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Todos os capítulos do Vidas Entrelaçadas : Capítulo 71 - Capítulo 76
76 chapters
71 - Decisões Amargas
Quando Clara acordou no quarto de hóspedes, o sol já começava a iluminar o espaço. Ela sabia que provavelmente Vinícius já havia saído. O distanciamento entre eles era evidente.Ela pegou o celular ao lado da cama e rapidamente discou o número de sua mãe. Enquanto o telefone chamava, sentiu uma pontada de ansiedade.— Oi, mãe — disse ela quando sua mãe atendeu. — Como estão as coisas? Já conseguiram avançar com a mudança?A voz de sua mãe, cansada, mas tranquila, respondeu:— Estamos quase terminando, Clara. Estamos só esperando o caminhão chegar com a mudança. Até o fim da tarde ele chega.Clara sentiu um pequeno alívio em saber que seus pais estavam longe de Valença, isso a deixava mais tranquila, mas a pressão que sentia por tudo o que acontecia ainda pesava sobre ela.— Isso é ótimo. Fico mais aliviada sabendo que vocês estão a salvo — disse Clara, tentando esconder a tensão em sua voz.Sua mãe fez uma pausa antes de continuar.— Filha, você está bem? Parece tão preocupada...Clar
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72 - No Limite da Verdade
Naquela manhã, o sol mal havia nascido quando Clara ouviu uma batida suave na porta. Surpresa por não esperar ninguém tão cedo, ela foi até a entrada e abriu a porta. Suzana estava ali, impecável como sempre, com um olhar que misturava determinação e algo mais sinistro. — Podemos conversar, Clara? — perguntou Suzana, em um tom de falsa doçura. Clara hesitou, mas sabia que recusar seria inútil. Ela a convidou para entrar, e logo as duas estavam novamente na varanda, onde Suzana gostava de discutir seus planos sem que ninguém mais pudesse ouvir. — O que você quer agora? — Clara perguntou, com um tom de cansaço evidente. Suzana sorriu levemente, como se estivesse no controle total da situação. — Vim apenas te lembrar de que as coisas ainda não estão resolvidas. Sei que Leonardo e você querem desistir de tudo, mas... você sabe que não é tão simples assim. — Suzana deu uma olhada ao redor antes de continuar. — Eu ainda estou de olho, Clara. Se você tentar escapar desse plano, seus
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73 - O Peso da Verdade
O quarto parecia sufocante. Clara sentia o peso da decisão que precisava tomar. O olhar de Vinícius era implacável, misturando raiva, confusão e um toque de dor que ela não suportava ver. Ele merecia a verdade, mas como poderia contar sem colocar a vida dele em risco? Ela respirou fundo, tentando controlar as lágrimas. — Vinícius... eu... — começou, mas a voz falhou. — Fala logo, Clara! — ele exigiu, impaciente, dando mais um passo à frente. — Do que você está falando? O que você e Leonardo estão escondendo? Clara desviou o olhar, tentando encontrar coragem para falar. O silêncio entre eles era denso, pesado, quase insuportável. Cada segundo que passava deixava Vinícius mais impaciente e ela mais desesperada. — Não posso te dizer tudo, Vinícius. Pelo menos, não agora — sussurrou, sabendo que essa resposta apenas aumentaria a fúria dele. — Não pode ou não quer? — Vinícius estreitou os olhos, como se estivesse tentando decifrá-la. — Você realmente acha que eu vou aceitar isso
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74 - Destruído Pela Revelação
Ela respirou fundo, tentando reunir forças.— Eu não quero esconder nada de você, mas... tem coisas que são maiores do que eu, do que nós.Vinícius passou a mão pelo rosto, exasperado.— Chega de enigmas, Clara. Eu só quero a verdade. Seja lá qual for.Clara hesitou por um instante, mas antes que pudesse continuar, o som do celular dele vibrando na mesa interrompeu o momento. Ambos olharam para o aparelho, e o nome Leonardo apareceu na tela.O olhar de Vinícius endureceu instantaneamente. Ele pegou o celular e recusou a ligação, largando-o na mesa com mais força do que pretendia.— Eu não acredito nisso... — murmurou, a voz baixa e cheia de frustração. — Como você espera que eu confie em você quando ele não para de te procurar?Clara sentiu o chão se abrir sob seus pés. Ela precisava falar, precisava explicar, mas como? Vinícius já estava à beira do limite.— Não é o que você está pensando, Vinícius. Não tem nada entre mim e o Leonardo. Vinícius soltou uma risada amarga.— Então por
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75 - Plano Traçado
Clara ficou no sofá por um longo tempo, envolvida em uma tempestade de emoções. A casa, silenciosa, agora parecia sufocante. As palavras de Vinícius ecoavam em sua mente como um veredito final: "Eu não vou perdoar isso. Nunca."Ela sabia que não poderia ficar parada. Precisava pensar no próximo passo, precisava garantir que sua família e Vinícius estivessem seguros. Mesmo que ele não quisesse mais vê-la, ela ainda o amava e não poderia permitir que Suzana e Leonardo vencessem.Com esforço, Clara se levantou e foi até o quarto de hóspedes. Precisava descansar, mas seu coração estava tão inquieto que não conseguia sequer fechar os olhos. Cada vez que tentava, a expressão de raiva e decepção de Vinícius invadia seus pensamentos.Vinícius entrou no escritório e fechou a porta com força, tentando controlar a avalanche de emoções que o consumia. A raiva, a traição e a confusão se misturavam em sua mente, formando um turbilhão que ele não sabia como administrar.Ele se sentou na poltrona e p
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76 - O Começo da Vingança
Vinícius fechou a pasta com um estalo e se levantou, ajeitando o blazer como se estivesse pronto para uma missão. Clara o observava com apreensão, ainda sentada à frente dele.— Levante-se. Eu mesmo vou te mostrar onde você vai trabalhar — disse Vinícius, com um tom firme e inquestionável.Clara sentiu um nó na garganta. Não era uma sugestão; era uma ordem. Sem escolha, ela se levantou e o seguiu silenciosamente para fora da sala.Os corredores da empresa estavam tranquilos, mas a tensão entre eles era palpável. Vinícius não disse uma palavra enquanto caminhavam lado a lado, e Clara se sentia sufocada pela frieza dele. Finalmente, eles chegaram a uma sala ao lado do escritório principal de Vinícius.— Aqui será seu espaço — disse ele, abrindo a porta. O escritório era elegante e bem equipado, com uma mesa ampla, janelas grandes que traziam a luz da manhã e equipamentos prontos para uso.Clara ficou parada por um momento, tentando se acostumar com a ideia de trabalhar tão perto dele.—
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