— Nós somos amigos. — Amigos? Desde quando amigos... — Oliver. Ele levantou as mãos, em rendição, mostrando um sorriso logo em seguida. — Olha se não é o gêmeo um e o gêmeo dois. O “quase” casal se virou. — E aí, galerinha. — Você voltou? Mais já? — Thomas. – O pai repreendeu o menino. — Também senti saudades. Natalie riu; ela já não tinha nada contra o rapaz, principalmente quando Mia havia prometido que eles eram apenas grandes amigos. — Cresceram, ou é impressão? — Nós crescemos um pouquinho, sim. – A garotinha confirmou com um sorriso. – A Mia tem medido nossa altura toda semana. — É bem irritante. — Deixa de ser implicante. O pequeno riu quando o pai o puxou para seus braços, lhe fazendo cócegas. — Eles já têm seis aninhos, Ollie. Sabia? — Ora, fizeram aniversário quando? — Há dois meses atrás. – Natalie contou. – A Mia organizou uma festa incrível. Temos fotos, você quer ver? Liam trocou um olhar com Mia; ele estava surpreso pela gentileza de sua garoti
— Eu não acredito que essa maldita teve coragem de aparecer na escola dos gêmeos. – Killian se revoltou; e ele não era o único a estar revoltado. Liam havia ido visitar os pais e aproveitou para contar o que havia acontecido há alguns minutos na porta da escola de seus filhos. Ao seu lado, estava Mia, que apenas observava a reação — indignada — dos familiares de seu “chefe”. Estavam não só os pais e irmãos — incluindo a cunhada — dele, mas também os tios — que ela só havia conhecido no dia do aniversário dos gêmeos — e os primos — Lucca e a esposa. Mia já sabia que viriam reações de indignações e aquelas que o Kavanagh mais novo mais teve quando a encontrou por duas vezes; o de ódio. E ela dava total razão a eles. A mulher some, desaparece, e volta quatro anos e meio depois, querendo algo que ela não tinha direito algum. Ela tinha que ter um motivo para estar de volta, era o que achava. Não era por arrependimento; isso nunca. O que ela queria com os gêmeos? E por que? — Eu não ac
Cada um dos amigos de Mia — e isso incluía os primos — se encontravam indignados. Revoltados. Á flor da pele. Não conseguiam controlar os nervos que sentiam por tudo que havia sido contado pela rosada. Ela havia prometido não esconder nada; dizer caso Samuel aparecesse novamente. E ela cumpriu, contando sobre o casamento dele, de suas ameaças e de tudo mais que havia acontecido na porta da escola dos gêmeos. Ela mesma se sentia revoltada; revoltada com ele, por insistir em querer machucá-la com aquela história da filha deles, revoltada com aquela mulher que ainda era esposa de Liam, por ser uma megera e que estava atrás dos gêmeos só para atingir ao pai deles, revoltada com a volta de ambos. Por que não continuaram no inferno onde era o lugar deles? — Se eu pôr as mãos nesse filho de uma... – Noah se interrompeu. – Não vai ter pessoa nesse mundo que vai me impedir de enviar ele para uma UTI. — Pega a senha. – Connor diz, tão revoltado quanto. — Eu sabia que não era coincidência.
— Eu deveria ter desconfiado. — Eles são meus filhos e não desconfiei. – Murmurou, sentando-se no chão, ao lado dela. – Eles me ligaram dizendo que você havia caído e se machucado. Vim o mais depressa possível. — Pestinhas. Liam riu. — Eu caí no truque da boneca perdida. Dá pra acreditar nisso? E ele voltou a rir. — Você deveria estar desesperado, não rindo. — Eles querem algo com isso, não vou dar esse gostinho de desespero para aqueles dois malandrinhos. – Diz, dando de ombros. – Eles devem vir nos soltar em uma hora. Eu espero. – Murmurou a última palavra. — Eu estou aqui desde às quatro da tarde. Liam arregalou os olhos e ela se preocupou. — Me diz que faz apenas meia hora que eles te ligaram? — Era quase cinco. E então foi a vez da rosada em arregalar os olhos. — Nesse caso, estou aqui há uma hora. — Mais ou menos. E então o silêncio reinou. Eles esperaram, esperaram... E esperaram... E reviraram o closet, cansados de ficar apenas sentados, sentindo já do
Por um momento ela não soube o que dizer; estavam tão perto um do outro que ela podia sentir o cheiro do perfume amadeirado dele; e mesmo contra sua vontade, não pode deixar de pensar que era muito gostoso. Balançou a cabeça, se negando a pensar novamente no quanto adorava estar perto dele e sentir o cheiro dele, e o calor do corpo dele... — Obrigada. – Murmurou, levantando a cabeça para fitá-lo; e então seus olhos se encontraram; estavam perto demais, muito mais do que imaginou que estavam, mais ainda quando seus olhos se encontraram. Ela deveria se afastar. Deveria se jogar para bem longe daquele homem musculoso, lindo e completamente cheiroso. Mas não conseguiu. E ele se sentia da mesma forma. Era mais forte que eles dois juntos. Aquele sentimento, aquela sensação, aquela vontade de estarem cada vez mais pertos; e mais pertos, e mais pertos... Os olhos estavam um no outro, desviando de vez enquando, intercalando entre os olhos e a boca. Mesmo que inconscientemente. Agora, muito
Aquela decisão havia sido tomada há alguns dias, mas só havia conseguido colocar ela em prática naquele dia. Precisava resolver aquilo o mais depressa possível, principalmente depois do beijo que trocou com Mia. Já vinha dias que recebia mensagem de Freya. Ela havia o procurado na empresa e até mesmo na mansão de seus pais; pelo que entendeu, ela queria que ele soubesse sobre Lillie. Ela chegou atrasada, pois a primeira pessoa que soube que aquela maldita estava na cidade, havia sido ele. Ela havia ido procurá-lo, afinal de contas. Chegou a pensar que ela estava fazendo o mesmo que Amelia. Perseguindo-o. Mas se enganou. Tudo que ela queria era avisá-lo sobre a volta de sua ex — que ainda não era ex oficialmente, porque não haviam assinado os papéis; mas isso seria resolvido naquele mesmo dia, pois se encontraria com o amigo de Mia. Se ela confiava nele, ele também confiaria. Além disso, já havia ouvido falar na fama do Quigley. Ele não perdeu uma causa até nos dias atuais, então podia
A ruiva fechou as mãos em punhos, sentindo um ódio que ela nunca, jamais sentiu por alguém. Ela sentiu seu corpo inteiro ser possuído por algo. Algo ruim. Já estava sentindo que ele acabaria com qualquer coisa que tinham, sentiu isso quando voltou da Bélgica. Algo lhe disse para desistir daquela viagem, desistir daquela campanha, mas acreditou que ele estaria ali quando voltasse. Que ele continuaria sendo dela. Mas estava enganada. Ele havia se apaixonado por outra. E agora estava se afastando. Indo embora. Deixando-a. Não podia aceitar. Ela sempre o quis. Desde o começo. Por isso o ajudou com os gêmeos quando Lillie se foi, por isso ficou para dar a notícia do abandono da amiga, por isso fez tudo por ele. Porque sempre quis ele para ela. Acreditou que se aproximando, poderia conseguir sua confiança. E aos poucos, conquistar sua amizade. E então, finalmente ter ele só para ela. Se casar com ele. Ela sempre sonhou com isso. E achou que estava conseguindo quando finalmente teve ele em
— Quantos anos tem? — Doze. Uau, eu acertei, pensou, impressionada consigo mesma. — Eu estava estudando na Inglaterra. — Oh! – Arregalou os olhos. – Incrível. — Ela vai morar aqui, agora, Mia, não é demais? – Thomas contou. — Aqui... Aqui? — Não, com o papai e a mamãe dela. – Natalie diz rindo, sendo acompanhada por seu irmão e sua prima. – Ela voltou para ficar. Tio Dani veio trazer ela aqui para nos ver. — E vocês abriram a porta sem me contar de novo. — Desculpa. – Pedem juntos. — Vocês continuam uns pestinhas, hein. – Diz rindo. – Eles aprontaram muito com você? — Bom..., só um pouquinho. — Ela caiu e machucou a testa, o bolo dela explodiu dentro do forno, ela foi jogada na piscina e os cabelos dela ficaram azuis por mais de um mês. – Natalie contou, mexendo seus dedinhos. A jovem arregalou os olhos. — Aposto que isso foi obra sua. – Fitou ao priminho. – Que coisa feia, Thomy. Nunca se meche com o cabelo de uma mulher. — Obrigada, foi realmente doloroso. – Se fez d