Fomos colocados em uma mesa próximo a pista de dança. Talvez o casal tenha tido a brilhante ideia de nos colocar no ponto mais movimentado e barulhento e assim causar desconforto. Eu não me importo, para falar a verdade já estou com vontade de ir embora.- Cris, como ter passado?Ouço D. Amélia me chamando e me levanto.- Olá D. Amélia! Estou bem, obrigada! E a Sra. Como está?- Bem querida. Ouvi dizer que você se casou?- Sim, este é Arthur Selton Diniz, meu marido.D. Amélia se vira para Arthur.- É um prazer Sr. Selton! Cuide bem da Cris, ela é uma menina de ouro.- Igualmente Sra. Lopes. Não se preocupe, Cris está sendo bem cuidada.- Eu fico muito feliz. Cris é como uma filha para mim. Desejo toda felicidade a vocês.- Obrigada D. Amélia, também aprecio muito a Sra.Ela se vira para mim já se despedindo.- Vou receber outros convidados. Cris aparece para um chá qualquer hora.- Pode deixar.Sinto que ela está bem diferente comigo, talvez pela atitude de seu filho. Sempre nos demo

ArthurO casamento do par de canalhas já se realizou e o cretino do noivo não perde minha mulher de vista. A conduzi para dançar e lhe dei um longo e apaixonado beijo e o Guilherme fez uma carta muito azeda.Está sendo divertido ver o cretino soltar fogo pela venta bem no dia do casamento.Minha mulher está simplesmente linda e eu notei que a maioria dos homens não tiraram os olhos dela. As mulheres nem se fala, com certeza e por seu look elegante e caro. Mas a Cris parece não se dar conta do quanto é bonita e muito menos se importar com o vestido exclusivo. Acho que realmente me enganei com ela. Ela não é como o cretino do Guilherme.Saímos da pista e a Cris foi ao banheiro. Percebi que a noiva empoada foi atrás. Mas quando o Guilherme andou na mesma direção, eu me levantei e fui atrás. Não iria deixar minha mulher à mercê dos traidores.No momento em que a Cris sai do banheiro, o Guilherme segura seu braço e a empurra para uma porta próxima.Abro a porta que dá para o jardim interno

CrisSai do casamento com o humor azedo. Toda vez que Arthur me pega com o Guilherme, fica uma situação chata. Eu sinto que ele não confia em mim e me sinto incomodada.Chegamos em casa e agora que sei que visto um vestido caro, tenho que ter cuidado para não danificá-lo, mas não consigo abrir atrás e peço ajuda ao Arthur.- Você poderia abrir para mim?Ele se aproxima e desce o zíper lentamente, ao mesmo tempo que seu dedos vão deslizando pelas minhas costas me dando arrepios.- Você ficou muito gostosa nesse vestido, querida. Não via a hora de tirá-lo.Ele vai sussurrando e beijando meu pescoço. Impossível não ficar excitada. Abre meu vestido e pela lateral enfia a mão acariciando meus seios.- Arthur!Eu gemo de prazer e isso o incentiva a continuar. Ele cola o corpo atrás do meu e posso sentir o quanto ele também está excitado.- Estou aqui querida, sou todo seu.- Me viro e começo a abrir os botões de sua camisa. Eu o quero e sei que ele também me quer. Eu e o Arthur somos assim,

ArthurCheguei em casa e minha mulher está como sempre na cozinha. O cheiro é maravilhoso e eu aprecio muito a comida que ela faz.A abraço por trás e pergunto:- Que cheiro diferente é esse?- Noz moscada.Fiquei curioso para saber onde ela pôs noz moscada.- O que temos para o jantar?- Couve flor ao molho branco, frango grelhado, arroz e salada.- Parece bom!- Já, já está pronto. Lave as mãos d me com o Lucas e podem ir para a mesa.Deus, nunca comi um molho branco tão saboroso. Minha deusa tem o dom na cozinha . Até o Lucas que quase não come legumes, come tudo que ela faz e nunca reclama.- Está muito bom querida. Nunca havia comido couve flor com molho branco.- Vocês não sabiam o que estavam perdendo.- Quero mais mamãe, e frango também.- Isso filho, assim você vai crescer forte.- A comida da mamãe é a melhor papai.Não tenho como descrever a satisfação que sinto, ver meu filho comer tão bem é gratificante. Reconheço que devo isso a minha deusa.- Queria eu arrumo a cozinha

CrisChamei meu marido para resolver a questão do empréstimo dos meus pais e fiquei de queixo caído.- Vamos falar sério Arthur! Quero discutir com você de que forma vamos te pagar.- Está tudo certo Cris, não perca seu sono por uma mixaria.- Mixaria Arthur? Quinze mil e quase um ano de salário do meu pai. O meu carro vale pouco mais que isso, e você diz que é mixaria?- Querida, eu já te falei que não tenho problema de dinheiro. Considere como um presente para seus pais.- Eles não vão aceitar Arthur.- Então aceite você.- Não está certo. Se eu não tivesse me casado com você, eles teriam que te pagar.- Eu não iria cobrar eles. Tanto que nem me lembrava.Respiro fundo, a forma que ele se comporta não me agrada. Não somos ricos e para piorar, ainda não arrumei um emprego decente. Por isso, me preocupo com seu desapego ao dinheiro. Ele não controla os gastos nem se preocupa em economizar.Passo para ele o meu cartão do banco.- Aqui eu tenho pouco mais de oito mil e vou te dar em nom

ArthurQuando a escola do Lucas ligou, a primeira coisa que fiz foi ligar para a Cris e ela não atendeu. Mandei mensagem e me desesperei, saí correndo e levaria em torno de uma hora para chegar.No caminho recebo uma foto de um número desconhecido.Era a Cris junto com o Guilherme de novo e eu fico puto. Chego na escola e ela já pegou meu filho, então vou ao hospital e os encontro saindo.- Como ele está?- Está com amigdalite. Temos que ir à farmácia.Nem olho a receita, pego o Lucas e vou direto para casa.Cris demora um pouco e chega com a medicação.- Onde ele está?- Dormiu.- Eu ia dar um banho nele antes de dormir.- Já chegou dormindo, o banho fica para depois. Onde você estava?- Fui comprar os remédios.- A tarde, te liguei três vezes e mandei mensagem. Você não atendeu.- Fui a vários lugares hoje. Não ouvi o telefone tocar.Fico mais nervoso ainda, ela não diz a verdade.- Com quem você se encontrou Cris?Ela me olha com desconfiança.- O que exatamente quer saber Arthur?

Cris Acordo pela manhã e me levanto para fazer o café da manhã. Depois de uma noite de descanso, espero poder conversar com Arthur e resolver o mal entendido. Chego na cozinha e tem uma mulher estranha cozinhando. - Bom dia! Eu cumprimento. - Bom dia! - Eu sou Cristina, esposa do Arthur. Ela me olha e continua a cozinhar. - Qual seu nome? - Meu nome é Monica, estou aqui para cuidar do Lucas e das refeições dele e do pai. Não tenho tempo para jogar conversa fora. A mulher tem cerca de trinta e cinco anos. É baixa e tem uma cara amarrada. Não é uma pessoa agradável. Não gostei de ouvir o que falou. Também não gostei de Arthur contratar alguém para cuidar do Lucas. Parece que eu o negligênciei. Saio da cozinha e vou em direção as escadas, Arthur está descendo. - Bom dia Arthur! Ele apenas balança a cabeça e não me responde. - Tem uma mulher na cozinha. - Eu sei. Monica já trabalhou para mim. - É sério isso Arthur? Você contratou alguém para cuidar do Lucas e não discuti

Arthur Quando ouço Lucas dizer bom trabalho para Cris, fico paralisado por um momento. - Que história é essa do trabalho Lucas? - A mamãe não te disse? - Não tivemos tempo de conversar, eu passei a noite com você. - Ela arrumou trabalho e está feliz. Papai vocês brigaram? - Claro que não, toma seu mingau. Quando termino de dar café e a medicação do Lucas, saio para procurar minha mulher e pedir uma explicação. Passo no nosso quarto e ela não está. Desço até a cozinha e também não a vejo. - Monica, você viu a Cris? - Ela acabou de sair, tem uns dois minutos. Vou rápido até a porta e saio. Cris está manobrando o carro e sai. Não tenho certeza se me viu ou não e, não posso ir atrás dela. pego o telefone e faço uma ligação. - Ramon descubra onde minha esposa arrumou trabalho. - Na santa casa da cidade, Sr Selton. Eu lhe enviei por e-mail como sempre faço. - Tive uma emergência com meu filho e não olhei o e-mail. - O que o Sr quer fazer? - Nada, vamos deixar por enquanto. E

Cris Chego ao hospital e vou direto até o Sr Talvanez. Bato na porta e entro assim que ele autoriza. - Bom dia Sr Talvanez! - Bom dia Sra Diniz! Sente-se por favor. - Obrigada. - Então, avaliei seu currículo e acho que você é a pessoa indicada para o trabalho. Porém é só por uns meses. - Tudo bem, eu fico com o trabalho. Aceito, há quatro meses estou tentando e não consigo nada. Já é alguma coisa. - Na verdade, nós contratamos uma empresa em Montes Claros e a contadora que trabalha conosco está de licença á maternidade. A substituta que enviaram não está dando conta do serviço. Está tudo acumulado. - Entendo. - Você fará um teste de duas semanas. Se der certo, será contratada pela empresa de lá. Com um pouco de sorte, talvez eles fiquem com você e te recoloquem em outro lugar. - Quanto tempo devo trabalhar aqui? Pergunto para me programar mais a frente. - Não sei com precisão. O Bebê da Mary está internado e não se sabe o que vai acontecer. - Ok. Me avise se possível, pa

Arthur.Estou furioso da vida. A Cris não cuidou bem do Lucas e ainda quer dizer que a culpa é minha?- Você não tem filhos, não sabe nada de criar crianças.- Quando tiver os meus, não vou ser obstinada como você. Eles terão uma infância normal!- Eu já disse, não quero mais filhos.- Você não precisa ser necessariamente o pai. Não disse que seriam seus.- Com quem pretende ter? Com o Guilherme?- Estava demorando! Você é tão patético Arthur.- Eu nunca vou te dar o divórcio, pode esquecer.- Então vamos viver um inferno, porque com seu gênio e suas desconfianças esse casamento já está fadado ao fim.Ela sobe a escada apressada e eu quero ir atrás, mas me lembro do Lucas lá em cima e não saio do lugar. Essa conversa não terminou, quando o assunto é o Lucas, eu não me descuido.Estou trabalhando em casa e Cris aparece de banho tomado e vai para a cozinha.Logo o cheiro de miojo enche o ar e eu vou atrás.- O que está fazendo?- Tenho certeza que você sabe.- Não vai dar miojo para o L