Forte e covarde!

Cris

Chamei meu marido para resolver a questão do empréstimo dos meus pais e fiquei de queixo caído.

- Vamos falar sério Arthur! Quero discutir com você de que forma vamos te pagar.

- Está tudo certo Cris, não perca seu sono por uma mixaria.

- Mixaria Arthur? Quinze mil e quase um ano de salário do meu pai. O meu carro vale pouco mais que isso, e você diz que é mixaria?

- Querida, eu já te falei que não tenho problema de dinheiro. Considere como um presente para seus pais.

- Eles não vão aceitar Arthur.

- Então aceite você.

- Não está certo. Se eu não tivesse me casado com você, eles teriam que te pagar.

- Eu não iria cobrar eles. Tanto que nem me lembrava.

Respiro fundo, a forma que ele se comporta não me agrada. Não somos ricos e para piorar, ainda não arrumei um emprego decente. Por isso, me preocupo com seu desapego ao dinheiro. Ele não controla os gastos nem se preocupa em economizar.

Passo para ele o meu cartão do banco.

- Aqui eu tenho pouco mais de oito mil e vou te dar em nom
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