Seu choro era doloroso, alto, desesperado, e ela sequer o continha, não se importava com quem poderia ouvir, naquele momento nada importava além do adeus que precisava dizer. O rei acariciava seus cabelos com carinho, sussurrando palavras doces em seu ouvido enquanto, lentamente, sua voz ia desvanecendo.— Meu amor… Meu amor… — ele dizia, escondendo-a com seus braços grandes, mas sem apertá-la. — Sempre estarei… com você. Então, quando seus lábios se fecharam, ele inclinou a cabeça para baixo, mergulhando o rosto nos cabelos macios de Elanor, inspirando seu perfume doce e que, para ele, significava apenas uma coisa, amor, o amor que sempre o envolveu durante todos aqueles anos de casamento. Então, sentindo o perfume do amor, ele entregou-se à escuridão contra a qual lutou bravamente por muitos dias. Seu corpo amoleceu e seus braços, que outrora envolviam a rainha, deslizaram pelos braços dela, despencando ao lado de seu corpo, agora sem vida. Nesse momento, Elanor gritou, um grito
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