Todos os capítulos do O Direito de Nascer: A Herança da Máfia : Capítulo 11 - Capítulo 14
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CAPÍTULO 11 UM REFÚGIO NO INTERIOR.
MariaA estrada de terra parecia interminável, serpenteando entre colinas e campos vastos, onde o vento brincava com os altos capins dourados. Maria ajustou Clara no colo, tentando protegê-la do sol que começava a se inclinar no céu. O cansaço da viagem era visível em seus olhos, mas havia também uma determinação silenciosa que mantinha seus passos firmes. No horizonte, uma pequena cidade começava a se desenhar, com seus telhados de barro e fachadas de madeira desbotadas pelo tempo.Era a cidade que o motorista do último ônibus havia recomendado. "Santa Esperança é pequena, mas é tranquila", ele dissera antes de seguir viagem. Era tudo o que Maria precisava naquele momento: tranquilidade.Ao se aproximar, o som distante de um sino anunciava a passagem das horas. A praça principal surgiu diante dela, ladeada por uma igreja simples, um mercadinho e uma fonte de pedra. Algumas crianças brincavam de correr ao redor da fonte, enquanto os adultos conversavam em tom baixo, como se respeitas
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Capítulo 12 Laços e Caminhos
MARIA A madrugada na cidade era silenciosa, com o vento fresco que fazia as janelas rangirem levemente e carregava o perfume das flores do jardim. Maria acordou de sobressalto, como se um pensamento urgente tivesse invadido seu descanso. Clara dormia tranquila no berço, o pequeno peito subindo e descendo em um ritmo constante. Observá-la trouxe a Maria uma sensação mista de alívio e angústia. A segurança daquela pousada parecia temporária, como uma pausa em meio a uma longa corrida. O coração de Maria dizia que o destino ainda lhe reservava desafios. Mas, por enquanto, ela precisava de mais um pouco de calma. Assim, ao amanhecer, resolveu ajudar Dona Célia como forma de agradecer pela hospitalidade. — Vai mesmo querer ajudar? — perguntou a idosa, surpresa ao ver Maria com um avental amarrado à cintura. — Claro. A senhora já fez tanto por mim e Clara. Quero retribuir de alguma forma. Dona Célia sorriu. — Então venha. Vamos preparar os bolos que os hóspedes sempre pedem no café da
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CAPÍTULO 13 UMA OPORTUNIDADE NO CAMPO
Maria Na manhã seguinte, Maria foi surpreendida por uma batida na porta do quarto. Quando abriu, encontrou Miguel com um sorriso discreto e um envelope em mãos. Clara estava acordada, balbuciando no berço, e Maria, embora ainda desconfiada, fez um gesto para que ele entrasse.— Bom dia — disse ele, colocando o chapéu de palha que carregava debaixo do braço. — Espero não estar incomodando.Maria, com Clara no colo, respondeu educadamente:— Não, claro que não. Está tudo bem?Miguel olhou para Maria por um instante, como se medisse suas palavras antes de continuar.— Eu soube de algo que pode interessar você. Uma das fazendas da região está precisando de ajuda.Maria franziu a testa.— Fazendas?— Sim. Aqui na região, a maioria das famílias vive disso. Plantações, gado... A fazenda que mencionei é uma das maiores, e o dono está precisando de uma pessoa para trabalhar na casa.Maria se recostou na cadeira do quarto, ponderando. Não sabia muito sobre a vida rural, mas a ideia de um empre
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CAPÍTULO 14 A DOR DA MENTIRA 1!
Antônio Antônio sentia o peso da mentira a cada passo que dava pela ilha. O céu já estava começando a clarear, tingindo a paisagem com cores quentes, mas a frieza dentro dele parecia crescer a cada segundo. Ele havia deixado Maria no porto, cumprindo com a promessa de que cuidaria de Helena. A jovem estava desacordada, inconsciente desde que chegaram à ilha, e ele não podia se dar ao luxo de falhar. Tinha que cuidar dela, não apenas porque prometeu a Maria, mas porque ele sabia que, sem ajuda, Helena não sobreviveria à verdade que ele ainda guardava.Com o coração pesado, ele se dirigiu até o jardim da casa, procurando por um lugar distante onde pudesse começar o que precisava fazer.A uma distância encontrou um pé de Jasmim, carregado de flores brancas que perfumavam o lugar à sua volta.Esse seria o local perfeito para o que tinha que fazer e pela beleza da planta, acalentaria o coração de Helena, era o mínimo que poderia fazer para diminuir a dor que iria causar. A dor em seu p
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