Aurora respirou fundo diante do espelho observando seu reflexo com atenção. Pela primeira vez, se achou realmente bonita. O toque dos óleos que espalhara pelo corpo deixava sua pele macia e perfumada e a camisola branca de renda realçava sua delicadeza. Corou ao lembrar da calcinha pequena que usava, tinha sido um presente de Violet sua tia, mãe de Ava e lembrou do que ela havia dito, que ela deveria usar quando estivesse com Matteo. Olhou novamente para o espelho e sorriu ao ver seus cabelos soltos e a maneira que eles caíam sobre os ombros, lembrou de uma conversa que teve com Matteo e ele dizendo que amava seus cabelos. Mordeu os lábios recordando o que estava prestes a fazer, a ideia de agradar a si mesma, antes de tudo, era libertadora, mas também assustadora.
Ela havia prometido a Ekaterina que começaria a se c
Matteo chegou em casa exausto depois de um longo dia entre treinos e prática no clube de tiro. Apesar do cansaço que dominava seu corpo, sua mente não conseguia se afastar de Aurora nem por um instante.Ao entrar, dirigiu-se diretamente para seu quarto, mas ao passar pela porta do quarto dela, hesitou por um momento. Não teve coragem de entrar ou sequer bater. Sabia que havia errado, que seu comportamento tinha sido frio e distante. Não a tratou como sempre fazia, não lhe deu o beijo na testa de bom dia e nem se preocupou em perguntar sobre sua noite.Sabia, no fundo, que a havia magoado mais uma vez.Aurora era transparente em suas emoções, fácil de decifrar. Mas quando Matteo a viu tão linda, tão irresistiv
Aurora estava deitada em sua cama, o quarto suavemente iluminado pela luz da lua que entrava pela janela. Ainda sentia o efeito do orgasmo e mordeu os lábios ao recordar como gostou do que tinha feito. A jovem fitou o teto, perdida em pensamentos, enquanto suas mãos se entrelaçaram nervosamente sobre o peito. Será que ela conseguiria encarar Matteo depois do que havia feito?Boba, é claro que sim.No fundo, tinha dúvidas sobre os sentimentos de Matteo por ela. Sabia que ele a amava, mas não da maneira que ela desejava e isso de uma certa forma a deixava triste.Agora, aos dezesseis anos, Aurora sentia-se presa em um turbilhão de emoções conflitantes. Ela observou Matteo ao longo dos anos, seu prometido, seu
Matteo MorettiPorra, Porra, Porra!Não acredito no que acabei de fazer. Eu fiquei dentro do quarto de Aurora, vendo ela se masturbar. Eu não tinha esse direito. Caralho Matteo, o que você fez, seu puto!Entro no meu quarto com o coração acelerado. Meu corpo está em chamas, meu pau está duro e latejante. Preciso me aliviar. Uma vontade insana de voltar ao seu quarto e me enterrar gostoso dentro dela, em proporcionar inúmeros orgasmos, eu lhe daria prazer sem a penetrar. A faria gozar várias vezes, antes de me enterrar dentro dela.— Por Deus
Fecho os olhos imaginando a cena que ele fala. Eu de pé dentro daquele box e ele abaixado me chupando. Sinto o meu clitoris pulsar, estava perto de gozar, mas não queria gozar, ainda não. Então diminuo o ritmo para apreciar o desenrolar da cena.— Come volevo succhiarti e farti sborrare nella mia bocca. {Como eu queria te chupar e te fazer gozar na minha boca} — Vou rendere molto chiaro che tu sei mio solo mio e di nessun altro. {Vou deixar bem claro que você é minha, apenas minha e de mais ninguém}.Não sei porque isso me incomodou profundamente. Ele falava
O dia amanheceu e Matteo despertou ainda sob o peso de uma inquietação. Sentia-se estranho, dividido entre o prazer proibido e a confusão dos sentimentos que o invadiam.A imagem de Aurora se entregando em pensamentos a ele era tão tentadora quanto perturbadora. Ele precisava resolver tudo rápido. Conversar com seu pai parecia o primeiro passo. Matteo estava disposto a assumir que ele e Aurora seriam um casal, sem segredos, sem máscaras. Não era justo com nenhum dos dois continuar naquela incerteza.Com um sorriso determinado, desceu as escadas com a intenção de encontrá-la. Planejava convidá-la para sair mais tarde e, finalmente, resolverem o que estavam adiando.Ao chegar à sala, encontrou sua mãe e
As aulas se arrastaram até que, finalmente, o intervalo chegou. Aurora mal conseguia esperar para correr até o sanitário, estava apertada desde o início da aula. Entrou no box, fechando a porta com pressa. Quando finalmente relaxou, ouviu vozes familiares entrando no banheiro. A voz enjoada e exagerada de Silvia ecoou, animada, junto à risada cúmplice de Melissa. Aurora congelou, segurando a respiração, ao perceber que falavam de Matteo.— Então, você e o gostosão finalmente se pegaram? — provocou Melissa, curiosa.— Cala a boca, Melissa! Isso tem que ficar em segredo — responde
Matteo não estava entendendo o porquê de Aurora simplesmente estar o ignorando. Mais calmo, decidiu procurá-la para tentar entender o que de fato havia acontecido. Logo agora que estava determinado a levar esse relacionamento adiante e assumir de uma vez por todas os seus sentimentos, Aurora o ignorava.O que havia acontecido?Se fez algo que a chateou, precisava saber. Ele se aproximou da sua amiga loira que estava no pátio da escola. Tinha procurado por ela por toda escola e não tinha encontrado. Não sabia se já era a paranoia e o ciúmes na sua cabeça atentando, também não tinha visto o Kaio.— Ei, você?
Matteo não aceitou a derrota e correu até Aurora novamente, segurando seu braço com firmeza, o olhar ardendo de frustração e confusão.— LARGUE O MEU BRAÇO! — gritou Aurora com a voz reverberando pelo corredor.— Quero saber o que aconteceu para você agir assim comigo! Que porra eu te fiz? — Matteo esbravejou, o tom de voz mesclando raiva e desespero.Aurora o encarou com o rosto endurecido. Dentro dela, a raiva queimava, mas era a mágoa que fazia seu peito doer. Não, ela não se renderia. Não daria a ele o prazer de ver