Reservada, complicada, retrô, defensiva, tímida, magricela, me acham como se eu fosse uma menina de dezesseis anos, às vezes chatinha, emotiva, egocêntrica, esfomeada, dedicada... Blá, blá, blá.Eu não ligo tanto para a opinião deles. Depois de responder com tanto desânimo aquela questão comemorei levantando um braço e saindo da cama. Era ainda madrugada quando acordei. Quando fui à cozinha, minha mãe escreveu um bilhete na geladeira e disse: Di, não poderei mais ficar com você. Acho que você realmente precisa de um tempo e eu também. Você é muito complicada. Esta na hora de tratar isso. Deixo aqui o telefone de um psicólogo. Ela colocou um telefone e fez uma carinha feliz com a caneta para amenizar a situação. Eu não liguei. Eu não precisava de psicólogo naquele momento. Eu só preciso ficar longe de mim mesma. E dos outros também. Fiz minha sessão cine anos quarenta assistindo ao filme “o grande ditador” de Charles Chaplin e quando era pela manhã meu pai tocava a campainha. Eu
Ler mais