O som insuportável da campainha me arranca do sono profundo. Eu olho para o relógio de cabeceira: 2h34 da manhã. Quem estaria me perturbando nessa hora? Com um suspiro pesado, me arrasto até a porta, ainda meio atordoado. Ao abrir, encontro Damien parado ali, com a expressão fechada, como se estivesse carregando o peso do mundo.— O que aconteceu? — Pergunto, tentando esconder a irritação pela madrugada interrompida. — Isso é uma emergência?— Pode me deixar entrar? — Ele quase implora, a voz baixa, quase inaudível.— Claro, entra logo. — Falo, cedendo à sua pressão, mas meu olhar ainda é desconfiado.Damien entra, tira o casaco e se joga no sofá. Ele parece em frangalhos, e isso me deixa ainda mais confuso.— Então, o que houve? — Sento ao lado dele e coloco um copo de uísque nas suas mãos. — Eu sei que você não está aqui só porque está com sede, então o que está acontecendo?Ele pega o copo, mas não o levanta até os lábios. Fica olhando o líquido por um momento, como se estivesse te
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