivesse cometido um crime. — É, incesto, totalmente. O outro balançou a cabeça, de acordo. — Eca. – Dizem juntos, estremecendo. Enquanto isso, Liam ria. — Você esnobou tanto, que se sujou também, né? — Ah, cala a sua boca. Você acha que eu queria, é? Fui obrigada, diferente da sua noiva, que beijou porque quis. Cinco minutos inteirinhos. E houve língua. O som das risadas ecoou pelo salão de festa. — Luna. – Repreendeu a amiga, corando dos pés à cabeça. — O que é? Você gostou mesmo. – Cruzou os braços. – E repetiu. — O que? – Liam acabou sendo pego de surpresa. — Para de falar. – Praticamente rosnou, pegando no braço da amiga. — Por que eu tenho que me calar? Você contou meu segredo. — Quem é a criança aqui? — Eu estou na dúvida ainda. – Sophia
Ivy correu para detrás de uma caixa grande e amarela, e então os convidados começaram a contar junto dos novos papais do grupo. No três, Aurora rodou o canudo, que fez um som de estouro pouco antes de uma fumaça colorida escapar dentro dele. Ao mesmo tempo, três cores de balões saíram de dentro da caixa, fazendo com que todos — com exceção de Mia e Liam, além de Aurora — franzir o cenho. — O que isso quer dizer? – Ivy foi a primeira a reagir em palavras. – Três cores? Não tinha de ser uma só? Ou lilás ou verde-água. — Tem alguma coisa errada. – Luna a apoiou. — Está tudo certo. – Aurora diz enquanto o casal de amigos trocava um olhar junto a um sorriso. – São mesmo três cores. Três balões. Dois momentos se passaram nos olhos dos convidados. Primeiro, o de confusão, e em seguida, o de compreendimento. — Oh, meu Deus. — Oh, meu Deus. – Andrew repetiu as palavras da esposa, mas em choque, enquanto ela, em surpresa, mas ao mesmo tempo, alegria. — São trigêmeos? – Luna quem per
Mia lambia os dedos quando Liam entrou na cozinha. Ela estava sentada em um dos cadeirões de frente para a ilha. Em cima da mesa de pedra havia um pote de pasta de amendoim, um de Nutella e um de sorvete. Passou os olhos tentando encontrar um copo, mas percebeu rapidamente que ela comia no pote mesmo. Queria pegá-la no pulo. Era duas horas da manhã. O que aquela mulher estava fazendo comendo todo aquele doce àquela hora? Ele sabia a resposta, mas ainda assim, estava chocado. Ele vinha se assustando com a noiva. Ela estava comendo tudo que via pela frente, era surpreendente ela não comer um tijolo. Ora era hamburger, ora era pizza, ora era yakissoba, ora era panqueca. Não importava a hora, lá estava ela comendo. E se ela entrava com tudo nas comidas de sal, e muito mais com as de doce. A médica dela havia conversado com ambos sobre sua alimentação, e desde então quando ela não tinha algo que queria muito, chorava. Sim, chorava. Havia muitas lágrimas em seus olhos e elas desciam como e
— Eu desejo que você e Elliot sejam muito felizes. O casamento havia sido lindo. Especial. Os votos, emocionantes. Além dela, apenas uma outra havia recebido o convite para ser madrinha, acompanhante de Simon. A irmã mais nova da irmã da mãe adotiva de Elliot. A única mãe que ele conheceu e que lhe deu amor. Ela estava estudando na Inglaterra até quase duas semanas atrás. Tinha apenas vinte e dois anos e era a mais nova pediatra. Havia terminado o colegial aos quinze anos e finalizado sua faculdade á alguns meses. Ela era gentil e muito inteligente. Tinha cabelos loiros — como os de Lucy — e olhos em um tom turquesa, que fazia Mia acreditar que estava olhando para o mar. — Obrigada, Mia. Mia sorriu antes de dar uma olhada ao redor e aproximar o rosto do da cunhada. — Quando for contar sobre o bebê, não se esqueça de ter a certeza de que meu irmão esteja perto de algum acento. – Se afastou, abrindo um largo sorriso, vendo o choque no olhar âmbar de Lucy. – O que? Uma grávida recon
Quando Liam acompanhou a esposa até o carro para que ela pegasse o presente do casal, estranhou. Primeiro porque já haviam entregado o presente e segundo porque aquela caixa que ela segurava era muito pequena. A viu abrir um sorriso e balançar de leve. Ela estava tão entusiasmada com um simples presente, que ficou curioso. Muito curioso, e por isso questionou, mas ela se negou a dizer o que era. Ele até insistiu um pouquinho até passarem pelo hall da festa, mas viu que seria inútil então apenas esperou. Sabia que ela diria em algum momento. Do jeito que ela estava ela não conseguiria esperar tanto para comentar sobre o presente. O casal já estava se preparando para sair em lua-de-mel, e naquele momento se despediam da família. Alguns convidados já estavam do lado de fora esperando o momento em que jogariam o arroz em cima dos noivos e por isso só os mais chegados estavam ali ao redor deles, lhes abraçando e desejando outra vez, felicidades. Felicidade essa que estava estampada no ro
— Vai, Mia, me diz de uma vez. O que é isso? – Balançou a caixinha levemente. – Seu sorriso me deu medo. Pareceu o sorriso que me deu quando disse que eu estava grávida. — Você está grávida. — Fale baixo. — Ninguém pode nos escutar. — Como é que você percebeu? Nem eu percebi. — Eu já disse, uma grávida reconhece a outra. – Bocejou. – Que sono. — Ah, não, você pode dormir uma outra hora. Agora, você vai me contar o que tem dentro dessa caixa para eu ficar preparada quando meu marido for ver. – A viu abrir aquele sorriso. – Estou com medo de novo. — É um sapatinho de bebê. A loira arregalou os olhos. — É de crochê. E é vermelho, para dar sorte. A loira olhou para a caixinha e depois voltou-se para a cunhada. — Achei que você iria querer fazer uma surpresa para o Elliot. — A surpresa é para mim. A rosada riu. — Se você não me conta, eu quem iria cair para trás. — Não antes do meu irmão. — E você ainda acha graça. Mia voltou a rir. — Eu só quero que seja especial
Mia lambia os dedos quando Liam entrou na cozinha. Ela estava sentada em um dos cadeirões de frente para a ilha. Em cima da mesa de pedra havia um pote de pasta de amendoim, um de Nutella e um de sorvete. Passou os olhos tentando encontrar um copo, mas percebeu rapidamente que ela comia no pote mesmo. Queria pegá-la no pulo. Era duas horas da manhã. O que aquela mulher estava fazendo comendo todo aquele doce àquela hora? Ele sabia a resposta, mas ainda assim, estava chocado. Ele vinha se assustando com a noiva. Ela estava comendo tudo que via pela frente, era surpreendente ela não comer um tijolo. Ora era hamburger, ora era pizza, ora era yakissoba, ora era panqueca. Não importava a hora, lá estava ela comendo. E se ela entrava com tudo nas comidas de sal, e muito mais com as de doce. A médica dela havia conversado com ambos sobre sua alimentação, e desde então quando ela não tinha algo que queria muito, chorava. Sim, chorava. Havia muitas lágrimas em seus olhos e elas desciam como
— Eu desejo que você e Elliot sejam muito felizes. O casamento havia sido lindo. Especial. Os votos, emocionantes. Além dela, apenas uma outra havia recebido o convite para ser madrinha, acompanhante de Simon. A irmã mais nova da irmã da mãe adotiva de Elliot. A única mãe que ele conheceu e que lhe deu amor. Ela estava estudando na Inglaterra até quase duas semanas atrás. Tinha apenas vinte e dois anos e era a mais nova pediatra. Havia terminado o colegial aos quinze anos e finalizado sua faculdade á alguns meses. Ela era gentil e muito inteligente. Tinha cabelos loiros — como os de Lucy — e olhos em um tom turquesa, que fazia Mia acreditar que estava olhando para o mar. — Obrigada, Mia. Mia sorriu antes de dar uma olhada ao redor e aproximar o rosto do da cunhada. — Quando for contar sobre o bebê, não se esqueça de ter a certeza de que meu irmão esteja perto de algum acento. – Se afastou, abrindo um largo sorriso, vendo o choque no olhar âmbar de Lucy. – O que? Uma grávida recon