Céus , sempre que a cor mudava para amarelo, imaginava seu lobo me analisando, ameaçando de um prazer avassalador. Colocando o pé no primeiro degrau do alpendre, sabia que não demoraria muito a estar em sua cama , Ulisses me olhava faminto e eu desejava tudo o que ele me podia dar, desejava isso, como o ar que respirava.
Depois de entrarmos subiu as escadas correndo, sem nunca me soltar, a porta se abriu num baque forte e a visão da larga cama me fez sustentar a respiração imaginando o que ela ofereceria em breve. Ele me deitou cuidadosamente e com uma lentidão irritante começou a retirar o resto de minhas roupas, o que eram mínimas. Quando me retirou o sutiã e a calcinha, estremeci. Ele ficou de pé uns momentos, me acariciando com seu olhar. Como poderia somente isso me deixar tão pronta para ele? Provocando-o ,abri devagar as minhas coxas, me expondo totalmente à sua analise. Um rosnado surgiu no lugar,
Acordei tão satisfeita e tão sozinha. Analisando seu quarto percebo que era tipicamente masculino, seu perfume estava ali presente, inalei sorrindo com o prazer de o sentir, mesmo sabendo que ele não estava presente. Já tinha saudades dele e tinha acordado somente há uns segundos. Espreguicei-me e suspirei. Tinha receio de o facto de não ser uma loba nos viesse a provocar problemas na nossa relação a curto prazo. O conselho e o ataque da Raquel, preocupavam-me. Respirei fundo negando com a cabeça, não ia pensar nisso agora, pela primeira vez na minha vida ia desfrutar da felicidade enquanto não aparecesse algum problema para resolver. Olhei para a cama e sorri quando peguei no conjunto carmesim que Ulisses me tinha comprado. Eu realmente o amava. Olhando pela janela, vejo o sol alto, olhei para o relógio curiosa, ofegando quando percebo que dormira quase todo o dia. Corri para o banheiro , ligando o chuve
Fui ao frigorífico e por momentos fiquei na dúvida se devia comer ou só beber um café. Ulisses era tão bom cozinheiro que não podia encher a barriga naquele momento e desperdiçar a oportunidade de provar com apetite, seus petiscos. Peguei queijo, pão e fiz uma sanduíche, simples acompanhada somente com um café. Assim matava a fome do momento e não perdia apetite para o jantar. Depois de comer fui ao consultório da Liliana. Já tinha planeado ir lá mais vezes, mas sempre acontecia algo que me impedia. Agora infelizmente tinha uma razão para não deixar de ir. Abri a porta e olhei em volta, realmente estava bem equipada. Equipamentos modernos, poucos, mas essenciais. Fui ao armário, procurando os medicamentos, li alguns rótulos antes de pegar uma bisnaga e esfregar um pouco no meu estômago. Era cicatrizante por isso coloquei em todos os arranhões que tinha no meu corpo.No banheiro olhei o e
Mesmo depois do passeio que tinha feito com Ulisses a seguir ao jantar , não tinha relaxado completamente. Ele tinha saído para uma reunião com outros Alfas e eu sabia que tinha a ver com o ataque.Por muito que insistisse ele não me contava nada acerca dos seus planos o que me deixava inquieta. Estava sentada nos degraus do alpendre, olhando ao redor, aprecio a paz que me rodeava. Podia ficar ali para sempre, gostava do ambiente, dos cheiros, dos sons. Mas como ficar sabendo que Ulisses iria estar sempre perante desafios por não ser uma loba. Ele sempre vivera para a matilha, a Liliana tinha confirmado isso. Seus lobos eram uma parte de si, e era importante para ele, mantê-los sempre seguros. __ Talvez eu devesse p
__ Já não tenho tanta a certeza de que será uma boa ideia.- Ulisses estava tenso e preocupado, olhando Cassandra apreensivo. __ Ulisses, pensa só como estarás livre do conselho depois desta noite .- Eu rapidamente argumento. __ Isso não me importa. –Ulisses desliza as mãos pelo cabelo, olhando sua fêmea com semblante sombrio. __ O que me importa é que seja seguro. __ Mas a Liliana estará ao meu lado, tens o apoio do Bernardo e de Vasco e sei que és suficiente rápido para me pegares antes de qualquer outro. – Sorrindo , o abraço pelo pescoço e ele me beija possessivo. __ Quero que sigas Liliana quando começar a caçada. - Ulisses&nbs
Quando Ulisses viu Cassandra correr para longe dele, todo o seu corpo vibrou, a adrenalina disparou e seu lobo se preparou para persegui -la naquele mesmo instante. Ele teve que se forçar a estar quieto no mesmo lugar quando o lobo surgiu imediatamente, por ver sua companheira fugindo de seu alcance, sem saber se ela poderia estar ou não em perigo. Quando os dez minutos passaram, rapidamente ele mudou e correu. O cheiro da sua companheira estava no ar e ele seguiu facilmente o rastro. Vasco e Bernardo mudaram também e seguiram-no rapidamente. Depois de alguns metros, Ulisses foi interceptado por cinco lobos. Ele imaginava que não ia ser tão pacífico como o conselho dizia. Rapidamente atirou-se a eles, com ajuda de seu amigo lobo e seu Beta, sabia que não teria problemas em os derrotar. Mas Ulisses percebia que era uma mera distracção para que não chegasse tão rápi
Ouvi a voz de Ulisses e sorri. Ele estava bem e tinha chegado até mim,o que me fez relaxar de imediato . Realmente sentia-me sem reação, não sentia meu corpo, e minhas pálpebras estavam pesadas. Teria adormecido? Abri os olhos com dificuldade. __ Ulisses! – Sorri, vendo como todos me olhavam com tristeza. Fiz uma careta e olhei para o lado, gemendo com uma dor sem saber de onde vinha. Mas de repente meu peito se aperta ao ver que Liliana chorava. __ O que foi, que se passa?- A dor me deixava exausta e só tinha virado a cabeça um pouco. Respirando fundo, fecho os olhos lambendo os lábios secos. __ CASSANDRA! – Liliana esbofeteia sua amiga sem hesitar.__ Não durmas! Ouviste? Não podes adormecer.&nbs
Vasco e Alexandre olharam para Cassandra completamente ensanguentada. Eles nem queriam imaginar o que seria perder as suas companheiras logo depois de a encontrarem. Não iam aguentar, assim como Ulisses não iria. Observando o Alpha notam de imediato que já estava completamente abatido e lutava com dois lobos ao mesmo tempo como se já não tivesse nada a perder. A raiva surgiu em Vasco. __ Alexandre! – Seus olhos faiscavam de raiva. __ Só tu podes fazer alguma coisa. __ Podia tentar... -Alexandre olha Vasco apreensivo . __Mas...e Ulisses ? __ Não é hora de pedir permissão. -Vasco foi inequív
__ Não tivemos tempo para te pedir permissão, mas dei-lhe o meu sangue, era a única hipótese. – Alexandre disse sem hesitações. Ulisses largou suavemente Cassandra e dirigiu-se para Alexandre. __ Obrigado! - Deu-lhe um abraço forte, sua voz falhando com a emoção por momentos.__ O que precisares de mim...está a disposição. – Ele olhou fixamente Cassandra. __ Qualquer coisa... devo-te a minha vida. __ Não deves nada. - Alexandre bate no ombro de Ulisses com satisfação. __ Sei que o farias por mim também. __ Em qualquer altura. -Ulisses confirmou. El