Depois que Joseph terminou de falar, segurou o pulso de Scarlett com firmeza: — Vamos, entra no carro! Scarlett tentou puxar a mão de volta instintivamente, mas ele foi mais rápido e a empurrou para dentro do veículo. Amelia correu atrás deles, ofegante: — Joseph, você está bravo por causa do que eu disse agora há pouco? Só falei a verdade, não queria causar uma briga entre vocês. Afinal, o Finnian tem família em Cidade C. Se vocês criarem confusão aqui, pode acabar complicando a situação do Aiden quando ele tiver que lidar com a família Silva. A expressão de Joseph ainda estava carregada de irritação, mas ao ouvir o nome de Aiden, seu semblante suavizou: — Se o Aiden souber que esse moleque está perturbando a Scarlett, com certeza ele vai atrás da família Silva para resolver o problema! Amelia engoliu seco, sentindo um desconforto tomar conta de si. "Claro, Scarlett é irmã de sangue dele. O tratamento só podia ser diferente." Mas o que estava incomodando Amelia era o
A expressão de Scarlett permaneceu indiferente, o que fez o coração de Joseph afundar. Até então, ele estava confiante de que tudo daria certo, mas agora começava a duvidar. Ele já tinha se rebaixado tanto para pedir desculpas. Scarlett deveria entender o quanto ele estava sendo sincero, não? Desde pequeno, nunca havia se curvado assim diante de ninguém. Scarlett era a primeira! Amelia aproveitou a oportunidade para intervir: — É isso, Letty. O Joseph se esforçou tanto para organizar esse jantar de desculpas. Você pode ver claramente o quanto ele está arrependido e quer fazer as pazes. Joseph, com o rosto ligeiramente constrangido, completou: — Scarlett, seja o que for, pode dizer. Qualquer coisa que você pedir, eu vou fazer. Scarlett ergueu a sobrancelha, com um sorriso irônico nos lábios: — Meu pedido é bem simples. — Diga. Joseph suspirou aliviado. Se Scarlett estava disposta a fazer exigências, significava que ela estava disposta a perdoá-lo. Ele tinha certe
Joseph, ao perceber o que havia acabado de fazer, gritou desesperado: — Sai daí agora, Scarlett! Mas Scarlett não reagiu. Seu rosto permaneceu inexpressivo, e seus olhos escuros pareciam um abismo insondável. O som repentino dos freios cortou o silêncio. Um carro preto parou ao lado dela, e a janela foi abaixada, revelando os traços sérios de Henry. Sua voz era calma, mas firme: — Entra no carro. Scarlett deixou um pequeno sorriso escapar pelos lábios. Ela sabia que ele viria. Sem hesitar, ela se abaixou e entrou no carro. Do lado de fora, a voz de Joseph ecoou: — Scarlett, você não pode ir com ele! Ela virou a cabeça, olhando para Joseph, que corria atrás do carro. Com um movimento tranquilo, Scarlett fechou o vidro da janela, bloqueando completamente o som e a visão do mundo exterior. Joseph ainda tentou correr atrás, mas acabou parando, ofegante e visivelmente derrotado. Ele socou o chão em frustração, incapaz de aceitar o que havia acontecido. "Por que as coisas
Scarlett ficou um pouco surpresa. Ela achava que ele ficaria contente com a sugestão, mas Henry apenas disse que suas mãos não eram para cozinhar. Henry permaneceu parado, com sua postura elegante e a voz tranquila: — Você não precisa fazer essas coisas para tentar me agradar. O peito de Scarlett apertou. Ela havia sugerido aquilo sem pensar muito, apenas querendo fazer algo por ele, mas parecia que Henry a havia decifrado por completo. Ela passou os dedos pelo cabelo ao lado da orelha, um pouco desconcertada: — Então... Tá bom. — A empregada vai preparar o jantar daqui a pouco. Scarlett não insistiu. Olhou para Henry de relance, sentindo uma admiração crescente. Ele parecia tão inteligente, tão inacessível. Era impossível não lembrar da pessoa que ela havia secretamente admirado em sua vida passada. Naquela época, aquele homem sempre tentou abrir seus olhos para a maneira como seus irmãos a tratavam. Mas Scarlett, teimosa, se recusava a aceitar a verdade. No fim, ess
— Estou tentando. — Scarlett respondeu, esforçando-se para se concentrar, mas sua dor no baixo ventre estava atrapalhando. Talvez ela tivesse comido demais no jantar. Henry percebeu que a expressão de Scarlett não estava boa. Ela parecia abatida, com os lábios um pouco pálidos. Ele estendeu a mão e tocou sua testa, verificando se havia febre. Não estava quente. — O que você está sentindo? Scarlett sentiu o toque frio da mão dele e respondeu com pouca energia: — Está doendo... Acho que foi porque comi demais. Fazia tempo que ela não comia tanto, e seu estômago parecia não ter reagido bem. Henry recolheu a mão e, sem dizer nada, foi buscar comprimidos para aliviar a digestão. Voltou trazendo também um copo de água, que colocou na frente dela. Scarlett tomou os comprimidos devagar, ainda sem muita disposição. Henry pegou a caneta da mão dela e disse: — Chega por hoje. Vá descansar. Ela não respondeu, mas sabia que ele estava certo. O desconforto parecia estar aumenta
Henry lançou um olhar frio para Isaac: — O que você está fazendo aqui? — Nada de mais. Achei que podia te fazer companhia. — Pode ir embora. Henry continuou andando em direção ao prédio, carregando a sacola, mas Isaac o seguiu com a mesma cara de pau de sempre: — Nossa, quanta frieza. Agora que eu não vou embora mesmo. Ele entrou no elevador atrás de Henry e, ao espiar a sacola, fez uma cara de surpresa: — Hm... Você comprou chá de gengibre. Ela está naqueles dias? Henry respondeu com indiferença: — Sim. Isaac arregalou os olhos e soltou um riso: — Se eu não tivesse visto com meus próprios olhos, nunca acreditaria. Você, Henry, comprando absorventes e chá de gengibre... Tão cuidadoso assim? Ele balançou a cabeça, incrédulo. Desde criança, Henry sempre foi o tipo de cara que as garotas mimavam, nunca o contrário. Henry ignorou o comentário e, antes de sair do elevador, falou em tom seco: — Só não a assuste. De volta ao apartamento, ele foi direto até a port
— Você não sabe, ela não vive bem em casa. — Disse Henry.— Ela tem seis irmãos que a protegem, como é que não vive bem? — Respondeu Isaac.A voz de Henry soou abafada: — Mas ela também tem uma irmã de criação, que é filha do motorista. Os irmãos dela tratam a garota muito bem, e a Scarlett sempre foi deixada de lado, tratada com indiferença. No começo, ele também achava que Scarlett vivia bem, mas agora percebia que ela parecia uma coitadinha, alguém que despertava sua compaixão, fazendo-o querer tratá-la melhor. Isaac ouviu tudo com atenção e soltou um suspiro: — Pois é, da última vez, na enfermaria, vi o jeito como os irmãos dela a tratavam e achei meio estranho. Pensei que fosse só coisa de criança desobediente, mas agora tudo faz sentido. Ainda agora, vendo o jeito dócil dela, não parece nada com o que dizem por aí. Quem em sã consciência seria tão injusto assim? Deixar de proteger uma irmã de sangue para tratar uma "falsa irmã" tão bem? — É por isso que quero compen
Ela ouviu a voz de Amelia e, instintivamente, franziu as sobrancelhas. Amelia já tinha corrido para debaixo de seu guarda-chuva, segurando a mochila sobre a cabeça para se proteger da chuva, com uma expressão de pureza que não enganaria ninguém: — Emprestei meu guarda-chuva para um colega. A gente pode ir juntas? — Não. Scarlett virou-se e foi embora, sem dar a Amelia a menor chance. Amelia ficou parada no lugar, incrédula, enquanto a chuva molhava completamente suas roupas. Não conseguia acreditar que, na frente de tantas pessoas, Scarlett teve a audácia de recusá-la! A expressão de Amelia escureceu. Ela tinha planejado usar aquele momento para se reaproximar de Scarlett. Afinal, nos últimos dias, havia percebido mudanças no comportamento de Liam e Joseph, o que a deixava inquieta. Se Scarlett realmente fosse reconquistada por eles, será que ainda haveria espaço para ela na família Miller no futuro? Era por isso que ela queria um "acordo de paz" com Scarlett. Mas, diante