Todos os capítulos do Em Ritmo De Emergência: O Amor Em Jogo: Capítulo 101 - Capítulo 105
105 chapters
Incertezas
— Ele desmaiou! Pressão despencando! — anunciou o paramédico, com uma urgência que fez Mariana estremecer.— Aumente o oxigênio e prepare os fluidos intravenosos. Precisamos estabilizá-lo antes de chegarmos ao hospital — respondeu a paramédica ao lado, ajustando o monitor portátil preso à maca de Gabriel.Mariana tentou se mover para alcançá-lo, mas uma onda de dor no abdômen a fez gemer alto. Uma paramédica se aproximou rapidamente.— Senhora, por favor, tente ficar calma. Estamos cuidando dele e também de você. Não se mexa, isso pode piorar sua condição.— Ele… ele está bem? — perguntou Mariana, ignorando o desconforto crescente.A mulher hesitou antes de responder, lançando um olhar para o colega que trabalhava em Gabriel.— Estamos fazendo tudo o que podemos. Agora, preciso que a senhora respire fundo e confie em nós. Seu bebê também precisa que você fique calma — disse a paramédica, segurando a mão de Mariana de forma firme, mas reconfortante.---Quando os dois foram finalmente
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Batidas do Destino
Mariana arqueou o corpo sobre a maca quando uma nova onda de dor atravessou seu abdômen. A respiração curta e descompassada a fez soltar um gemido involuntário, enquanto os olhos se enchiam de lágrimas.— Eu… eu acho que estou sangrando mais! — disse ela, quase em um grito, sentindo o desespero tomar conta.O obstetra parou imediatamente o que fazia e trocou um olhar rápido com a enfermeira. Eles se moveram com precisão, como se cada segundo fosse precioso.— Verifiquem o sangramento. Rápido! — ordenou ele, enquanto ajustava o transdutor do ultrassom.A enfermeira levantou o lençol cuidadosamente, confirmando a presença de sangue. Mariana sentiu um arrepio frio quando a mulher olhou para o médico com uma expressão de alerta.— Está aumentando — disse a enfermeira, já se movendo para ajustar os equipamentos.— Vamos administrar progesterona. Preparem um tocolítico e inicie fluidos intravenosos imediatamente — ordenou o obstetra, mantendo a voz firme.Mariana segurou o lençol com força,
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Do Socorro à UTI
O corredor da emergência fervilhava de atividade. Os paramédicos empurravam a maca com urgência, enquanto relatavam o caso. — Trauma craniano severo, possível hemorragia interna. Ombro deslocado. Saturação instável no transporte, estabilizada na chegada — disse o paramédico, ofegante, enquanto corria ao lado da maca. Doutor Marcelo, já de máscara e luvas, esperava na entrada. Ele manteve a postura calma, mas o impacto de ver Gabriel naquele estado o atingiu profundamente. Gabriel era mais que um colega. Era um amigo e um dos melhores neurocirurgiões do hospital. "Quantas vezes ele esteve nesse mesmo corredor, recebendo pacientes graves? Agora é ele quem precisa de nós." — Levem-no para a tomografia imediatamente. Precisamos da dimensão completa do dano antes de qualquer intervenção — disse Marcelo, sua voz carregada de autoridade. Enquanto a equipe movia Gabriel, Marcelo sentiu uma onda de culpa o atingir. Ele lembrava das conversas informais com Gabriel no refeitório, sobre
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Além do Controle
Após a saída de Marcelo, Gabriel ficou em silêncio, com os olhos fixos no teto. O som dos monitores cardíacos ecoava na sala vazia, criando uma batida constante que fazia seu coração acelerar."Eu preciso vê-la. Eu preciso me levantar."Mas seu corpo não respondia como deveria. A dor no ombro era intensa, e a pressão surda na cabeça não dava trégua. Ele fechou os olhos e deixou sua mente vagar.As lembranças voltaram em flashes. Ele estava dirigindo... Mariana estava ao lado, sorrindo suavemente enquanto mexia no rádio. O sorriso dela era a última imagem clara que ele conseguia se lembrar.O som estridente dos pneus derrapando. O impacto. O grito de Mariana."Mariana! Meu Deus, Mariana!"O peito de Gabriel apertou enquanto a cena se repetia em sua mente como um pesadelo infinito. Ele tentou afastar a lembrança, mas era impossível.Uma lágrima solitária escorreu por seu rosto, mas ele a enxugou com raiva. Não era hora para fraqueza. Ele precisava ser forte por ela e pelo bebê."Você já
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Além do Medo
A noite estava silenciosa no hospital, quebrada apenas pelo som constante e ritmado dos monitores cardíacos ao lado de Mariana. As luzes suaves do teto lançavam um brilho pálido sobre seu rosto cansado e pálido. Ela estava imóvel, respirando com dificuldade, as mãos instintivamente protegendo seu abdômen arredondado. Cada dor persistente no ventre era um lembrete cruel da vulnerabilidade de sua situação.Seus pensamentos se embaralhavam entre a preocupação com seu bebê e a incerteza sobre o estado de Gabriel. Ele estava vivo? Estaria se recuperando? Ninguém lhe dizia nada, e a incerteza estava destruindo sua mente.O silêncio foi abruptamente interrompido pelo som sutil de passos ecoando no corredor. Mariana prendeu a respiração, os sentidos aguçados por uma inquietação inexplicável.A porta do quarto se abriu lentamente, rangendo de maneira sinistra. Mariana esperava ver uma enfermeira, mas seu coração congelou ao reconhecer Dra. Gisele Alencar entrando. Impecavelmente vestida com um
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