A casa estava muito silenciosa. Olhei ao redor, sabia que Vasco tinha assuntos a tratar pela manha , mas depois de me terem trazido o almoço, pensava que ambos estavam por casa. Provavelmente Vasco voltara a sair , mas Alexandre costumava sair só ao entardecer e me vinha ver sempre antes de ir. Meus enjoos pararam durante algumas horas e a fome intensificou-se, o lanche que tinha tomado parecia mais um almoço e jantar juntos. Meu bebé devia ser bipolar, uma hora estava de bem com a comida outra hora de mal. Sondando cada cómodo , me aproximei em silencio quando verifiquei a porta entreaberta do escritório. O entardecer tinha chegado mais rápido do que pensara , fechada naquele quarto , cochilava muitas vezes ainda mais com meu estômago pedindo para que eu estivesse quieta . Abri a porta e parei na entrada.
Chegara finalmente a hora de eu poder ver o meubébé, Cassandra me esperava no consultório, faria uma consulta especial ao final da tarde, Alexandre também queria estar presente e somente ao entardecer era possívelte-lodo meu lado naquela situação. Seus clientes iriam achar estranho eu não levar nenhum cachorro numa clínica veterinária por isso a melhor hora para todos era ao final do dia. O que levou a Vasco a pregar uma partida.__ Podes te acalmar um pouco? - Bufo pela decima ve
Eu fiquei sem palavras , Vasco simplesmente me olha um pouco nervoso, Alexandre fica encarando minha barriga com completo atordoamento.__ Posso saber o que tudo isso significa. - Minha voz treme, a emoção começava a tomar conta de mim. Os encaro, alternadamente com as lágrimas a quererem brotar de meus olhos.__ Tudo ficará bem!- Cassandra se aproxima e aperta minha mão. __ Precisarás de transfusões periódicas de sangue.- El
Estava inerte há quase meia hora olhando aquela coisa de 2 metros na minha frente. Não tinha palavras naquele momento para declarar e nem mesmo sabia como reagir perante tal visão. Balançando a cabeça simplesmente olho Vasco que esboçava um sorriso orgulhoso.__ Vasco não achas que isso já é demais ?__ O quê? - Vasco olha inocentemente o enorme urso depelucia
O convite para a festa de Cassandra e Ulisses tinha sido feito há mais de um mês , mas a vontade de estar presente tinha desaparecido no momento em que me vi ao espelho pela segunda vez.__ Estou muito grande para sair para uma festa. .__ Não sejas tonta , estas perfeita .- Vasco alisa meu ventre arredondado como uma bola de basquetebol. __ Não de forma alguma. _ Alexandre estava furioso falando no celular para seu subordinado. Ele me olhava com frustração, impaciência. __ Não há maneira nenhuma de eu sair daqui agora , ainda mais se ele fugiu.Levanto uma sobrancelha ao perceber o tema de conversa. Vasco se aproxima beijando meu rosto.__ Não te preocupes são coisas da organização. No momento em que Cassandra entra no salão Vasco e Alexandre sabem que algo aconteceu, por alguns segundos seus olhares seguem por cima do ombro da fêmea de Ulisses, que em passos largos com seu filho nos braços , expressava uma postura de alarme. Não havia sinal de Ângela , o que o fez franzir o sobrolho. Vasco analisa o local, mesmo no meio da multidão sua companheira se destacava com a beleza de sua barriguinha volumosa. Mas estranhamente não havia sinal dela, ele inspira profundamente ,mesmo com tantos lobos e lobas no lugar, o perfume de Ângela era inconfundível para ele. Alexandre coloca uma postura de alerta no momento que não sente a presença de Ângela naquele lugar, seus sentidos se estendem até fora do salão e nada. Correndo em direção a Cassandra ele é bloqueado por Estêv&atildCapitulo 42
Capitulo 43
Minha cabeça latejava e mesmo tentando , não conseguia abrir os meus olhos . As vozes discutindo alto ainda me deixavam mais perturbada , ao lembrar do que tinha acontecido. Evitando não me mexer, controlo a necessidade de colocar as mãos no meu ventre. Meus bebes não se mexiam, o que não era normal. Mantendo os olhos fechados tento perceber o porque da discussão e qual o motivo para um ataque tão vil à minha pessoa. Não queria nem imaginar como estariam Vasco e Alexandre com o meu desaparecimento ,mas faria de tudo para conseguir ir ao encontro deles.__ Não foi isso que combinamos! Por muito que me esforçasse já não conseguia dar mais que um passo, estava ofegante, exausta, com dores. As contrações estavam com intervalos menores , alem de serem cada vez mais difíceis de aguentar. Ali estava eu, me segurando numa árvore, quase de joelhos no chão quando a dor fulminante me ataca de novo, parecia que meus rins iam explodir , coloco a mão de lado na parte de trás ,me inclinando um pouco para a frente, a posição me aliviava , mesmo assim não era o suficiente para poder continuar a correr.Último capítuloCapitulo 45