Carla acordou sentindo um leve aperto no peito. Hoje seria um dia bem difícil. Em duas horas, estaria frente a frente com Ronald e, mais complicado ainda, com Hermínio. Ela não sabia como o velho a receberia, mas algo dentro dela dizia que não seria fácil. — Vamos, Davi, é hora de levantar — disse ela, chamando o filho ainda meio adormecido. — Mamãe, só mais cinco minutinhos — respondeu ele, com aquela preguiça de sempre. — Não, meu amor. Você tem que ir para a escola. A mamãe já vai te deixar lá e tem muita coisa para fazer hoje. Com um suspiro, Davi se levantou e foi para o banheiro. Poucos minutos depois, já estava pronto, sentado à mesa tomando café da manhã. Carla observava o filho e não conseguia evitar a dúvida que rondava sua mente. O que Ronald e Hermínio fariam se descobrissem que Davi existia? Que Ronald, na verdade, tinha um filho de quase 4 anos, tão esperto daquele jeito. Em meio a esses pensamentos, Joaquim, o pai de Carla, entrou na cozinha com um sorriso e uma sac
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