A praia que escolheu para se encontrar com a senhora Mama, não poderia ser a mais fria de todos os tempos. O vento gelado, a briga que congelava, tudo ali lhe passava um ar de confiança e claro, conforto. Sierra voltou para o quarto com um pequeno sorriso nos lábios, se aproximou do seu homem que limpava sua arma preferida, já tivera tantas vezes aquela imagem que nem se assustava mais. Sentou em frente a ele se servindo de mais chá quente. Gostava do frio por causa das roupas, apesar de usar peças curtas, casacos e vestidos longos também lhe agradavam, lhe enchiam de elegância, e isso deixava sua autoestima elevada a níveis que ninguém poderia alcançar. Ao menos na sua cabeça era assim.- Está preocupado com alguma coisa? - Perguntou ao homem em sua frente, houve um momento de silêncio antes de ele erguer o olhar colocando a última bala na mesa. - Você parece diferente desde que Madeline foi para o hospital. Sei que não pode me contar tudo, mas...- Está tudo bem. Só estou preocup

- Isso parece interessante, Madame Mama - Christopher acabou por rir - Metade da balsa pela minha liberdade em Seant... É só isso?- E eu quero a sua irmã.Christopher riu. Desviou o olhar achando tudo aquilo uma piada, claro que tudo que escutou era uma piada, estava bom demais para ser verdade.- Eu não vou entregar a minha irmã por nada nesse mundo. Não tem quem faça essa proeza acontecer. - A mulher suspirou - Se esse era o trato, fazer tudo isso para conseguir a Madeline, está conversa acaba aqui.- Ainda tenho muito para te contar. Já disse a você, eu conheço muitas pessoas e tenho contatos. Quero sua irmã, não porque matou meu neto, mas porque agora, eu quero um neto de volta e pelo que entendi, sua irmã é virgem, não é? Sob meus cuidados se tornará uma grande mulher, linda e rica, carregará um novo neto para mim e será tratada como uma rainha, e depois disso ela pode voltar para seu lugar.- Não vou entregar a minha irmã para gerar nada para você. - Eu dou uma informaç

Ele despertou de uma vez. Nem em seus melhores sonhos poderia dormir tranquilamente porque vinha sendo atormentado até no seu momento de lazer por uma ameaça com fundamento. E porque com fundamento? Porque estava claro que dormir com a irmã do cara mais perigoso que conhecia e morrer por isso era o seu maior desejo… não completamente nessa ordem. Rolou pelo sofá procurando lembrar onde estava, e deitou de novo fechando os olhos. O chalé querido Madeline era melhor que o seu 100% de certeza absoluta. As cortinas que cercava todas as paredes de vidro não deixava nem o sol adentrar o espaço, as ondas do mar, o frio por ventar mais naquele fim de praia criava um clima perfeito para dormir por uma, duas semanas sem interrupções, MAS como ele escolheu ser rico e bandido e não pobre e honesto, teria que cumprir as mínimas obrigações de seu emprego.Sentou no sofá olhando em direção a cama de Madeline. O chalé inteiro era escondido pelas cortinas grossas, mas dentro, apenas uma separava o qua

Quando Juan acordou novamente, a cama estava vazia, sentou no colchão procurando pelo corpo da garota e mesmo que quisesse se desesperar por não vê-la, não iria valer a pena e ele também não iria se estressar por isso. Não ia, e não ia. Desceu da cama saindo da sala e olhou ao redor, o silêncio preenchia tudo, o cheiro de comida também, isso queria dizer que a querida acordou e foi fazer as coisas e não teve a pachorra de o acordar também. E se Christopher resolvesse aparecer ali e o vê deitado na cama bem folgado enquanto a irmã faz comida? Que tipo de razão ele seria? Escutou o som do chuveiro voltar... Ah sim, a querida estava no banho. Se jogou no sofá novamente para saber se alguma mensagem tinha chegado a Karen e nada. Nem enviada, nem recebida, houve um tempo em que ele era muito popular.- Você acordou - Juan ergueu o olhar o coração acelerou, porque aquela garota estava somente de toalha desfilando na sua frente? Até os seios ficaram maiores, tão chamativos e aquelas pernas

- O que será que está acontecendo lá? - Jade suspirou em frente a ao vidro olhando atentamente para as ondas do mar, depois de muito tempo pôde voltar ao chalé que tanto amava ao lado da namorada. Ficar na casa era como fazer parte de um quartel general, não tinha privacidade completamente e não se sentia segura. E não entendia como um chalé com paredes de vidro pareciam mais segura que uma casa de tijolo cimento e cem homens armados.- Acontecendo aonde? - Karen questionou enquanto folheava um filho de medicina. Queria entender o caso de Madeline, porque não era certo tão pouco normal uma garota começar a sangrar do nada por todos os lugares colocarem a culpa na exaustão.- Com Christopher e aquela mulher - Karen não deu bola - E se ele for assassinado, como ficaremos? - Karen ergueu a cabeça encarando a menina - A gente trabalha para ele, para quem vamos trabalhar agora? Para Made? ou a senhora Mama nos levará com ela? Vamos morrer? Ou ficaremos livre de toda essa merda?- Você

- Ela fez o que? - Made levantou com ajuda de Juan e Jade do outro lado, encararam Karen que deixou o celular de lado colocando a mão na cintura - Conta toda essa história.- Sierra tem te dado veneno e esse é o motivo do sangramento. Você está morrendo - Madeline piscou mais vezes, incrédula e então sentou novamente já sem forças nas pernas.- Mas como ela fez isso? Com o quê? - Jade rodeou a pequena a mesa entre elas.- Deve ter colocado em alguma coisa que a Madeline comeu. - Contou ainda sentindo o coração acelerado, tudo bem que elas não eram pessoas de boa índole ou algo do tipo, mas assassinar uma pessoa envenenada e justamente a única pessoa a qual não podia tocar?- Bem que achei estranho ela inventar de começar a cozinhar. Sierra nunca foi o tipo de mulher que gosta de fazer coisas dentro de casa. Mas quando achar essa garota eu vou dar um tiro na testa dela, ouviram? Bem na testa dela, quero vê-la cair com os olhos bem arregalados e um fur-- Jade, já chega - Karen se

- Está melhor? Quer mais alguma coisa, minha querida? - Debochou. Juan a sentou na cama outra vez, agora já de banho tomado e com um pequeno sorriso nos lábios, para de me sorrir assim, fico medo.- Você não parece ter medo de nada - Terminou de se vestir sozinha e finalmente deitou se cobrindo até o pescoço - Não precisa dormir na sala hoje, eu quero que durma aqui comigo como fez de manhã.- Eu prefiro dormir na sala longe de você - Contou ajeitando a garrafa de água perto da cama e um balde - Karen disse para você tomar bastante água, então tome tudo e quando acabar me avise que eu busco mais, e se precisar vomitar, o balde está aqui para isso.- Obrigada, você está sendo muito gentil desde que acordou - debochou do homem que apenas riu - O que aconteceu hoje foi muito bom.- Eu sei - confirmou, sentou ao lado da cama passando os dedos pelo rosto bonito - Não aconteceu por acaso, eu deixei claro que gostava de você, mas não podia fazer muita coisa.- Está querendo se desculpa

De volta a sua mansão Christopher desligou o carro e se encostou no banco. Haviam muitas dúvidas em sua cabeça, e uma delas se podia ir lá e assassinar a mulher que disse que ficaria para sempre. Antes dela havia uma outra que realmente gostava, mas por está tão próxima a si mesmo, o mundo foi cruel o suficiente para tirá-la. Esse era um dos motivos para manter Madeline e Grace longe da vida de merda que estava levando. Mas parece que não resultou nada, porque olha onde estava? A pessoa que mais queria proteger quase morreu envenenada como se pudesse ser substituída a qualquer momento. O mais engraçado é que quem fez tudo isso não foi o "mundo de merda" e sim a mulher de merda que intitulava como sua. Uma grande desgraçada.Suspirou outra vez pronto para começar a fazer o seu trabalho quando viu ao longe Kim sair da mansão carregando suas coisas, como foi ordenado. Christopher saiu do carro a tempo de ser notado pelo homem, seguiu ao seu encontro com um pequeno sorriso no rosto.-

- Ordenou. Sierra continuou sem mover um músculo de seu corpo, a taça estava estendida em sua frente, mas não havia nada que pudesse fazer para seu corpo reagir. - Pegue e beba.- Chris... - Murmurou depois de um tempo e pegou a taça - Você sabe que eu não gosto de usar essas drogas... Então não quero beber isso assim.Metade de uma colher de chá daquela erva já era consideravelmente perigoso, imagina cinco.- Eu e você sabemos que isso aqui não é qualquer droga. Então, beba aposto que vai gostar. - Riu de canto se encostando na cadeira e pegou seu copo para assistir ao show. No entanto, a mulher tornou a olhar para a taça com o coração a mil e para ele outra vez colocando a taça na mesa. - Eu não vou beber isso.- E porque não vai? - Sierra piscou algumas vezes, deixando que poucas lágrimas escorressem por seu rosto - Tem alguma coisa de errado? É muito forte? Coloquei muito?- Desculpe... - Sussurrou quando enfim encarou os olhos azuis de seu chefe, havia medo de sua parte e

Juan retornou ao chalé jogando todas as pragas que conhecia para cima de Sierra e ainda se espantou quando viu Madeline deitada no sofá. Suspirou fechando a porta e se aproximou da menina que levantou quando o viu.- Era para você está dormindo e não acordada olhando para o nada - Reclamou para ela quando sentou ao seu lado - O que é isso?- O antídoto, o seu irmão acabou de trazer, imagina se ele quisesse entrar e ver nos dois agarrados na cama? Quem iria morrer primeiro? - Madeline não disse nada no momento, mas pegou a garrafa que foi oferecida, abriu para tomar, só de sentir o cheiro fez careta - Toma ou você quer morrer?- Toma primeiro, isso não parece seguro.- Já tomei, agora é a sua vez - Ela negou fazendo birra - Toma, ai eu penso em dormir com você na cama - Madeline puxou a garrafa para si ainda fazendo careta. O cheiro não era bom, nem um pouco, mas alguns goles para dormir com Juan era uma coisa boa, não é? - Isso mesmo.- Tenho que tomar quantas vezes para melhora