Todos os capítulos do O TIO DO MEU MARIDO: AMOR OU PODER?: Capítulo 11 - Capítulo 14
14 chapters
CAPÍTULO 11 – O LEGADO E A SOMBRA
Ao descer para a sala de chá, o conde foi direto ao carrinho de bebidas, servindo-se de uma dose de uísque.Reginald o observou e comentou:— Henry, sabes que não podes beber. A sua pressão...Henry deu de ombros, com um meio sorriso cínico.— Só alguns goles não vão me matar, Reginald.— Se quiser correr o risco… — retrucou o irmão, seco. — E está tudo certo com a viúva de Donovan? Algum problema de saúde?Henry virou-se devagar, saboreando o momento. Seu sorriso se alargou, carregado de sarcasmo.— Evelyn está ótima. Mais do que isso — está grávida. Uma bênção inesperada, não acha? Finalmente, um herdeiro direto.Deu um gole demorado, antes de completar:— Posso finalmente parar de me preocupar com o futuro. Agora é só nomear um conselho, manter a engrenagem funcionando... até que o pequeno esteja pronto para ocupar seu lugar de direito.Colocou o copo de volta no carrinho de bebidas com um estalo leve, como um ponto final. E, com aquele mesmo sorriso frio, despedi
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CAPÍTULO 12 – ECOS DO SILÊNCIO
Desde a noite em que revelou sua gravidez, Evelyn não tinha mais visto Reginald. Já se passavam duas semanas. E, por mais que tentasse não pensar nisso, a ausência dele era um vazio inquieto. Justificava para si mesma que era apenas pela semelhança com Donovan — os olhos idênticos, o modo como erguiam a sobrancelha quando contrariados, a forma como caminhavam com elegância distraída. Mas, no fundo, sabia que era mais do que isso.Era um misto confuso de saudade, raiva e rejeição. Evelyn oscilava entre a mágoa de ter sido ignorada e o alívio de não ter de lidar com o desprezo silencioso de Reginald. Às vezes, sonhava com ele — não como ele era agora, frio e distante, mas como nos primeiros dias, quando seu olhar parecia curioso, talvez até gentil. Depois acordava aflita, com a sensação de que havia se perdido em um labirinto emocional sem saída.Nos jantares formais organizados pelos sogros, onde era apresentada a parentes e acionistas da empresa, Evelyn sentia-se como uma peça fora do
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CAPÍTULO 13 - UM LAR PARA NÓS
A manhã nasceu com cheiro de decisão. Evelyn olhava pela janela do quarto, sentindo no rosto o toque leve do sol. Apesar da acolhida calorosa na mansão dos sogros, ela precisava de mais. Não apenas espaço, mas autonomia. Independência. Algo que refletisse quem ela era — não quem esperavam que fosse.Na sala de estar, com as mãos pousadas sobre o ventre ainda discreto, Evelyn falou com firmeza: — Eu não tenho do que reclamar, de verdade. Vocês foram maravilhosos comigo. Mas eu preciso de privacidade, de liberdade para tomar as rédeas da minha vida. De um espaço só meu.Cecil, com o rosto materno um tanto aflito, tentou disfarçar a decepção.— Mas, minha querida, e o bebê? Você não deveria enfrentar isso sozinha...Henry se adiantou, franzindo o cenho.— Você terá ajuda aqui. Segurança. Conforto.— Eu sei — respondeu ela, a voz embargada. — Mas também preciso respirar, fazer minhas escolhas. Quero criar meu filho com dignidade, não como uma hóspede eterna.A tensão cres
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CAPÍTULO 14 - O PREÇO DA MANIPULAÇÃO
Evelyn entrou no salão como se o mundo tivesse dado uma pausa para admirá-la. O vestido verde-esmeralda abraçava seu corpo com leveza, destacando o brilho natural dos seus olhos e o tom rosado que a gravidez lhe dava. Cabelos presos num coque elegante, com algumas mechas soltas emoldurando o rosto — ela tinha a beleza serena de uma manhã tranquilaOs convidados já circulavam com taças nas mãos, as vozes se cruzavam num burburinho elegante, e o aroma de flores recém-colhidas se misturava ao perfume refinado que pairava no ar. A mansão dos sogros, iluminada em tons quentes, parecia ainda mais imponente naquela noite, em homenagem aos 90 anos de Henrietta, a matriarca da família.A mãe da condessa, uma mulher de olhos alegres e um charme cativante, encantou Evelyn logo ao primeiro sorriso. Assim que a viu, Henrietta abriu os braços com doçura, acolhendo-a num abraço caloroso, daqueles que parecem durar mais do que o tempo. Com um brilho emocionado no olhar, passou a mão c
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