Todos os capítulos do Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário: Capítulo 41 - Capítulo 49
49 chapters
Capítulo 41
Encarei Christian, tentando processar o que ele tinha acabado de dizer. Voltar para a mansão? Onde fingimos ser um casal. Onde ficamos tão próximos. Onde quase me apaixonei de verdade.— Eu não sei se é uma boa ideia — respondi finalmente.— Provavelmente não é — ele concordou, o que me pegou de surpresa. — Mas é prático. E você não tem muitas opções no momento.Apertei os lábios, olhando para minha mala solitária. Ele tinha razão, é claro. A Serra Gaúcha estava em plena temporada alta. Mesmo os hotéis mais simples estavam lotados ou cobravam valores exorbitantes.— Não há segundas intenções aqui, Zoey — acrescentou Christian, sua voz mais suave. — É apenas um lugar para ficar até seu voo. Um lugar que você já conhece.Mordi o lábio inferior, dividida. A oferta era tentadora em sua simplicidade. Um lugar para ficar. Sem complicações. Sem expectativas.— Tudo bem — decidi finalmente. — Mas vou continuar tentando remarcar minha passagem.Christian pegou minha mala antes que eu pudesse p
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Capítulo 42
Christian desviou o olhar, seus dedos tamborilando nervosamente na mesa de madeira nobre. A luz das estrelas dançava através do vinho em sua taça, projetando reflexos avermelhados em seu rosto tenso.— Vou contar quando ele voltar — respondeu finalmente, sua voz baixa e controlada, como se escolhesse cada palavra com cuidado. — Ele tem muita coisa na cabeça no momento.— O que você quer dizer?Ele fez um gesto vago com a mão, como se tentasse espantar um pensamento desconfortável.— Não importa. O relevante é que sim, pretendo contar. Apenas esperando o momento adequado.— Quando ele volta?— Provavelmente no último dia do evento.Afastei-me da mesa, empurrando a cadeira com mais força do que pretendia. O vinho em minha taça tremeu, derramando algumas gotas sobre a toalha branca. Um turbilhão de emoções me atravessava.— Então me trouxe para a mansão sabendo que seu avô voltará em poucos dias? — Encarei-o, as peças se encaixando em minha mente como um quebra-cabeça sombrio. — Bastante
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Capítulo 43
As palavras de Christian martelavam em minha mente enquanto eu me preparava para sair. "Não é como se ela fosse realmente o tipo de mulher para alguém na minha posição." Cada sílaba era uma pequena ferida que se abria, repetidamente.Vesti-me com cuidado - jeans escuro, blazer bem cortado e uma blusa simples. Não era o traje que usaria se ainda estivesse representando a Vale do Sol, mas era adequado para passar despercebida no evento.Meu plano era simples: ir ao complexo, verificar se a apresentação da Bellucci ocorreria sem problemas, e então partir. Sem confrontos, sem drama. Apenas a confirmação de que meu alerta sobre a sabotagem tinha surtido efeito.Peguei um táxi até o complexo, observando a paisagem da Serra Gaúcha pela janela. Era irônico como um lugar tão lindo poderia ser cenário para tanta dor. O motorista, percebendo meu silêncio, manteve-se calado durante todo o trajeto.Quando cheguei, o evento já estava em pleno vapor. Estandes coloridos, pessoas circulando com taças
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Capítulo 44
As palavras de Giuseppe ficaram suspensas no ar enquanto eu tentava manter a compostura. Minha mente corria freneticamente, buscando uma resposta apropriada que não soasse como uma mentira descarada nem revelasse a verdade dolorosa.— Espero que tenha tido uma boa viagem — comentei, optando por mudar de assunto. — Espero que tenha tido uma boa viagem.Giuseppe ofereceu seu braço, guiando-me em direção à sala de estar. Notei que seus passos eram mais vagarosos do que me lembrava, como se cada movimento exigisse um esforço calculado.— A viagem foi... produtiva — respondeu ele, sua voz carregando uma nuance que não consegui interpretar. — Por favor, sente-se. Vou pedir que nos tragam um pouco daquele chá que você gostou da última vez.Acomodei-me no sofá enquanto Giuseppe fazia um sinal discreto para uma das empregadas. A familiaridade com que me tratava, como se eu já fosse parte da família, apertava meu coração. Ele se lembrava do chá que eu havia gostado. Um detalhe tão pequeno, mas
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Capítulo 45
A iluminação do hospital era implacável, aquele branco azulado que parecia extrair toda a vida e cor das pessoas. Caminhei pelo corredor estéril, carregando uma pequena sacola térmica com um sanduíche cuidadosamente embrulhado e uma garrafa térmica que pesava na minha mão.As horas que se seguiram à partida da ambulância haviam sido um borrão. Depois do choque inicial, minha mente entrou em modo automático. Liguei para a recepção do hospital, consegui confirmar que Giuseppe havia sido internado, e decidi que ficar na mansão sozinha, remoendo pensamentos, não ajudaria ninguém.Encontrei Christian exatamente onde a recepcionista havia indicado - na sala de espera do setor de cardiologia. Sentado sozinho em uma das cadeiras de plástico, os cotovelos apoiados nos joelhos, as mãos enterradas nos cabelos que agora estavam completamente desalinhados. Seu terno impecável estava amarrotado, a gravata ausente, os primeiros botões da camisa abertos.Ele parecia tão... humano.Aproximei-me silenc
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Capítulo 46
— Senhor Bellucci — começou o Dr. Mendes, ajustando os óculos —, seu avô sofreu um episódio de angina, mas conseguimos estabilizá-lo. Os exames confirmaram o diagnóstico dos especialistas em Roma.Christian permaneceu imóvel, apenas sua mandíbula tensa denunciando a tempestade de emoções que o atravessava.— A obstrução coronariana do senhor Giuseppe requer intervenção cirúrgica — continuou o médico. — Entretanto, não há necessidade de agir com extrema urgência. Podemos programar a cirurgia dentro de seis meses, dando-nos tempo para fortalecer seu organismo e aumentar as chances de sucesso.— E os riscos permanecem os mesmos? — Christian perguntou, sua voz controlada, profissional, mas pude perceber a fragilidade sob a superfície.— São consideráveis, dada a idade e condição geral. — O médico fez uma pausa. — Mas com a preparação adequada nos próximos meses, podemos mitigar alguns desses riscos. O importante agora é mantê-lo calmo, sem estresse, seguindo um regime rigoroso de medicaçã
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Capítulo 47
O carro deslizava silenciosamente pela estrada sinuosa que levava à mansão. Através da janela, observei os vinhedos banhados pela luz prateada da lua, sombrios e quase melancólicos. O motorista mantinha os olhos fixos na estrada, discretamente ignorando a tensão palpável entre nós no banco traseiro.Christian estava sentado com a cabeça recostada, os olhos fechados, mas não dormia. A exaustão física e emocional estava evidente em cada linha de seu rosto. Quando finalmente quebrou o silêncio, sua voz saiu rouca, baixa:— Você não precisava ter feito isso.Mantive meus olhos na paisagem que passava, como se os contornos escuros das vinhas pudessem oferecer algum conforto.— Não fiz por você — respondi, uma amargura que não consegui esconder colorindo minhas palavras. — Fiz pelo seu avô.— Mesmo assim — insistiu ele, e pelo canto do olho, percebi que havia aberto os olhos para me olhar. — Obrigado.Senti seu olhar sobre mim, mas recusei-me a encará-lo. Temia que se o fizesse, ele veria d
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Capítulo 48
Fechei a porta do quarto de hóspedes e me joguei na cama, exausta física e emocionalmente. Precisava falar com alguém que entendesse minha situação, alguém que me conhecesse melhor do que eu mesma. Peguei o celular e disquei o número tão familiar.— Zoey! — A voz de Annelise explodiu do outro lado da linha após apenas dois toques. — O que significa essa mensagem maluca sobre casamento? Está bêbada? Drogada? Sequestrada?Não pude evitar um sorriso cansado, mesmo em meio ao turbilhão de emoções.— Nenhuma das alternativas. Estou perfeitamente sóbria e agindo por vontade própria.— Então você vai se casar com um homem que, segundo você mesma, não ama? — A voz incrédula de minha irmã me fez fechar os olhos por um momento.— Exatamente.— E você diz que eu sou a irmã confusa da família. — Pude praticamente visualizar Annelise revirando os olhos do outro lado da linha. — Zoey, você precisa se decidir. Ou você o ama e se casa, ou não o ama e segue sua vida. Pessoas normais não se casam com q
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Capítulo 49
Os corredores de pedra pareciam infinitos enquanto Christian me guiava através de uma parte da propriedade que eu não conhecia. A cada passo, o ar ficava mais fresco, o silêncio mais denso. Minha respiração havia voltado ao normal, embora as lágrimas secas ainda deixassem marcas em meu rosto.— Onde estamos indo? — perguntei finalmente, minha voz ecoando levemente nas paredes de pedra.— Para o meu lugar favorito em toda a propriedade — respondeu ele, sem soltar minha mão.Descemos por uma escadaria circular de pedra até chegarmos a uma pesada porta de madeira. Christian digitou um código em um painel discreto e a porta se abriu com um suave clique.— Bem-vinda à adega principal da Bellucci.Entrei, e meu fôlego imediatamente se perdeu. O espaço era imenso, muito maior do que parecia possível, iluminado por luzes suaves que criavam sombras dançantes contra as paredes de pedra antiga. Fileiras e mais fileiras de barris de carvalho se estendiam pelo ambiente, alguns tão grandes que eu p
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