Chelsea
Brody estava estranho quando chegou; parecia perdido e pensativo e me ignorou pela metade da noite. Eu me perguntei se, no fundo, ele também concordava que eu era a culpada por ter assinado o contrato. Mas assim que coloquei Trixie para dormir, ele pegou a minha mão e me levou para a cozinha. Ele estava silencioso, e me beijou com urgência. — Como foi o seu dia? — Perguntou ele. Brody segurou meu rosto e eu apoiei os braços no balcão da cozinha. — Está tudo bem? — Sim — eu disse. — Brody sorriu e deixou as mãos caírem até os meus quadris. Ele me agarrou, colocando meu corpo contra o seu. Brody agarrou as minhas nádegas e aproximou o rosto do meu, até eu poder sentir sua respiração. — O que está fazendo? — Meu lanche noturno — ele disse, colidindo os lábios contra os meus com fChelsea Eu sentei ao lado de Brody na mesa, e ele pegou a minha mão com força por debaixo e me olhou, sorrindo de canto, quase como se me encorajasse silenciosamente. Eu respirei fundo, e então, Martha e Nathaniel se aproximaram. Eles vestiam roupas elegantes, ao contrário do que eu usava — um vestido leve e florido nada glamuroso. Eles sentaram à mesa e eu observei Brody se erguer e dar um abraço no pai e na mãe. Eu me encolhi na cadeira. Parecia errado… Parecia que eu tinha invadido um momento feliz de uma família feliz. As coisas costumavam ser assim em Nashville, mas minha mãe não me deixava fazer quase nada e, certamente, se descobrisse que eu tinha um caso com o meu chefe, me chamaria de louca. Era sábado. Eu fiquei com as crianças o dia todo, e Brody, como sempre, me tratava como sua babá. Era assim todos os dias; para impedir que outras pessoas descobrissem, ele garantia que estivéssemos separados até a noite, e quando a noite chegava, Brody invadia o meu quarto e fazíamos
Brody A maneira como meus pais trataram Chelsea foi imperdoável. Eu os repreendi pelo resto da noite e tentei explicar o que eles fingiam não ver. — Ela pode estar se aproveitando de você — disse o papai. Minha mãe bebeu um gole do vinho. — Martha está certa. Em um ano e oito meses você se fechou e se guardou de todos e de tudo. Eu sei que ela pode parecer incrível agora, mas isso vai ter um preço em breve. — Raiva fervilhava em minhas veias. Eu estava saindo do controle. Mamãe pegou a minha mão e disse: — Querido, sei que é difícil ouvir isso, mas eu tenho certeza de que pode… — Chega! — Eu berrei, batendo na mesa. Meu pai e minha mãe me encararam assustados. — Eu não sou a porra de um garotinho de dezesseis anos! Eu sei o que estou fazendo e sei o que é melhor para mim. Se querem saber, Chelsea foi a melhor coisa que me aconteceu desde que Jenna… — minha voz perdeu a firmeza e eu desviei os olhos. — Acho que não entender… Eu vou ser sempre o cara que manchou a vida dos dois. —
Chelsea Eu respirei fundo e coloquei as mechas do meu cabelo atrás das orelhas, vendo a água correndo pela pia do balcão do banheiro. Apoiei as mãos e suspirei, erguendo os olhos para o espelho. Notei Brody entrando no banheiro e desliguei a torneira. Ele vestia uma toalha branca e se aproximou e me pegou por trás, beijando o meu ombro. — Eles adoraram você — Brody sussurrou. — Eles não tinham entendido, precisavam perceber que você realmente é adorável, pequena. — Ele sorriu. — E eu provei. — Obrigada — agradeci, virando na direção de Brody. Os olhos dele percorreram o meu corpo nu e pousaram nos meus seios. Ele colocou as mãos na minha cintura. — Mas não acho que devia ter feito isso. Eles estão certos… Nós não devíamos ter feito nada… Não devíamos… — Mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Brody cobriu meus lábios com dois dedos e sussurrou: — Não, não… Não há nada de errado nisso. — E se aproximou, diminuindo a distância entre nós. Meus olhos estavam cravados nos seus.
BrodyMinhas pernas estavam doendo e os músculos pareciam pesados. Eu não sabia muito bem quanto tinha corrido, mas a julgar pelas gotículas de suor em minha pele e as manchas na minha regata, suponhava que o suficiente. Eu tinha um ótimo porte físico graças ao meu trabalho, e tinha, de alguma forma, fazer tudo isso funcionar. Meu pai estava a meu lado, correndo. Ele também parecia cansado, mas como o bom cabeça dura que é, não diria isso a ninguém. — Acho que já chega — eu disse, parando e puxando ar. Coloquei as mãos nos quadris e encarei meu pai virar e olhar para mim. — Estou cansado. — Já? — Perguntou ele, achando graça. Um sorriso largo correu os lábios do velho. — Quando chegar à minha idade, não vai sobrar nada de você, garoto! — Quando eu chegar à sua idade, você que não vai ter muita coisa sobrando! — Eu brinquei, aproximei-me do meu pai e pousei a mão em seu ombro, rindo. Ele deu risada e eu tomei água da garrafinha que segurava numa das mãos. — Obrigado por convencer a
Matty sorriu quando beijei sua barriga. Estávamos no chão, na sala de jogos. Eu o deitei no tapete e lhe dei um brinquedo. Ele o sacudia e dizia: — Papai! Papai! Ergui a cabeça e Matty se sentou, brincando com o brinquedo. Eu olhei para trás quando Matt chacoalhou o brinquedo no ar, comemorando: — Papai! — Brody apareceu na porta. Ele se aproximou e sentou-se ao meu lado. Matt andou até ele e o abraçou. — Papai, a Chelsea brincou comigo! — Contou Matty. — Brincou, foi? — Perguntou ele. Eu sorri. Matty pulou em comemoração. Brody o pegou no colo e abraçou com força. — Danna me disse que estava aqui. Eu quis ver Matty antes de ele ir dormir. Não consegui sair do trabalho cedo hoje, mas consegui vir a tempo. — Brody colocou Matt no chão e o garotinho andou na minha direção. Ele pegou o brinquedo e o chacoalhou. — Chelsea — disse ele — ,olha! Eu coloquei uma mecha do cabelo para trás e voltei a brincar com Matty. Brody se inclinou na minha direção e disse: — Quando terminar, vá ao
Brody Quando acordei, vi o rosto de Chelsea amassado contra o meu peito. Eu sorri, afaguei os cabelos longos dela e acariciei seu adorável rosto. Ela se mexeu e se espreguiçou, então bocejou e abriu os olhos lindos. — Bom dia — eu disse. — Que surpresa! — Chelsea nunca dormia comigo. Ela sempre voltava para o quarto depois de transarmos e passarmos um tempo juntos. Eu ficava irritado com isso. Ela parecia estar fugindo, como sempre. Era bom acordar e ver seu rosto. — Eu fico feliz. Ela sorriu e se ergueu preguiçosamente. Os raios do sol invadiam o quarto e eu conseguia ver o rosto lindo de Chelsea com as nuances da luz do dia. Ela se deitou ao meu lado, e um seio perfeito e semi rígido pulou para fora da camisola, me dizendo olá. Eu me inclinei na sua direção e beijei o seio exposto, sugando o mamilo rosado delicioso. Eu levei a mão até a região entre as pernas de Chelsea e esfreguei-a, sentindo a pele lisa e escorregadia de sua bocetinha. — Parece que alguém acordou molhadinha —
Brody Eu não conseguia aceitar o que tinha acabado de ver. Eu sabia que era real, mas mesmo assim, também sabia que Chelsea nunca faria isso. Eu sabia que sim. Por mais que meu coração doesse e minha mente estivesse estilhaçada, por mais que eu não conseguisse pensar direito, eu sabia o que tinha de fazer. Eu esperei Chelsea e Shawn saírem do restaurante. Eu os segui com o carro até um prédio e entrei logo depois. Eu peguei Chelsea pelo braço, o que a fez me encarar, assustada. Eu não conseguia entender… Tinha algo errado. Tinha de ter. Talvez Shawn armou tudo aquilo? E se Chelsea estivesse querendo me afastar para me proteger? Ou talvez me traíra mesmo. Eu a peguei com força. Shawn estava do lado dela, pedindo para que eu a largasse. — Me diga — eu exigi —, é mesmo real? — Eu tentava controlar a raiva crescente que expandia dentro do meu peito. Eu tentava parecer minimamente forte, por mais que estivesse destruído. Os olhos de Chelsea não diziam nada além de um pedido silencioso d
Chelsea Eu estava paralisada na frente da porta de Brody. Não sabia se devia ter feito mesmo aquilo, e me sentia estúpida por ter agido como agi mais cedo, mas eu simplesmente não conseguia me imaginar sem ele. Eu vi os olhos de Brody, e não pareciam ser os olhos de alguém que não se importava. Por mais que eu quisesse protegê-lo, era fraca demais para abdicar de uma última vez. Eu deixei um prato de cookies na frente da porta dele. Eu havia arrumado as malas assim que cheguei, pronta para me despedir. Eu não devia fazer isso… Eu sabia que ele iria me odiar. Simplesmente iria sair da sua vida; simplesmente iria deixar tudo para trás. As palavras que lhe disse mais cedo deveriam ter bastado. Seria mais fácil se Brody não tivesse ido atrás de mim. Eu devia tê-lo rejeitado, por mais doloroso que fosse. Voltei para o meu quarto tentando não fazer muito barulho, mas ouvi a porta do quarto de Brody abrir, e sua voz surgir: — Chelsea — eu olhei para ele. Brody estava sem camisa, vestia a