Cris Chego ao hospital e vou direto até o Sr Talvanez. Bato na porta e entro assim que ele autoriza. - Bom dia Sr Talvanez! - Bom dia Sra Diniz! Sente-se por favor. - Obrigada. - Então, avaliei seu currículo e acho que você é a pessoa indicada para o trabalho. Porém é só por uns meses. - Tudo bem, eu fico com o trabalho. Aceito, há quatro meses estou tentando e não consigo nada. Já é alguma coisa. - Na verdade, nós contratamos uma empresa em Montes Claros e a contadora que trabalha conosco está de licença á maternidade. A substituta que enviaram não está dando conta do serviço. Está tudo acumulado. - Entendo. - Você fará um teste de duas semanas. Se der certo, será contratada pela empresa de lá. Com um pouco de sorte, talvez eles fiquem com você e te recoloquem em outro lugar. - Quanto tempo devo trabalhar aqui? Pergunto para me programar mais a frente. - Não sei com precisão. O Bebê da Mary está internado e não se sabe o que vai acontecer. - Ok. Me avise se possível, pa
Arthur.Estou furioso da vida. A Cris não cuidou bem do Lucas e ainda quer dizer que a culpa é minha?- Você não tem filhos, não sabe nada de criar crianças.- Quando tiver os meus, não vou ser obstinada como você. Eles terão uma infância normal!- Eu já disse, não quero mais filhos.- Você não precisa ser necessariamente o pai. Não disse que seriam seus.- Com quem pretende ter? Com o Guilherme?- Estava demorando! Você é tão patético Arthur.- Eu nunca vou te dar o divórcio, pode esquecer.- Então vamos viver um inferno, porque com seu gênio e suas desconfianças esse casamento já está fadado ao fim.Ela sobe a escada apressada e eu quero ir atrás, mas me lembro do Lucas lá em cima e não saio do lugar. Essa conversa não terminou, quando o assunto é o Lucas, eu não me descuido.Estou trabalhando em casa e Cris aparece de banho tomado e vai para a cozinha.Logo o cheiro de miojo enche o ar e eu vou atrás.- O que está fazendo?- Tenho certeza que você sabe.- Não vai dar miojo para o L
CrisLevanto mais cedo que de costume. Pego minhas coisas e vou tomar banho no banheiro social para não acordar o Arthur.Com o volume acumulado de trabalho, decidi chegar mais cedo, reduzir o horário de almoço. E assim coloco tudo em dia, porque a quantidade não é pouca e todos os dias vem um volume grande de fichas para ser lançado.Entro na cozinha e vou preparar o café. Mal coloco a água para ferver e Monica chega. Não fala nada e eu também não me importo, não fui com a cara dela e não vou bajular ninguém na minha casa.Passo o meu café e me sento na mesa da cozinha.- Você poderia desocupar a mesa? Preciso usar ela.- Use quando eu terminar.É muito petulante e eu não saio.- O Sr Arthur não vai gostar de saber que está dificultando de propósito o meu trabalho.Não respondo e quando pouso a xícara na mesa ela a recolhe e joga fora o meu café.- Eu ainda sou a dona dessa casa. Coloque o meu café de volta!Pego meu telefone e ponho para gravar sem que ela perceba.- Não sou sua emp
Arthur Acordo com o barulho do carro da Cris saindo e olho a hora. São seis e dez da manhã, onde ela vai tão cedo? Levanto e ligo para o Ramon. - Verifique onde minha mulher está indo tão cedo. - Deixa comigo Sr Selton. Me arrumo e antes de sair do quarto ele me liga de volta. - Sr Selton, sua esposa foi direto para o hospital. - Tem certeza? - Sim, não parou em lugar nenhum. - Obrigado Ramon. Desligo e desço, ainda está cedo para dar remédio ao Lucas. O cheiro de café fresco me faz ir à cozinha. - Bom dia Monica! - Bom dia Sr Arthur. - Está tudo bem? Pergunto ao notar sua cara fechada. Monica está sempre de bom humor. - A sua esposa é difícil de lidar. Me esculachou logo cedo. - Por que ela faria isso? - Eu apenas pedi para ela tomar café na outra sala, precisava usar essa mesa. Ela ficou brava e me disse que a casa é dela . E fez um sermão enorme na minha cabeça para eu saber o meu lugar. - Vou falar com ela, não vai te incomodar mais. - O Sr é tão educado. Merec
Cris Hoje o dia foi puxado, mas valeu a pena, nesse ritmo logo estarei com tudo em dia. Dalila é um anjo e tem me ajudado muito, até na redução do horário de almoço ela me acompanhou. - Não precisa fazer isso Dalila. Eu vou voltar mais rápido por conta própria. Você pode aproveitar seu horário de descanso. - Não me importo de te ajudar. Você é uma inspiração para mim. - Estou preocupada porque você faz o seu trabalho e ainda ajuda no meu. - Quero que você coloque tudo em dia, assim você também trabalhará menos. Ouvi dizer que o diretor está satisfeito com seu empenho. Quem sabe ele não dá um jeito de você ficar definitivamente. - Não conta com isso, e também não depende dele. - Cristina, seria tão bom se você pudesse ficar. - Infelizmente não tenho esperança. Mas vale a pena assim mesmo. Trabalhamos duro e Dalila saiu no fim do horário. - Cristina, eu não posso ficar mais. Sinto muito! - Que isso Dalila, já me ajudou demais. - Não fica muito tempo, você já veio cedo, não v
Arthur Entro no quarto e não vejo sinal da minha mulher. Vou ao quarto do Lucas e também não está. tem dois quartos de hóspedes, ela tem que estar em um deles. Testo a porta do primeiro e já a encontro. - Cris abre a porta. - Não vou abrir, já estou deitada e não quero falar com você. - Cris ou você abre ou eu a derrubou. você escolhe. Ela abre e me olha furiosamente. Não me intimido. - Deixa de ser infantil e volta para o nosso quarto. - Vai à merda Arthur, chama a Monica para esquentar sua cama. Acho que minha esposa está com ciúmes da empregada. - Eu tenho uma esposa, não preciso de mais nada. - Por pouco tempo Arthur, vou me livrar de você mais rápido do que pensa. - Você nunca vai se livrar de mim. Nada vai me fazer assinar o divórcio. - Eu entro com o litigioso. - Você pode tentar! Me ameaçar não é nada inteligente. Pego ela no colo e levo para nosso quarto. - Fica quieta ou vai acordar o Lucas. - Eu te odeio Arthur! - Ódio ainda é um sentimento. Ia ficar preocu
Cris Depois de falar um monte de merda para mim, estou muito aborrecida com Arthur. Até me acusar de ter deixado o filho adoecer, ele me acusou e disse que não tenho responsabilidade para tomar conta do seu filho. Fiz ele levar o Lucas ao médico e provei que estava errado. Além disso, tenho que engolir a Monica que é muito arrogante e o Arthur confia cegamente nela. O Lucas ficou muito dependente de mim, e por isso que ainda não fui embora. Eu amo o Arthur e quando cheguei a essa conclusão, descobri que amar dói muito. Cada acusação ou desconfiança dói na alma e quando se trata do Guilherme, chega a ser doentio. O Arthur está viajando e eu tenho que chegar em casa no horário para ficar com o Lucas. - Cris, hoje vamos sair com os colegas para jantar e jogar conversa fora. Vem com a gente? - Não posso, Arthur viajou e tenho que ficar com o Lucas. - Que pena. Vai ser divertido. - Fica para a próxima. - Então até amanhã! - Dalila, amanhã eu não venho. Vou até o escritório centr
Arthur Estou almoçando com a filha de um cliente, com quem também tive um caso antes de vir para Porteirinha, quando vejo a Cris sair do restaurante. Trajando um terninho, lindamente maquiada e com salto alto que raramente usa. Olho em volta para ver se encontro aquele moleque e nada. Fico pasmo com a audácia dela em me seguir. Por que outro motivo estaria aqui? - Me dê licença um minuto Daniela. - O que foi? - Minha esposa acabou de sair. Vou falar com ela um minuto. Saio e ela está prestes a entrar no carro, me apresso e seguro seu braço. Ela não está nada surpresa em me ver, então tenho certeza que me viu lá dentro. - O que está fazendo aqui Cris? - Olá Arthur! Como foi a viagem? Detesto quando ela faz isso, me responde com outra pergunta. Digo que cheguei pela manhã e espero ela dar um show. Me espanto com sua calma e me disse que estava dando um passeio. Não acredito que ela parece dar pouca importância ao fato de eu estar com outra mulher. Fico olhando seu carro se afa