Roman OstrovO porão estava frio naquela manhã, e eu preferia assim. O frio tem uma maneira de despertar a mente, de arrancar as pessoas de sua zona de conforto. A Bratva não perdoa fraquezas, e hoje, Donatella aprenderia isso. Não com palavras, mas com silêncio, pressão e dor — as ferramentas que moldam um soldado.Ouvi seus passos descendo as escadas, suaves, mas determinados. Ela já estava mudando. Havia menos hesitação nos movimentos dela, menos dúvida. No entanto, o que eu precisava ensinar hoje não era algo que o corpo pudesse suportar. Era algo que a mente dela precisaria enfrentar e, mais importante, superar.Ela entrou no porão usando roupas de treino simples: uma calça preta ajustada e uma blusa de mangas compridas cinza. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto, e o cansaço dos últimos dias era evidente nas olheiras abaixo de seus olhos. Mas ela ainda sustentava aquele olhar desafiador, a cabeça erguida como se quisesse me provar algo. Eu admirei isso, mas não demo
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