Saymon Acordo com um sobressalto! O relógio despertador que a Poly tem na cozinha começa a disparar tão alto que mais parece que está alertando um corpo de bombeiros ou algo assim! A Poly é tão organizada que até marca a quantidade de tempo de suas receitas em um despertador, agora eu sei porque tudo o que ela cozinha sai tão delicioso, ela prepara tudo com muita atenção e cuidado, ela coloca amor em tudo o que ela faz. Enfim, perfeita! — O bolo! - Poly diz assustada. — Shiiii! Fica deitadinha! Deixa que eu vou tirar! O cheiro bom de bolo toma conta do apartamento todo, eu sempre sentia esse cheiro quando era pequeno, um sorriso se forma em meu rosto, pra mim esse cheiro é o mesmo que um cheiro de um lar doce e feliz, o mesmo que eu sentia quando era criança, mal vejo a hora dos nossos filhos estarem com a gente, nos ajudando a preparar bolo também. Saio dos meus devaneios, me apresso e vou correndo para a cozinha, faço esse maldito relógio parar de tocar e pego um pan
Saymon O homem moreno analisa e reanalisa o meu processo de adoção várias vezes, eu não deixo de perceber o quanto ele está pálido, ele deveria sair mais desse escritório e tomar um pouco de sol, e pensar que até pouco tempo atrás eu também estava mais ou menos na mesma situação, preso no trabalho buscando compensar as frustrações da minha vida pessoal, mas depois que a minha deusa chegou tudo ficou diferente, ela trouxe cor para a minha vida. — É Romão! Em um processo normal isso aqui não demoraria menos do que três meses, mesmo se vocês pedissem urgência, você sabe que esses processos de adoção demoram uma vida né? - Silas me pergunta. — Sei sim! Obrigado por estar me ajudando! - respondo. — Uma mão lava a outra! Eu vou notificar aqui como caso essencial devido aos traumas psicológicos do garoto, só uma ou duas visitas de uma psicóloga e ela entrega um documento concluindo que a adoção imediata fará bem para o garoto e no máximo em uma semana o garoto estará na
Polyana O Saymon é tão perfeito! Ele é tudo o que eu sempre quis e sonhei na minha vida! E não é só porque ele é lindo loiro, maravilhoso, gostoso e de olhos azuis, o Samu é atencioso, cuidadoso, preocupado o tempo todo comigo e com nossos filhos, o tempo todo na viagem ele só falava no Caíque e que a nossa próxima viagem vai ser para a Disney que é para o pequeno passar o dia brincando nos parque de diversões, ele é um exagerado com tudo, ele quer fazer de tudo para nos deixar felizes, e só pelo fato dele olhar para mim com esses olhos lindos, azuis e brilhantes, eu já fico mais feliz do que tudo nessa vida. A viagem a Paris foi maravilhosa! Eu nunca imaginei em estar frente a frente com todos os pontos turísticos em que eu visitei, a catedral de Notre-Dame é simplesmente perfeita, eu e a dona Elisa compramos várias gárgulas de porcelana, eu irei colocar na mesinha perto da sala de estar, comprei também uma miniatura da torre Eiffel e coloquei como enfeite na estante da
Saymon — Papai! - Acordo com a voz do Caíque me chamando, ele tá na porta do meu quarto. — O que foi filhão? - pergunto calmo pra ele saber que eu estou aqui. — Tinha um monstro correndo atrás de mim e do Mário Segundo. - diz com a vozinha chorosa. — Oh Deus! Ele teve um pesadelo. - Poly diz com pena do nosso filho. — Vem meu amor! Vem deitar aqui com o papai e a mamãe! - Meu pequeno vem correndo e já abre os bracinhos, eu coloco ele entre eu e a Poly, ele se abraça nela, esperto! Mas eu não o julgo! Quem em sã consciência rejeitaria o colo macio da minha deusa? Em pouco tempo meu pequeno já está dormindo, a Poly segura a minha mão e aperta, e dorme com um sorriso nos lábios, quando ela dorme eu sempre imagino que ela está sonhando com os anjos, de tão linda que fica. No outro dia eu acordo cedo e preparo o café do manhã, o Caíque levantou pouco tempo depois de mim e me seguiu até a cozinha, preparo uma bandeja para levar na cama pra Poly, que consist
Saymon Minha mãe sabe mesmo organizar uma festa! Está tudo decorado nas cores azul e rosa, e a todo momento algum garçom passa oferecendo para as pessoas bebida ou algum salgadinho, tem também uma mesa enorme cheia de comida, salgadinhos e docinhos no qual o Caíque não sai de perto e a Poly fica o tempo todo mandando meu pequeno sair de lá para não adoecer da barriga. — Igualzinho o Saymon quando criança! Eu só conseguia parar ele quando dava uns tabefes. - minha mãe diz e Poly da risada. — Ouviu isso Caíque? - minha deusa olha ameaçadoramente para o nosso filho. — Papai! Mamãe deusa quer dar tabefe no Caíque. - o pequeno me diz apreensivo. — Vem filho vou te ensinar a fugir de uma mãe quando tá brava! - E é isso! Minha mãe ensina a Poly a bater e eu ensino o Caíque a fugir, eu sei que vou me dar mal com a Polyana depois, por estar ensinando essas coisas pra o menino, mas não é nada que alguns beijos e algumas pegadas no lugar certo não resolva. Minha Deusa agora tá
Saymon Já tem um tempo que meus pais chegaram e eu tava já pra quebrar esse hospital todo, quando minha mãe me abraçou e começou a me acalmar, dizendo que ia dar tudo certo, e agora eu tô aqui com a cabeça afundada no colo dela, eu não consigo ter forças e reação pra mais nada, as palavras de carinho e conforto da minha mãe é a única coisa que me tranquiliza um pouco nesse momento. — Cadê o senhor Roberto? - Tayla pergunta. Todas os nossos amigos estão aqui, e isso também me conforta um pouco. — Tá com o Caíque! O coitadinho tava desesperado chamando pela mãe! - minha mãe responde. Merda! O Caíque! Eu juntos todas as forças que não tenho e saio do colo da minha mãe. — Samanta pra que lado fica a ala infantil? - pergunto. — Tem certeza de que é o momento certo pra você falar com ele? - Sandro pergunta preocupado. — O Caíque perdeu os pais de maneira violenta e isso gerou um trauma nele! Não posso permitir que isso aconteça de novo! A Poly não ia querer isso!
Carla Eu já estou nervosa com essa demora do meu Saymon, a voz já está começando a me mandar ir na casa dele, talvez não seja má ideia já que em breve eu irei morar lá. — Carla! - Mas de repente meu amor aparece na porta da minha sala, a voz estava certa o tempo todo, ele viria atrás de mim. — Meu amor! Você veio me buscar? — Porque fez isso Carla? Porque jogou o carro contra a Poly e o Caíque? Seu ódio é tão grande assim? - pergunta. — Eu fiz por amor! Pra você voltar pra mim! - explico pra ele. — Você não sabe o que amor Carla! Você nunca soube! E saiba! Eu nunca vou voltar pra você! E não é por causa da Poly! É por sua causa! Eu nunca fui feliz com você Carla! Eu nunca soube o que era felicidade até... - eu o interrompo. — Até o quê? Até conhecer a sua amante? Eu tenho todo direito de acabar com ela! Tomou o meu marido! E saiba que ela me viu! Ela poderia ter corrido, mas em vez disso a idiota se jogou na frente do carro pra salvar o garoto! Ela quem quis se ma
Carla Presa! Eu estou presa! E o pior é que uma das carcereiras me contou que a ninfeta barata ainda está viva! Eu não consigo mais controlar meu ódio, minha raiva, porque eu consegui matar a droga de um garoto e ela não? Putinha de sorte. Cadê essa droga de voz? Anda você tem que me dizer o que eu preciso fazer pra sair daqui! Me Diz! Eu preciso sair logo daqui e matar a ninfeta gorda. — “~~~~” Sério? Se eu fizer mesmo isso, eu terei como sair daqui? Eu... eu não consigo entender como... mas.... mas... Eu quero sair daqui! Se o único jeito que eu tenho pra sair daqui for esse então não me resta escolha! Faço o que a voz diz e pego meus lençóis de cama, dou um nó e passo pela grade da janela no alto da cela, subo na cama e enrosco o pano no meu pescoço. — Você tem certeza de que fazendo isso eu realmente vou sair daqui? - pergunto para a voz. — Siiiiiiiiiim! Faço o que a voz diz e dou um pulo, e enquanto o pano prende e sufoca minha garganta, a última coisa q