Meus olhos se abriram lentamente, ajustando-se à luz ao meu redor. Deixei meus olhos vagarem para garantir que não fui sequestrada ou algo assim.Minha mãe correu para o meu lado com a preocupação estampada em seu rosto normalmente alegre.— Oi, querida, como você está se sentindo? — ela perguntou, sentando-se na minha cama.— Estou muito melhor, mãe. Cadê a Ju?— Ela está na cozinha cortando algumas frutas para você comer. — Ela esfregou minha mão carinhosamente e eu assenti.O olhar em seu rosto me mostrou o quanto estava preocupada o estado da minha saúde. Eu estava realmente propensa a diferentes doenças por causa da minha “reação”. A última vez que fiquei doente foi há um ano, quando alguém gritou comigo em uma loja de moda por acidentalmente pisar em seus pés. Fiquei feliz que minha mãe estava por perto para me ajudar. Meus pensamentos desapareceram quando Ju entrou no meu quarto com um prato contendo frutas fatiadas e um copo de água.— Ah, graças a Deus, você acordou, você

Depois do almoço, voltei para o escritório do senhor Whitmore. Ele estava rabiscando em um papel e não olhou na minha direção quando entrei. Sentei na cadeira e continuei lendo o jornal.— Ei, baby, como você está? — Ele falou no telefone. Sentei ereta na cadeira e o encarei.— Eu também estou bem, estou no trabalho. — Ele respondeu e esperou alguns minutos antes de falar com a pessoa que descobri ser a Alice.— Você já está no aeroporto? Vou te buscar. — Ele desligou, levantou da cadeira e, depois de pegar as chaves do carro, saiu sem falar comigo.Não querendo pensar no meu chefe, suspirei e fechei o jornal. Inclinei e coloquei a cabeça na mesa.— Ei. — Uma mão foi colocada no meu ombro, levantei a cabeça para ver Brad sorrindo para mim. Seu sorriso trouxe calor ao meu coração, me fazendo pensar em quando ele começou a ter esse impacto em mim.Contanto que eu consiga tirar o senhor Brad da minha mente, será um efeito bem-vindo.— Oi. — Sorri timidamente para ele.Pensei em contar a

Brad estacionou em frente a uma cafeteria e, depois de me ajudar a sair do carro, caminhamos lado a lado e entramos em uma longa fila no balcão, apesar dos olhares e sussurros das pessoas sentadas ao redor.— Como você se acostuma com tantos olhares? — perguntei num sussurro enquanto esperávamos pacientemente na fila.— Eu simplesmente me acostumei.Duvidei da credibilidade do que ele disse. Como alguém pode se acostumar a ser encarado? Agora mesmo, os olhos das pessoas pareciam prestes a sair das órbitas e, para meu desgosto, algumas bocas estavam abertas.— Na verdade, eu ajo como se eles não existissem, só os ignoro. — Ele acrescentou e foi até o balcão quando chegou a nossa vez. Eu me juntei a ele lá e pedimos. Não pedi nada mais do que uma xícara de café porque eu não sabia como dizer ao Brad que eu sou vegetariana.Ele puxou uma cadeira para mim. Sentei e coloquei a xícara de café na mesa à minha frente. Ele sentou na minha frente e me observou por um tempo.— Estou um pouco cur

— Acorda, acorda, porra! — Minha irmã gritou, me batendo violentamente com um travesseiro.Não tenha medo, essa é minha irmã, ela é louca, muito, muito louca.Enterrei minha cabeça sob meu travesseiro e puxei meu edredom sobre mim. Juliana arrancou o edredom do meu corpo e arrastou minhas pernas até que eu caí no chão com um baque.— Ai! — gritei, levantei esfregando a nuca e me deitei novamente.— Levanta, dorminhoca! — Ela montou em mim e fez cócegas nas minhas laterais até eu começar a me contorcer como um verme.— Tudo bem, já acordei. Para com isso... agora! — Eu ri enquanto ela ignorava meus apelos e continuava me fazendo cócegas.— Que maneira absolutamente perfeita de acordar. — A voz do Brad soou, me assustando totalmente. Rolei, fazendo com que eu e minha irmã caíssemos no chão. Então vi Brad, que estava sorrindo amplamente como se tivesse acabado de ganhar um prêmio.Me deixa te atualizar sobre os eventos que ocorreram desde que voltei do parque com o Brad. Já faz um mês.P

— Qual desses você prefere? — perguntei pra Ju, apontando para um vestido de baile rosa pendurado em um daqueles compartimentos de vidro chiques. Ela balançou a cabeça em desaprovação porque odiava qualquer coisa rosa. Fiz um gesto para outro, um vestido vermelho com uma fenda descendo de um lado.— Prefiro o vestido vermelho. — Ela respondeu, acariciando a divisória de vidro que nos separava do lindo vestido.— Estou entendendo. Com licença... — Chamei uma atendente da loja e ela caminhou confiante em nossa direção.— Posso ficar com este vestido? — Ela assentiu e atendeu ao meu pedido.Depois de algumas horas comprando coisas necessárias para a festa, voltamos para casa bastante exaustas. Eu joguei as sacolas de compras no chão e afundei em um sofá, Juliana me imitou.Mamãe teve que sair correndo para cuidar de muitas coisas relacionadas à festa que eu sabia que seria chique. Ela convidou Brad e deu a ele outros dois cartões de convite para pessoas que ele gostaria de levar.Verifiq

— Olá, estou muito honrada em conhecê-lo, er... — Eu gaguejei. Mamãe levantou uma sobrancelha interrogativamente para mim. Olhei para o Brad, cujo rosto estava desprovido de qualquer expressão.Estranho.“Aterrorizada” não era o suficiente para descrever como me sentia. O homem que evitei com sucesso por algumas semanas estava parado diante de mim, sorrindo como um lunático. Tive vontade de dar um tapa na cara dele para tirar a diversão, mas isso seria mal educado, não é?— Claire, conheça o senhor Whitmore, ele é... — Minha mãe começou, para aliviar a tensão que se acumulava. Ela sempre gostou de ser dona de todas as situações, estranhas, tensas, temperamentais, o que for. Só uma das razões pelas quais adoro minha mãe.— Não acho que haja necessidade de apresentações, senhora Steel, sua filha e eu nos conhecemos muito bem.A maneira como ele enfatizou as duas últimas palavras me fez desejar estrangulá-lo até a morte.Evan olhou primeiro para Brad, que lhe deu um sorriso tenso, e entã

Eu gemi de novo, abrindo e fechando meu punho. Ficar sentada em um espaço apertado com meu ex-chefe bonito era horrível. Mesmo sabendo que ele não tentou nada engraçado comigo, não poderia deixar de ficar apreensiva.— Você está bem? — Ele perguntou, dessa vez tudo que pude sentir em sua voz foi genuíno.— Ah, sim, você não vê? Estou em uma festa, me divertindo. — Respondi sarcasticamente, numa tentativa de desencorajá-lo de me fazer perguntas, mas minha resposta o levou ao limite.— Pare de me responder desse jeito, eu mereço respeito de você. — Ele falou.Ainda banca o idiota ofendido.— Por quê? Você é meu chefe? — Eu o provoquei e ele franziu os lábios. — Ou talvez, sua namorada? — Eu enfatizei a última palavra. Ele se encolheu e olhou para mim, mas não fez nenhuma tentativa de protesto. — Já que não sou nada disso, o que te faz pensar que farei o que você diz?— Fique quieta. — Ele retrucou, fixando os olhos em mim.Muito mal-humorado, não?— Pare com isso, Claire.— Parar o quê?

— O quê? — perguntei com a voz trêmula.— Ainda não vou te contar, só saia. — Ele soltou uma risada e eu olhei para ele, que estava sorrindo como um gato Cheshire.Eu lentamente saí do meu quarto e da casa. Não encontrei Juliana no caminho, então presumi que ela estava no quarto dela.Assim que saí de casa, Brad desligou, guardou o telefone no bolso, segurou a porta do carro para mim e eu entrei.Antes de ligar o carro, ele se virou para mim. — Confie em mim.Eu assenti, mesmo que ainda tivesse perguntas em mente. Brad se inclinou em minha direção e deu um beijo doce e reconfortante em meus lábios. Com isso, eu relaxei enquanto ele dirigia para longe.Ele estacionou na beira da estrada e me encarou com um olhar sóbrio.— Sinto muito por ter te arrastado para fora daquele jeito. — ele se desculpou.— Mas eu literalmente fui expulso de casa por sua causa.Fiquei boquiaberta, como foi que eu fiz ele ser expulso de casa?— Meus pais viram as fotos tiradas pelos paparazzis ontem. Minha mãe

Quando o café da manhã foi servido, Brad me levou a uma grande sala de jantar, as empregadas entravam e saíam correndo com pratos diferentes, Madeleine estava ao lado da grande mesa de vidro dando-lhes instruções sobre como colocar os pratos.Ela sorriu para nós quando nos aproximamos dela.— Meu marido chegará em um minuto. — Ela se referiu a mim e gesticulou para que nos sentássemos.Sentei-me ao lado de Brad, que se inclinou e me deu um beijo na bochecha.Um homem alto e bonito entrou pela porta e eu o encarei. Ele parecia exatamente com Brad, só que era mais velho.— Ah! Você deve ser Claire, de quem minha esposa estava falando. — Ele disse com um sorriso, puxando sua esposa ternamente para si. Novamente, observei a cordialidade existente entre os dois. Era real, não apenas para um mero show. — Me chame de Peter.— É um grande prazer conhecê-lo, Peter.Ele assentiu e riu baixinho, lançando um olhar cúmplice ao filho.— Vamos comer, certo? — Madeleine falou e nós consentimos.Um si

Senti um arrepio no meu lado e abri um olho para ver Juliana sorrindo para mim.Olhei para o relógio que marcava 6h50.Perguntando-me por que ela ainda não tinha ido trabalhar, apoiei meu corpo nos antebraços.— Por que você não foi trabalhar? — perguntei, esfregando os olhos, grogue.— Pedi permissão para me ausentar hoje, espero que meus clientes tenham entendido. Agora levante e vá tomar banho. — Ela me agarrou pelo braço e eu tirei sua mão.— É muito cedo, além disso não vamos fazer nada hoje, certo? — resmunguei, não querendo sair do conforto da minha cama.— Vamos às compras, depois disso iremos ao parque. Teremos um Dia de União das Irmãs.Revirei os olhos, saí da cama e comecei a me preparar para o “Dia de União das Irmãs” dela. Seja lá o que isso fosse.Depois de tomar meu café da manhã de frutas, saí de casa com Juliana, que trancou a porta e guardou a chave no bolso.O shopping não ficava longe da nossa casa, então fomos andando até lá.Alguns transeuntes olharam brevemente