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Todos los capítulos de O Limite da Traição: Capítulo 91 - Capítulo 100
101 chapters
Conversa difícil
 A casa estava animada naquela noite. O jantar estava especialmente delicioso. Desde que viu Leonardo tão disposto a destruir tudo, Célia vinha se esforçando ao máximo para manter a paz e o aconchego para todos.Jéssica, Hugo, Alexandre, Maria, Caio e Breno compartilhavam um momento de descontração, conversando sobre a nova casa.— Olha, é realmente grande. Vocês pretendem alugar quartos? — Alexandre provocou Hugo.— Precisa ver a sala gamer! — Caio se empolgou. De todos, ele era o mais animado com a mudança.As crianças, entretidas com suas brincadeiras, nem perceberam quando Alexandre se inclinou levemente na direção de Hugo, sinalizando que queria falar em particular.— O homem que você mencionou apareceu hoje no grupo — disse Alexandre em tom baixo, sem disfarçar a seriedade no olhar. — El
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Tudo o que queria evitar
Breno, mesmo com o apoio dos irmãos, não conseguiu conter o desespero. Sentiu seu mundo ruir.No auge da angústia, entrou no escritório com os olhos cheios de lágrimas:— Eu não sou seu filho? Mas eu… — O menino encarava Hugo diretamente. Amava seu pai mais do que qualquer pessoa no mundo, e aquela descoberta lhe tirava o chão.— Meu filho… vocês… — Hugo ficou sem palavras por um momento. Avançou na direção do garoto.Alexandre, entendendo que se tratava de um drama particular, saiu à francesa. Os irmãos, por outro lado, entraram no escritório.— Não chora, meu menino. — Hugo disse, sem conseguir conter suas próprias lágrimas.— Eu me lembro de você cuidando de mim. Desde sempre… Se você não é meu pai, então quem é? Quem sou eu? Isso só pode estar errado… — Breno falava em desespero.— Meu filho, me escuta. Você nasceu do meu coração. Sempre cuidei de você porque te amei desde o primeiro instante. Desde que te vi tão pequeno e frágil. Quando você estava doente e precisava de mim, eu es
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Quebrados
Breno ainda digeria tudo o que ouvira. Ele entendeu que aquele homem era seu “pai”. Foi até a internet buscar informações sobre ele.Leonardo Faria, um cantor de rock, sucesso de vendas.O menino não conseguia processar tudo o que leu, mas sabia de uma coisa: não tinha nada em comum com aquele homem.Tudo o que via lhe parecia brega, forçado e desesperado.Procurava qualquer traço, qualquer detalhe que o fizesse sentir que compartilhava algo com aquele homem. Mas, olhando as fotos, não viu nada.No café da manhã, desceu as escadas mais calado do que nunca.O clima na casa não estava dos melhores. Todos pareciam cansados e tristes.— Filho, mamãe fez seu bolo preferido. Bolo de Quick. — Jéssica se esforçou para que Caio se sentisse bem.— Obrigado, Jéssica, mas eu estou sem fome. — Ele respondeu
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IST
Leonardo saiu do palco com uma certeza bem fundamentada: não ia embora de Campinas.— Amanda, preciso ver como está a agenda de shows.— Temos uma folga essa semana, Léo, e depois começamos a temporada no Rio Grande do Sul.— Então veja só: decidi que vou me instalar aqui em Campinas. Marque uma reunião com o pessoal de estratégia, precisamos discutir isso.— Claro — respondeu Amanda, um tanto surpresa, mas já pegando o celular para providenciar.Saíram às pressas do estádio direto para o hotel. Clara estava dormindo profundamente, e Leonardo escolheu dormir em outro quarto para não perturbá-la. Sentia
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Embate
Jéssica sentiu o olhar de Clara e não se escondeu. Pensou por um momento, decidindo que não tinha nada a esconder.— Sua cirurgia foi muito bem-sucedida, Clara. A retirada das lesões foi limpa e não houve intercorrências. Você deve estar completamente reestabelecida, contanto que siga as orientações. — Paschoal dava as boas notícias para Clara.— Certo, e quem realizou o procedimento? — Clara perguntou, sua voz cortante, como se já soubesse a resposta, mas não queria admitir.— Foi nossa melhor residente. Jéssica Silva. — Paschoal não sabia qual o relacionamento entre elas, mas preferiu revelar tudo de uma vez, imaginando que seria mais fácil control
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Mudança
Leonardo entrou um pouco depois que Jéssica saiu. Tinha um ar indiferente e preocupado mais com o externo do que com Clara adoentada à sua frente.— Oi. Desculpe a demora, estava providenciando tudo para a nossa mudança.— Mudança? Pra onde? — Clara quase teve um mini surto. Seu rosto se contorceu de confusão e raiva, como se o mundo estivesse desmoronando ao seu redor.— Pra Campinas. Gostei da cidade e vamos ficar aqui.— Não. Nossa vida é em São Paulo. Minha fã base está lá. Não posso simplesmente largar tudo e vir pra Campinas. E nem você! Temos contratos, patrocinadores... o mundo não funciona assim. — Clara usou de toda a racionalidade que tinha. Era como uma resposta automática à iminente perda de controle.— Já verifiquei isso. A estrutura aqui seria tão boa quanto a de lá, na verdade. E a fã base não sentiria tanta diferença. Campinas é uma cidade mais tranquila, sem paparazzi. Seria até mais conveniente.— Leonardo. Sabe o que estou fazendo aqui? — Clara mudou de assunto de
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De bandeja
Leonardo ajustou a gola da camisa, disfarçando o incômodo com o calor abafado daquela tarde.Ele sentia o suor escorrendo pela testa, mas estava determinado a resolver a questão da casa o mais rápido possível.Não queria mais saber de hotéis, olhares curiosos ou pessoas tirando fotos escondidas.Precisava de discrição e tranquilidade. Tinha a sensação de que esse passo, essa mudança, era o que faltava para finalmente conseguir manter Clara longe das questões de sua carreira e da pressão da mídia.Um passo certeiro na direção da sua liberdade. — Essa aqui é uma das últimas da lista, senhor Leonardo — informou a corretora com um sorriso simpático. — A casa é de uma médica muito respeitada aqui na cidade. Inclusive, ela deixou algumas diretrizes bem específicas sobre a locação.Leonardo arqueou uma sobrancelha, intrigado.— Diretrizes? Que tipo?— Ela não quer que seja alugada para festas, nem para pessoas que possam atrair a atenção da imprensa. É bem reservada. Uma mulher... intensa —
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Enfrentamento
 Jéssica chegou em casa no início da noite, tentando ignorar o cansaço que apertava seus ombros.O clima ali dentro não era mais o mesmo, e ela sofria muito com isso. Não adiantava fingir.Desde a revelação sobre a verdade biológica dos filhos, os olhares carregavam uma frieza que doía mais do que qualquer palavra dita.Na sala, Caio e Breno jogavam videogame lado a lado, mas sem trocar uma única palavra. Maria lia um livro no canto do sofá, os olhos atentos à mãe assim que ela entrou.— Oi, meus amores — disse Jéssica, tirando os sapatos.— Mamãe — respondeu apenas Maria alegremente. Os meninos fingiram não ouvir.Hugo veio da cozinha com um pano de prato nos ombros e uma expressão cansada.— Fiz macarrão. Tá quase pronto — avisou, tentando soar natural.<
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Alienação parental
O barulho da campainha rompeu o início tranquilo da manhã. Jéssica, que ainda estava de roupão, estranhou a visita inesperada. Hugo apareceu na sala ao mesmo tempo, franzindo a testa.— Deixa eu ver quem é — disse ela, caminhando até a porta.Do outro lado, um homem de terno escuro e expressão neutra ergueu uma pasta.— Senhora Jéssica Silva?— Sim… sou eu.— Oficial de Justiça. Tenho aqui uma citação referente a uma ação judicial movida pelo senhor Leonardo Faria. Preciso que a senhora receba formalmente.Jéssica sentiu o coração gelar.— Ação!? Que tipo de ação?— Trata-se de uma Ação de Regulamentação de Guarda e Convivência Familiar, com pedido de busca e localização de menor. O autor alega que a senhora deixou a cidade com o filho Breno Faria sem aviso prévio, caracterizando possível abandono do lar e obstrução do vínculo paterno.— Isso é um absurdo! — a voz de Hugo ecoou atrás dela.O ofic
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Contra ataque
Hugo e Jéssica estavam sentados no restaurante, com olhares complicados. Pensavam em tudo o que estava em jogo naquele momento.O peso da situação era claro em seus rostos, e nenhuma das palavras ditas até ali parecia suficiente para expressar o desespero que estavam enfrentando.Ricardo entrou sorridente ao encontrar o velho amigo, mas o clima tenso logo se fez presente.— Hugo, tudo bem? Pô, cara, quanto tempo! — cumprimentou com um abraço.— Jéssica, você está linda. — Ele lhe deu um delicado beijo nas mãos.— Você também está ótimo. Esperava que nos encontr&
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