— Eu sei disso, mas a Letty não é mais como antes, que se deixava convencer facilmente. — Liam suspirou, com uma expressão cansada. — Se você estava sem sombrinha, por que não pediu para o motorista te levar? Por que insistir logo na sombrinha dela? Era óbvio que Scarlett estava ressentida com eles. E Joseph ainda fazia questão de forçá-la a ceder? Não era surpresa nenhuma que tivesse acabado daquela forma. — Eu só queria economizar tempo! E, além disso, ela sozinha não precisa de uma sombrinha tão grande. Só que, em vez de emprestar, ela me bateu! — Joseph parecia cada vez mais irritado ao relembrar o episódio. De volta ao seu quarto, ele pegou o celular imediatamente e resmungou: — Não, eu preciso resolver isso agora. Joseph: [Scarlett, onde você está?] Assim que a mensagem foi enviada, apareceu uma notificação no chat: [Você foi bloqueado pelo destinatário. Não é possível enviar mensagens.] Joseph congelou. Sua expressão ficou sombria, e ele apertou os dentes com tanta
Scarlett levantou os olhos e viu a professora. Seguindo o olhar dela, percebeu Liam parado do lado de fora da sala. Ela apertou os lábios, hesitou por um momento, mas acabou saindo. Com uma expressão impassível, disse: — Se você veio aqui para pedir que eu faça anotações para a Amelia, é melhor nem começar. Ela nem precisava pensar muito para saber o motivo de Liam ter ido à escola: justificar a ausência de Amelia. Como de costume, ele provavelmente pediria que Scarlett fizesse as anotações e levasse os deveres de casa para ela. Liam sentiu um aperto no peito. — Letty, é assim que você me enxerga? Scarlett cruzou os braços, impaciente: — Já terminou? — Letty, eu me lembro de quando você estava no ensino fundamental. Suas notas eram excelentes. Mas depois, começaram a oscilar, até ficarem cada vez piores. Foi por causa da Amelia? Você fazia isso de propósito para ter notas parecidas ou até piores que as dela? Scarlett parou de andar. Como ele sabia disso? Seu olhar fic
A voz de Henry soou calma, mas carregada de uma arrogância fria: — Você não tem moral para conversar comigo. E ninguém pode forçar Scarlett a ceder. Caso contrário, o que aconteceu com sua empresa antes da competição de repescagem vai acontecer de novo. O rosto de Liam ficou pálido de imediato. — Foi você? Na época da competição de repescagem, ele e Alexander tinham tudo planejado para participar. Mas, coincidentemente, suas empresas enfrentaram problemas graves ao mesmo tempo, forçando os dois a desistirem da competição. Alexander, até hoje, ainda estava preso em um set de filmagem, tentando resolver os problemas causados por uma produção problemática, sem conseguir retornar. O olhar de Liam ficou mais sério enquanto analisava Henry. — Quem é você, afinal? Por que se aproximou da Scarlett? Qual é o seu objetivo com ela? Era impossível para Liam aceitar que um simples médico da escola tivesse poder suficiente para causar tamanha confusão. Claramente, Henry não era uma pes
Henry estava recostado na cadeira, com os olhos semicerrados, uma postura preguiçosa. Ele respondeu com indiferença: — Eu também não sei. — Não foi você que ensinou ela, escondido? — Isaac perguntou, incrédulo. — Ela disse que aprendeu sozinha. Isaac ficou boquiaberto, absolutamente surpreso: — Não é possível! Alguém realmente conseguiu aprender isso? Desde que você ficou famoso com os doze acertos consecutivos, ninguém, por mais que tentasse, conseguiu dominar essa técnica. Qualquer jogador de atirador sabia o quanto os doze acertos consecutivos do lendário King eram difíceis de aprender. Não era algo que dependia apenas de prática. Era preciso talento, inteligência e paciência. E mesmo assim, o único jeito de alguém aprender era se King ensinasse pessoalmente. Mas isso era praticamente impossível. Pouquíssimas pessoas no mundo poderiam receber esse privilégio. Scarlett era a primeira pessoa que conseguira. Até hoje, a comunidade de jogos especulava sobre a relação ent
Scarlett levantou a mão e derrubou a bandeja de comida que o mordomo segurava. Seus olhos, normalmente calmos, estavam agora frios como gelo. Com o rosto fechado, ela disparou: — Saiba qual é o seu lugar. Você é apenas um mordomo. Não cabe a você me dizer o que fazer. O mordomo, visivelmente irritado, tentou argumentar: — Srta. Scarlett, eu posso ser apenas um empregado, mas também tenho o direito de dizer o que penso! — E eu tenho motivo para te ouvir? — Scarlett rebateu, impaciente. Desde que voltou à família Miller, sua paciência havia se esgotado completamente. Antes, ela costumava ignorar e deixar que atitudes como aquelas passassem despercebidas. Mas algumas pessoas simplesmente não sabiam a hora de parar, como aquele mordomo, Henriques. — Letty, o que aconteceu aqui? — Liam apareceu no quarto, apressado, depois de ser informado por outros empregados de que algo havia acontecido. Ele viu a comida espalhada pelo chão e perguntou de imediato. — Não gostou da comida?
Scarlett ficou surpresa ao ver aquela mensagem. [Então você é irmão dele?] Do outro lado, Daniel mal conseguiu se levantar do chão. Suas mãos tremiam enquanto digitava: [Isso mesmo, sou o irmão mais novo, adorável, obediente e incrivelmente talentoso dele. Desde quando ele tem uma pupila? E por que eu não sabia disso?] Será que a garota da família Miller realmente era pupila de seu irmão? Daniel, ainda desconfiado, escreveu: [Você é a Scarlett?] Scarlett respondeu: [Sim, sou eu. Ele já falou de mim?] Ela não esperava que até o irmão de Henry soubesse sobre ela. Daniel ficou completamente chocado. Escreveu incontáveis “Meu Deus!” e, com as mãos ainda tremendo, ligou imediatamente para Henry. A ligação foi atendida em segundos, com Henry falando em um tom frio: — O que foi? Henry estava no escritório, sentado em frente ao computador. Ele massageou as têmporas, fechando o programa que estava usando. — Cara, você foi muito desleal! Pegou a Scarlett como pupila sem me c
— Entendi. Afinal, hoje em dia tem tantas garotas interesseiras por aí que esconder a identidade pode ajudar a desenvolver um relacionamento mais puro! Mas a Scarlett não é menor de idade? Mano, você tá gostando de uma menor? — Disse Daniel com um tom de provocação. — Não é nada disso. Não pergunte demais e, principalmente, não faça nada desnecessário. Entendeu? — Respondeu Henry com impaciência. — Tá bom, tá bom, já entendi. — Disse Daniel, encolhendo os ombros, desconcertado. Ele ficou pensando: "Só fiz umas perguntas a mais, e ele já ficou assim tão bravo?" Depois de esclarecer tudo, Henry finalmente perguntou: — Você quer convidá-la para o time? — É, tô pensando nisso. Mas, na real, é mais pra provocar o Joseph. Ele não tem competência pra nada, mas adora se gabar. Ouvi dizer que ele não se dá bem com essa garota, então vou aproveitar a oportunidade e dar o troco. — Respondeu Daniel, com um sorriso malicioso. — Se quiser tirá-la do lado dele, espere até ela terminar a
O olhar de Scarlett estava tão escuro quanto a noite, cheio de uma fúria que parecia prestes a devorar alguém. Amelia deu um passo para trás, nervosa: — Letty, por que está me olhando assim? Não fui eu que joguei seus materiais no chão. Liam se aproximou, percebendo o clima pesado: — Letty, o que aconteceu? Scarlett respirou fundo, lutando para conter a raiva que borbulhava dentro dela: — Meus materiais estão estragados. — Estragados? Como assim? — Liam pegou os materiais da mão dela e, ao perceber o estado deles, sua expressão mudou completamente. — Entra na escola. Eu vou sair agora e comprar novos pra você. Scarlett sentiu um leve arrependimento. Não deveria ter ficado na Mansão Miller. Dessa vez, ela foi descuidada. Sem confiar completamente nas palavras de Liam, Scarlett decidiu ligar para Henry. Amelia, no entanto, interrompeu: — Liam, por que você não leva os meus materiais para a Letty? Eu espero você voltar com outros. — Não precisa. Eu mesmo vou compra