Mundo de ficçãoIniciar sessão
Manuela não foi dormir comigo, passou a noite na sala, quando me levantei, me arrumando para o trabalho, ela estava dormindo no sofá e assim permaneceu. Eu havia passado a noite em claro, estava extremamente mau-humorado e chateado, Manuela acordou praticamente na hora que tínhamos que sair.
— Minha nossa, perdi a hora...
Permaneci sem lhe dirigir a palavra e enquanto ela corria para se arrumar desci aguardando no carro.
— Achei que você ia sem mim. — Disse ofegante quando finalmente apareceu.
— Deu vontade! Olha a hora, temos reunião marcada!
Fui ríspido, Manuela seguiu em silêncio, olhando pela janela e subiu para a empresa se trancando em sua sala.
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69. Saudade
Terminar com a Jhenny doeu, mas nada parecido ao que eu estava passando, não conseguia me conformar, não queria aceitar o fim. Eu ligava pra Jhenny com frequência, as duas eram muito amigas e Manuela lhe contava tudo, porém nem sempre ela estava disposta a me falar, mas ainda assim era quem mais me apoiava, a única que dizia que ficaria tudo bem. Soube pela minha irmã que a polícia encontrou o cavalo que havia sido roubado, e todos viajaram para o haras, não consegui descobrir se a minha deusa estava junto. — Jhenny, como você está? Soube que encontraram o cavalo, fiquei muito feliz por você. — Estou bem, muito feliz, achei que jamais veria meu Ventania novamente, mas e você? — Estou na mesma, tem notícia da Manu? Ela foi com vocês pro h
70. Volta
Me surpreendi no dia seguinte quando vi a Manuela entrando em minha empresa, ela foi direto para a sala da Vanusa e me apressei em ir encontrá-la. Estávamos prestes a iniciar a entrevista com as moças selecionadas para o cargo que antes era dela, imaginei que se tivesse decidido voltar, eu cancelaria tudo naquele exato momento e dispensaria todas as outras que estavam aguardando. — Manuela, que surpresa! Bom te ver novamente, veio procurar o Felipe? — Vanusa a recepcionou. — Igualmente, obrigada! Eu vim sim, mas vejo que vocês estão ocupados, posso voltar mais tarde... — De jeito nenhum… — Interferi de imediato, ela ainda não havia notado a minha presença e me olhou espantada. — As entrevistas podem esperar um pouco. Vamos para minha sala, Manuela. Vanusa
71. Chave de ouro
Na manhã seguinte, Manuela recebeu uma ligação, nos acordando. — É da empresa. — Falou antes de atender. Eu tentava ouvir, curioso, até que ela me olhou parecendo apreensiva. — O que foi, amor? Era a Mirna? — Perguntei ansioso. — Sim. É impressão minha ou vocês se conhecem? — Sim, eu conhecia ela, já trabalhei lá. — Ela é uma boa pessoa, você viu? Acreditou em mim! — Por que não acreditaria, meu amor? — Não sei, minha mãe me acusou, esperava que ela fizesse o mesmo. — Me perdoe, mas a sua mãe é uma desequilibrada!
72. Grávida
Mesmo já tendo se resolvido com a minha tia, Danielly decidiu que permaneceria passando uns dias na casa da Jhenny e do Cristiano, para evitar qualquer estresse, principalmente após descobrirem a nova gravidez. Ela e Rafael haviam encontrado um lote à venda próximo dali e pediram que eu avaliasse para ver se valia a pena fechar negócio. — Obrigado por vir assim em cima da hora, é que apareceu essa oportunidade e gostaria que você desse uma olhada pra ver se fecho ou não a compra. – Rafael explicou. — No lote já havia uma casa construída, como tenho pressa, queria que você visse se há possibilidade de dar continuidade através dela... — Quer ir agora? – Perguntei. — Mas geralmente levo o meu pessoal comigo pra esse tipo de análise. Seria algo realmente superficial, só pra gente ter uma noção... —
73. Injustiça
Fiquei atônito, eu não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo, foi impossível conter o choro, senti naquele momento que tudo estava acabado, Manuela me olhava assustada e eu sequer conseguia dirigir a palavra a ela. — Eu não sabia! — Falou com a voz trêmula, também chorando. Fui na direção da janela e me debrucei chorando, ignorando-a. — Eu não tive culpa, não sabia que isso era possível! Não fica assim, por favor! Me virei furioso para encará-la. Como não tinha culpa? Como não sabia que era possível engravidar, se o único babaca estéril ali era eu? — Você não me disse que tinha dormido com outra pessoa! Falou pra mim que não tinha ficado com ninguém depois que terminamos! Quem fo
74. Poderoso amor
— Irmão, minha avó está reclamando que não consegue falar contigo! – Fernanda disse ao receber uma mensagem da vovó. — Não quero falar com ninguém agora! — Ela disse que a Manuela está na casa da tia Lise! Gostei da informação, eu já estava preocupado sem notícias e sem pensar muito apenas peguei a chave do carro e me preparei para sair. — Posso ir com você? – Fernanda pediu. — Melhor não, prefiro que fique longe dela! Aliás, se prepare para voltar pra casa da vovó, porque a Manuela vai voltar pra cá, quer você queira quer não! Fernanda ouviu sem dizer mais nada, eu não quis ser arrogante, mas naquele momento tudo que eu mais queria era a chance de sa
75. Casa comigo
Na manhã seguinte, ainda cedo, sai em busca de alianças, decidido a pedir Manuela em casamento. Ela permanecia ignorando as minhas mensagens e ligações, eu sabia que a Jhenny e os outros chegariam no início da tarde, então pedi ajuda pra ela. — Jhenny, tem notícias da Manuela? — Falei com ela pela última vez ontem a noite, ela está bem, só muito triste. O que está acontecendo com você, em? Pegou o surta vírus do Cris? — Tenta me entender… — Entendo perfeitamente, achou que não podia ter filhos, mas fez um e resolveu acusar a Manuela. — Não, não, não, eu não acusei, eu só achei que… — Que ela se relacionou com outra pessoa.
76. Dose dupla
Uma nova semana se iniciou, o mês de janeiro estava chegando ao fim, e nós fomos na primeira consulta do pré-natal, ansiosos e cheios de curiosidade. — Seja bem-vinda, Manuela! – A médica a recebeu com simpatia. — Obrigada, doutora! Eu não soltava a mão gelada da Manuela por nada, ambos estávamos nervosos, era um mundo absolutamente novo para nós, então enchemos a médica de perguntas, escutando atentos todas as informações. — Qual a data da sua última menstruação? Manuela parou pensando. — Acho que foi em novembro, doutora! – Lembrei. E então lembrei que isso me tornava ainda mais idiota por ter imaginado