Eu estava no banheiro, e deixei a porta entreaberta. A água quente escorria pelo meu corpo, e minha mente parecia mais leve...mais solta. Brody estava em algum lugar da casa, descansando, e sem as crianças por perto, eu também consegui arranjar um tempinho.
Ouvi a porta ranger e olhei por sobre o ombro através do box do banheiro. Brody explodiu no banheiro, enrolado numa toalha, e entrou pela porta, se aproximando. Ele deixou a toalha cair e eu senti meu coração disparar e olhei para o outro lado. Pelo canto do olho, notei ele se aproximar e entrar no box. — Pensei que gostaria de companhia — eu fiquei calada, quieta. Minha respiração acelerou. Eu engoli em seco e Brody andou para perto de mim. Ele colidiu o corpo contra o meu e laçou-me por trás, roçando a barba por fazer na minha nuca, o que me fez arrepiar. — E eu gostaria da sua. — Brody deixou oEu decidi visitar Valerie ao anoitecer. Brody insistiu em me levar e eu aceitei. Ficamos calados durante todo o trajeto, o que me ajudou a ficar um pouco mais calma. Eu sabia que o que acontecia entre nós era apenas sexo. E talvez tivesse sorte por ser Brody o meu primeiro homem, por mais que não fosse realmente.Brody me deixou no prédio de Valerie e disse que iria dormir no apartamento, e que na manhã seguinte, iria me pegar e me levar de volta para Connecticut. Eu o agradeci, subi e me dirigi ao elevador. Quando enfim o elevador abriu, eu me encaminhei para o apartamento de Valerie e ela abriu a porta com um sorriso gigante. Eu havia avisado a ela sobre o sr. Bola de Pelos, e Valerie ficou ansiosa. Ela adorava gatos, e não seria um problema para ela cuidar do Sr. Bola de Pelos.— Obrigada — eu disse. — Trixie ficaria muito triste se eu pelo menos não tentasse. — Eu entrei no apartamento e ande
BrodyEra terça-feira, e eu havia conseguido um dia livre para levar Trixie para o aniversário de sua amiga. Ela estava animada e Chelsea estava linda usando o vestido que lhe dei. A viagem demorou um pouco, mas conseguimos chegar a tempo. Tinha reservado dois quartos no mesmo hotel; um de frente para o outro. Queria ter certeza de que Chelsea ficaria bem.Chelsea parecia um pouco distante nos últimos dias. Eu consegui descobrir que só estava preocupada demais, mas acontece que ela não queria conversar comigo ou ficar muito próxima. Pensei que só estava se dando um tempo. Eu sabia que isso aconteceria… É normal. Era só um pouco de sexo. Nada mais. Ela não pertencia a mim. Não estava apaixonada por mim. Não era minha. Mas por que eu sentia como se aquilo fosse errado? Sentir raiva por ela estar próxima de Henry, ou sentir ódio feral quando estava próxima de
ChelseaBrody estava emburrado. Eu não sabia muito bem o porquê, mas suspeitava que tinha a ver com Henry. A forma como os dois travavam uma guerra silenciosa me fez ficar alerta. Pela manhã toda eu os afastei. Henry não conhecia ninguém e não se sentia confortável em meio a tantas pessoas, por isso não saía de perto de mim. Eu me mantive longe de Brody, mas na primeira oportunidade que teve, quando Henry não estava por perto, ele me pegou pelo braço e me colocou contra a parede, chocando o corpo contra o meu e me beijou.Eu estava quase sufocando pelo beijo. Brody era como um animal selvagem e esfomeado, pronto para me devorar, mas então, Henry apareceu. Ele me chamou para ir à praia.Ficamos lá por algum tempo, em silêncio. Ele não ousou perguntar se eu estava tendo um caso com Brody, e eu não ousei perguntar a ele se isso o deixava
Eu me inclinei na direção de Trixie e sorri, passando uma mecha de seu cabelo para trás da orelha. Ela insistiu para que eu trouxesse o unicórnio, e agora estava agarrada a ele, cantarolando algo baixinho. Eu plantei um beijo na testa dela.— Está na hora de dormir — eu desliguei o abajur ao seu lado e ela continuou cantarolando. — O que está cantando?— Nada demais — ela respondeu — Chelsea cantou para mim. Ela é boa. Eu gostaria de que nunca fosse embora. — Trixie disse. Eu franzi a testa e a encarei.— Por que acha que ela vai embora? — Trixie me olhou como se fosse óbvio quando disse:— Matty e eu vamos crescer. Ela não vai querer ser nossa babá.Eu pisquei e fiz que sim.Fazia sentido.— Claro que sim. Boa noite, Trixie.— Boa noite, papai.
Valerie estava em casa quando cheguei. Eu tinha acabado de deixar Trixie no balé e Brody me deixou tirar o resto do dia de folga. Parecia que ele ia ficar com as crianças e gostaria de um momento sozinho.— Precisa de mais chocolate — disse Valerie, batendo a mistura do cookie na tigela. Eu peguei as gotas de chocolate num recipiente e entreguei a ela. Valerie pegou e despejou na mistura. Ela avaliou e sorriu, olhando para mim.Estávamos na cozinha, fazendo cookies. Valerie achou que seria uma boa ideia nos ocupar numa tarde de sábado. Henry tinha saído, Sean também, e eu a visitara porque senti sua falta.— E então? — Perguntou ela. — Como está? Como as coisas estão? — Ela parou de bater e pegou a forma retangular. — Não me contou muito depois que chegou da viagem. Parecia nervosa… e estava estranha.— N
BrodyDepois que levei Trixie para dormir na casa de sua amiga, eu e Chelsea voltamos para casa. Apesar de estar de folga, quando descobriu que Matty estava doente, quis ficar. Danna ligou e contou que Matty estava muito quente e parecia mal. Eu tentei dizer a Chelsea que ela poderia ficar com Valerie, mas Chelsea achou melhor voltarmos para Connecticut.Chelsea conseguiu fazer Matty dormir rápido depois de cantar para ele. Por sorte, não era nada muito grave, mesmo assim, fiquei preocupado. Chelsea também parecia um pouco preocupada.Após o jantar, eu a convidei para tomar um pouco de vinho. Estávamos tensos depois da situação criada por Trixie e da febre de Matty. Precisávamos descansar um pouco. Apesar de um pouco constrangida, Chelsea riu quando mencionei o que Trixie disse mais cedo.— Talvez ela só ache agradável ter tudo como era antes — disse Chelsea,
ChelseaNa manhã seguinte, eu, Trixie e Katherine estávamos tomando sorvete. Brody foi buscar Trixie mais cedo, e Katherine tinha combinado um sorvete. Matt ainda estava se recuperando da febre. Ela ia e voltava. Brody resolveu ficar com ele e pediu para que eu levasse Trixie para a avó. Katherine pareceu ser bem sincera quando disse que não queria me ver novamente. Danna me contou que ela tinha pedido para que só ela ou Brody pudessem trazer as crianças. Eu não me importava com isso, na verdade.— O papai deixou que eu dormisse na casa de uma amiga ontem — contou Trixie. — Foi legal, mas eu tive medo da chuva. — Ela olhou para mim, depois para Katherine.— Ainda tem medo do barulho? Já está grandinha o suficiente para não ter. É ridículo. — Repreendeu Katherine. Trixie desviou o olhar do dela e baixou a cabeça. E
BrodyEu levei Trixie para o hospital. Depois que Chelsea ligou para mim, eu mal pude dirigir. Estava descontrolado. Chelsea disse que Trixie bateu a cabeça depois de cair do skate… eu tentei enterrar a raiva crescente. Chelsea deveria ter visto… deveria estar prestando atenção. Ela estava ali apenas para isso. Mesmo assim… mesmo assim deixou que isso acontecesse. Eu fiquei calado até chegarmos ao hospital. Não precisaria de mais comoção além desta.Eu fiquei esperando, ansiosamente, o médico terminar a consulta com Trixie para pensar ou abrir a boca. Estava na sala de espera, e Chelsea não parava de pedir desculpas, o que estava me irritando bastante. Nós tínhamos um pouco de intimidade, mas isso não queria dizer que eu iria ignorar que foi imprudente no trabalho e, por isso minha filha bateu a cabeça.— Por favor, cala a boca