Para demonstrar respeito, Sophia foi até uma loja de maquiagem no shopping e optou por uma maquiagem leve, ideal para o dia a dia. Na pressa de sair pela manhã, não tinha tido tempo de se arrumar. Além disso, havia acabado de tomar banho, e seu rosto estava completamente sem base. Ela também aproveitou para comprar alguns alimentos no shopping como presente para levar ao encontro com Walter. Sophia se lembrou de que, na última vez que se encontraram, ele havia elogiado o bolo que ela levara. Chamando um carro pelo aplicativo, ela seguiu para o endereço enviado por Walter. O destino era uma rua em Porto Encantado, cercada por mansões de estilo francês. A arquitetura romântica e imponente do local indicava que o Sr. Walter residia ali. Sophia se aproximou e tocou a campainha. Para sua surpresa, quem abriu a porta foi o próprio Sr. Walter. Ao entrar, percebeu que aparentemente ela era a única convidada para o encontro. Inicialmente, havia imaginado que Walter estaria organizando
Sophia ficou chocada. Walter abaixou a cabeça, esboçando um leve sorriso para disfarçar a tristeza em seus olhos, e pediu desculpas: — Fui impulsivo. — Laura é uma pintora muito famosa. Com a minha reputação, acho que nunca seria capaz de substituí-la. — Sophia deu um sorriso autodepreciativo. Walter não insistiu. Depois de terminarem de observar a pintura, eles saíram do ateliê e desceram as escadas. Com a visita encerrada, Sophia já deveria estar de partida. O som dos sapatos de salto baixo de Sophia ecoava no piso de madeira da escada. Walter, como quem conversa casualmente, perguntou: — Foi no evento da família Santos que te vi pela primeira vez. Você é parente deles? Sophia balançou a cabeça enquanto olhava para o chão. — Não, foi apenas uma coincidência de sobrenomes. Ele assentiu e, em seguida, perguntou: — E aquele rapaz da família Moura, o Joaquim, que estava com você naquele dia? Ele é seu namorado? A pergunta foi direta. Por um instante, a mente
Sophia sorriu e assentiu, colocando a cesta de frutas que carregava no criado-mudo ao lado da cama do hospital. — Não tem problema. O modo como o jovem a chamou de "irmã" trouxe uma sensação de irmandade, algo inesperado, mas surpreendentemente agradável. Frâncio, um tanto insatisfeito por estar sendo segurado, tentou se soltar, mexendo os ombros para escapar do controle de Walter. No entanto, ele parou assim que recebeu um olhar discreto, mas firme, de aviso de Walter. A partir daí, ficou mais calmo e obediente. Ao desligar o celular, Frâncio começou a falar: — Eu... — Este é meu irmão, Frâncio. — Walter se adiantou, o interrompendo. — Esta é a Srta. Sophia. Sophia assentiu levemente para Frâncio, em um gesto educado e amigável. ... Letícia estava de folga hoje, sem aulas, aproveitando o tempo livre para um encontro com Samuel. Os dois aguardavam no cinema, prestes a assistir ao filme para o qual haviam comprado ingressos. Enquanto trocavam carícias, o celular de Let
Letícia chegou ao hospital, abriu a porta e ficou surpresa. Como Sophia estava ali? — Letícia? — Sophia também ficou surpresa. — Vocês se conhecem? — Perguntou Frâncio. — Sim. — Sophia assentiu. — Nos conhecemos, somos boas amigas. — Vocês são boas amigas? — Frâncio repetiu, palavra por palavra, cerrando os dentes, enquanto seu rosto delicado assumia uma expressão feroz ao olhar para Letícia na porta. Letícia deu uma risadinha sem graça e fez menção de sair do quarto, fechando a porta atrás de si. — Ah, então, já que você está bem, irmã, vou indo, tá bom? — Irmã? — Sophia perguntou, confusa. Ela ainda não tinha entendido por que Letícia estava ali, e agora ela estava se autodenominando irmã? Walter esclareceu a dúvida: — Ela é minha segunda irmã, Letícia. O irmão de Letícia era Walter! Sophia arregalou os olhos, incrédula. Não era à toa que Letícia havia dito que o irmão dela a ajudaria a sair de Cidade A. No início, Sophia achou que era uma piada, mas não imagina
Sophia gostava muito daquele tipo de ambiente; parecia realmente estar entre irmãos e irmãs. Até que Davi ligou para ela: — Onde você está? Vou buscá-la agora. Sophia se despediu deles e foi embora. Ao sair, Frâncio parecia relutante em deixá-la ir. O Maybach preto parou na entrada do hospital, e Gabriel abriu a porta traseira para ela. Sophia entrou no carro. A voz fria de Davi soou ao seu lado: — Você não estava indo para a exposição de arte? O que fazia no hospital? Sophia não gostou do tom interrogativo dele; toda a boa disposição da tarde desapareceu. — Eu só assinei um contrato com você, não sou sua prisioneira. — Certo. — Assim que terminou de falar, Davi começou a examiná-la de cima a baixo com as mãos. — O que você está fazendo? — Sophia perguntou, impaciente, tentando se esquivar. — Quero ver se você se machucou. — Ele respondeu seriamente, sem qualquer tom de crítica ou acusação. Sophia ficou atônita. Ele estava preocupado com ela? Logo descartou es
— André! — Valentina largou o mouse e falou em voz baixa. — Lembrou de mim? Valentina lançou um olhar para os funcionários do lado de fora do escritório e puxou as persianas, fechando elas firmemente. — Por que você me ligou? — Nada demais, só porque senti sua falta. Senti falta de ouvir seus gemidos quando está sob mim, do jeito que sua pele branca se contorce quando estou com você... Antes que ele pudesse terminar, Valentina o interrompeu com firmeza: — Cala a boca! — Ok, eu calo. — André respondeu lentamente, com um tom provocador. — Mas aquele vídeo não sabe se calar. — André, o que você quer, afinal? — Hotel Solara, suíte presidencial. ... Na área de trabalho compartilhada, Valentina pegou sua bolsa e saiu do escritório no horário habitual. Assim que ela virou o corredor, os colegas começaram a murmurar: — Ela só pode ter entrado aqui por influência de alguém. Não faz nada, sai sempre no horário, mas leva todo o crédito. — Não fala assim, é melhor focar
O celular sobre a mesa vibrou algumas vezes. Davi desviou o olhar para a tela e viu que Sophia estava jogando. Se levantou e saiu do escritório para atender a ligação. — Mãe, por favor, não arrume encontros às cegas para mim. — Davi olhou ao redor, falando baixo e com uma ponta de exasperação. — É para o seu bem, filho. A Valentina não tem um caráter correto, não serve para você. Será que você ainda não confia no olhar da sua mãe? — Kelly, do outro lado da linha, soava ansiosa, com medo de que o filho se deixasse enganar e acabasse casando com Valentina. — Eu já terminei e deixei tudo claro com a Valentina. Não mencione mais isso, por favor. — Terminou? Ótimo! — A felicidade de Kelly parecia transbordar através do telefone. — Então você precisa conhecê-la. É a filha do seu tio Raulino. Lembra dela? Só para agradar sua mãe. Já dei minha palavra, seria indelicado da sua parte não ir. É só um jantar. Se você não gostar, prometo que não insisto. — Apenas desta vez. — Respondeu el
Quando Sophia chegou ao hospital, Letícia e o pedido de comida já haviam chegado. Ela carregava frutos do mar em uma das mãos enquanto empurrava a porta com a outra. Letícia estendeu a mão para pegar a comida: — É daquela barraca de frutos do mar que eu adoro. Sophia, eu te amo demais! A mesa já estava montada ao lado da cama do hospital, e a comida que havia chegado antes já estava posta. Frâncio, sentado na cabeceira da cama com as pernas dobradas, continuava a provocar Letícia: — Aff, é só frutos do mar. Não precisa ficar tão feliz assim. — Você não recebeu nada. Eu nem comprei o que você gosta. — Letícia balançou a cabeça, tentando irritá-lo. Frâncio não se conformou. Não gostava de ver o ar de superioridade dela e imediatamente reclamou: — Irmã, olha pra ela! Sophia, que já havia lavado as mãos, se aproximou com um sorriso: — Pronto, parem com isso. Comprei bastante, tem o suficiente para os três. — Humph! — Frâncio, agora com apoio, ficou mais confiante. — A