Eu estava ali, na cama do Bryan, tentando entender por que simplesmente não conseguia me levantar. Não era preguiça, nem cansaço. Era algo mais. Algo sobre o modo como ele me segurava, como se o mundo lá fora pudesse esperar.Ainda assim, notei uma inquietação nele, algo no jeito como ele olhava para o nada e movia os dedos sobre o lençol.— Preciso olhar as meninas na piscina — ele disse, como se estivesse tentando se convencer de que tinha que se levantar.— Pede pra babá olhar elas, por favor... — pedi, sem nem pensar.Era estranho, porque eu nunca pedia nada. Sempre tentei resolver tudo por conta própria, mas, naquele momento, a ideia de ele sair do quarto era insuportável. Talvez fosse o peso de tudo que aconteceu nas últimas semanas, ou talvez eu só precisasse de um pouco mais de tempo com ele.Bryan me encarou, claramente surpreso.— Mas...— Bryan… — insisti, tentando manter a voz firme.Ele suspirou, pegou o celular no criado-mudo e, sem questionar mais, ligou para a babá.—
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