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Todos os capítulos do Meu pecado : Capítulo 81 - Capítulo 90
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Flagra (parte 2)
Enquanto dirijo até lá, recebo o resto das informações, é claro que tinha que ter aquela amiga enxerida metida no meio disso. Segundo os registros das ligações dela, a última ligação veio da Marina, o GPS do carro dela mostrou que ela foi para o apartamento do Léo logo em seguida e depois seguiu para o endereço do bar, onde está parado desde então. Essa mulher quer chamar minha atenção? Pois agora ela conseguiu. O trajeto que seria feito em 1h40, eu fiz em 1h apenas, devo ter tomado multa por excesso de velocidade e vou descontar tudo isso da Jules. Assim que aproximei-me da porta, senti todos os meus músculos tensionarem e a minha vontade é matar aquela filha da puta, a desgraçada está com um otário, estão abraçados e se beijando tranquilamente. Então é assim que ela quer jogar? Ótimo. Ando até a mesa a passos largos e ouço a outra, que também está atracada com outro, aposto que o Léo nem imagina os passeios que a mulher dele faz. Aproximei-me, puxando o homem dos braços dela e já
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Ressaca (parte 1)
Durante o caminho de volta, eu fiquei calado, mas as duas bêbadas não pararam de falar um minuto sequer. Eu segurei o volante com tanta força que os nós dos meus dedos ficaram brancos, ouvir as duas comentando sobre a bebedeira e rindo, me tirou do sério.— Ai, eu não tô bem — a Jules disse. Ela apertava a barriga e eu não tive tempo de perguntar nada, quando olhei na sua direção ela já estava vomitando tudo que tem no estômago. E fez isso no meu carro.— Mas que porra! Por que não pediu para parar, carvalho! — Gritei, com os dentes cerrados.— Não briga comigo, eu não tenho culpa de passar mal — ela disse, fazendo voz de choro e em seguida vomitou mais uma vez, quase no meu colo. Eu vou matar essa mulher!— Eu acho que precisamos levar minha amiga para o hospital, ela não aguenta um porre — a outra bêbada falou, rindo lá atrás. A minha vontade é parar o carro e jogar essas duas malditas na beira da estrada.Assim que entrei no estacionamento do prédio, enviei uma mensagem para o Léo
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Ressaca (parte 2)
JULES MONTEZ Acordei com uma dor de cabeça dos infernos, parece que vai explodir a qualquer momento. Fiquei sentada na cama por alguns minutos enquanto as imagens da noite anterior passavam meio embaralhadas na minha cabeça. — Puta merda, que porra eu fui fazer! — Digo, batendo na minha cabeça. Eu sabia que ir atrás da Marina e embarcar nas loucuras dela ia dar merda. Olhei o pijama que estou vestida e as cenas da minha discussão com o Samuel ficam claras como água, é uma pena que a bebida não cause perda de memória, porque eu realmente não queria lembrar disso. Principalmente da parte em que ele me pegou aos beijos com aquele Lauro, Lúcio, Lucas... sei lá, nem lembro direito o nome dele, mas a bagunça que ele fez está muito viva. Aff. Soltei um longo suspiro, deixando-me cair nos travesseiros. — Pelo menos eu não dormi vomitada e na escada — Sussurrei e tive vontade de chorar quando lembrei que eu vomitei o carro do Samuel todo e quase vomitei no colo dele também. — Que porra! — Jo
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O passado retorna (parte 1)
Fico encarando a mulher, que me encara de volta e tudo que aconteceu onze anos atrás aparece como flashes diante dos meus olhos. Uma voz fica repetindo no meu ouvido "Ela morreu!" "Ela não pode ter sobrevivido à queda" "Ela está morta!". A mulher diante dos meus olhos sorri, um sorriso esplêndido, bonito, parece que ela consegue ver através de mim e sabe exatamente no que estou pensando. Ela está bonita, cabelos loiros na altura da cintura, pele clara, ainda tem algumas sardas que só a deixam mais bonita, olhos azuis, exatamente como era antes, a diferença é que agora ela está numa cadeira de rodas. Eu mal consigo respirar direito quando ela olha para o homem atrás de mim e alarga mais o sorriso, mostrando uma arcada dentária perfeita. Fecho meus olhos e os flashes se tornam cenas completas em minha, eu olho naqueles olhos e tudo que aconteceu anos atrás volta como uma onda destruindo qualquer esperança de que isso é só um sonho ruim…–Onze anos antes–— Sarah Adams, você é uma figura
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O passado retorna (parte 2)
— Há, então você está gostando? Pois é melhor está preparada porque o seu namorado está uma fera e neste momento está lá, consolando a Sarah. — O quê? O Edu está com aquela sonsa? — O que você acha? Jules, você sabe que ele é amigo dela, você achou mesmo que ele não estaria do lado dela agora? — Me olha como se eu fosse uma idiota. — Inferno! Vamos, eu ainda não acabei, estou sendo muito boazinha com aquela garota. Começo a andar e ela vem gritando atrás de mim. — Jules, o que você vai fazer? Pelo amor de Deus, não faça mais nenhuma besteira! — Ela tenta me persuadir, mas eu já estou decidida a acabar com isso. As fotos da Sarah Adams estão em todos os aparelhos telefônicos, exatamente como eu planejei, mas eu não contei com o fato do Edu decidir ficar grudado nela, prestando apoio. Vou até a sala da diretora, onde a sonsa está escondida e sou recebida com olhares de desgosto. — Como você pôde fazer isso? — O Edu aproximou-se, me segurando pelo braço, com força. — Que porra vo
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Encarando a culpa
Balancei minha cabeça, tentando parar as lembranças. Minhas pernas estão bambas e eu sinto meu corpo fraco, só não sei se pela ressaca ou pelo medo que tomou conta de mim neste momento. — Isso não está acontecendo, não pode acontecer — Repito as palavras, enquanto sinto as lágrimas escapando dos meus olhos. Tudo que eu lutei para enterrar esses anos todos, acabou de voltar e eu não tenho mais forças para continuar lutando. A dor na minha cabeça aumenta e eu tenho que me esforçar para me manter de pé. — Você é uma assassina! — Jules, você é um monstro! Assassina! — Quem deveria morrer é você, não ela! Monstro! Assassina! As palavras que eu ouvi, que eu li, que gritaram e picharam na frente da minha casa. Eu as ouço sendo gritadas no meu ouvido. A verdade é que elas nunca saíram da minha cabeça, eu sempre as ouvia nos meus pesadelos e quando eu fechava os olhos, em todas as minhas memórias, eu me vejo sendo chamada de assassina. A minha consciência grita isso o tempo todo, todos os
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Ela também sofreu
SAMUEL ADAMS As coisas saíram do controle. Eu sempre achei que tinha tudo sob controle, mas a verdade é que o Daniel tinha razão, eu não posso controlar tudo. Antes da Jules descer, eu recebi uma mensagem do Daniel avisando que o avião da Sarah já estava pousando e eu decidi que era hora de colocar as coisas às claras para a Jules. A Sarah e a minha mãe sempre souberam dos meus planos aqui no Brasil, minha mãe foi contra, mas a Sarah, apesar de não se importar tanto mais, também desejou isso. Eu sempre achei que a Jules nunca se arrependeu, que ela viveu bem depois de fugir das consequências do mal que causou. Fiz pesquisas, tenho um dossiê com todos os passos deles, mas hoje, aqui nesta sala, eu percebi que deixei algo passar, eu não vi tudo. Quando eu falei o antigo sobrenome dela, eu senti seu corpo mudar, a reação foi instantânea, seu coração disparou e seus músculos tencionaram. E a coisa toda só piorou depois que eu falei na Sarah, ela ficou em pânico, eu senti isso. É engr
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Conversa sincera (parte 1)
— Samuel, que surpresa! — A Janete disse ao me ver parado na porta, ela também parece confusa com minha visita repentina, isso significa que a Jules não está aqui. — Desculpe aparecer assim de repente… — Que isso, você é de casa — me interrompe — pode aparecer sempre que quiser, afinal somos uma família agora — disse, me fazendo entrar. — Aceita um café ou chá? A Maria acabou de fazer um bolo com um recheio dos deuses. — Não, obrigado.— A Jules não veio com você? — Questionou, olhando-me e parece preocupada. Então é isso, ela também não está aqui e pelo jeito nem apareceu. Olho no relógio e já são quase 18h, já está escurecendo e até agora nada de notícias, mesmo olhando nas câmeras de segurança do trânsito não conseguiram descobrir qual caminho ela tomou. Essa falta de informação está me deixando muito nervoso, com ódio, para ser mais exato, mas quando eu colocar as mãos na Jules, ela vai me pagar caro. Ah, se vai. — Então, a que devo a honra da visita? Não me diga que a Jules
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Conversa sincera (parte 2)
— É sempre assim, né! Vocês ricos, acham que tudo é questão de dinheiro. — Não foi só o dinheiro, a Jules também pagou a pena que a justiça determinou. — Hahaha — solto uma gargalhada, quando ouço sua resposta irritada — E você acha que pintar alguns muros e distribuir marmitex é o suficiente, enquanto a minha irmã quase morreu e ficou com sequelas pelo resto da vida? Eu acho que não. — E você acha que é só isso? — Questionou, encarando-me. O desespero e a preocupação nos seus olhos é visível. — Vocês se acham no direito de vir aqui e fazer toda essa cena, inventar um casamento e isso só porque acharam que a minha filha não sofreu também? Que ela não pagou o suficiente? Você não sabe de nada! Ela balança a cabeça de um lado para o outro e pega o telefone discando os números freneticamente. — Não adianta ligar para ela, ela não levou telefone. — Digo e ela joga o aparelho de lado, cobrindo o rosto com as mãos — Você não sabe onde ela pode estar? Um lugar que ela gosta de ir quand
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A verdade (parte 1)
Eu continuei de pé. Ela olha para mim e é diferente de todas as outras vezes em que nos encontramos, antes ela me olhava com admiração e esperança, mas agora, eu só vejo decepção e raiva. — Vocês acham, VOCÊ, acha que a minha filha teve uma vida confortável e tranquila depois de ter feito aquela merda toda, mas ela não teve. Samuel, eu não vou ser hipócrita e falar que a Jules sofreu tanto quanto a sua irmã, eu sei que as dores não podem ser comparadas, mas isso não significa que minha filha não tenha sofrido. — Ela respira fundo e depois continua: — depois do julgamento, aquele que você participou, a Jules foi condenada, juntamente com as amigas, mas como você bem sabe, a Jules pegou a pena mais pesada…— Pesada, seeei... — a interrompi, sarcástico. — Tudo bem você não concordar com a decisão da justiça, se fosse eu no seu lugar também acharia qualquer penalidade pouco demais, mas essa é a lei, foi assim que o juiz decidiu. Continuando… depois do julgamento a Jules foi prestar os s
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