Todos os capítulos do Penitências no Altar: Capítulo 11 - Capítulo 20
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11 - Camilla Coppola
Camilla CoppolaCaminhar pelos corredores do hotel estava me dando uma sensação estranha é como se meu corpo sentisse que estava indo para a morte. Tudo dentro de mim, estava em um estado de alerta e desejava que fugisse dali.Que eu fosse para qualquer lugar, mas que não ficasse perto do meu pai. Tenho certeza que ele me fará pagar por minha escolha de uma forma que não gostarei.Fecho os olhos entrando no elevador sentindo a mão de Letícia apertando os meus dedos, sei muito bem que assim que chegarmos em casa, minha convivência com ela será diminuída, Denaro não permitirá que ela fique ao meu lado acalentando a dor que sentirei.Quando o elevador chega ao térreo, puxo o capuz sobre a cabeça e escondo os hematomas em meu rosto com óculos escuros.— Tenta ficar calada, não discuta com o papai… — Ouço minha irmã dizendo.— Lê, não é preciso dizer qualquer coisa para que ele me puna! — Digo caminhando ao lado dela e vendo os soldados que nos aguardavam nos acompanhando.— Tenho certeza
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12 - Camilla Coppola
Camilla CoppolaSe minha irmã está disposta a me ajudar, talvez consiga sua ajuda para avisar ao Ben que estou indo embora e contar a ele o que aconteceu agora pela manhã. Respiro fundo quando começo a sentir o meu corpo reagindo com as lembranças eróticas pelo meu breve encontro com o Bispo, que ficarão para sempre dentro de mim.Observo o rosto de minha irmã e a vejo negar com a cabeça.— Esqueça o que aconteceu, não se aproxime desse homem ou fará com que o nosso pai o persiga… — Olho para Fabrizio e nosso motoristas que se mantém calados.Mas sei que, o que a minha irmã está dizendo é apenas, para nenhuma vida ser retirada pelo erro que causei.— Ele precisa saber que não estou mais aqui! — Insisto.Observo Fabrizio ficar tenso e ele tenta não virar em minha direção.— Por que essa necessidade? — Ele pergunta e decido confiar nas pessoas dentro deste carro.— Ele me pediu dois dias, disse que faria o impossível para me tirar dessa aliança de casamento! — Falo com um sorriso e olho
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13 - Benjamin Scott
Benjamin ScottAinda com os olhos na mão daquele desavisado em meu corpo, dou um passo a frente empurrando ele contra a parede. Posso não ter passado por todo o treinamento que um garoto na máfia deveria passar. Muito menos ter a minha inicialização. Mas tenho força o suficiente para derrubar esse homem a minha frente.Porém, sei me impor e não será um soldado de patente bem baixa que me impedirá de conseguir subir até esse camarote e ter a conversa que preciso para proteger a minha diabinha.— Se ficar na minha frente, eu mesmo irei puni-lo apenas por estar me tocando! — Digo sentindo uma raiva nascendo dentro de mim.Algo que me surpreende, uma vez que sou doutrinado pela igreja desde os meus nove anos, ou seja, por trinta anos vivo recebendo ensinamentos cristãos de amor ao próximo e controlar o desejo de fazer o mal.Esse sentimento de raiva é algo que está começando a me incomodar e tenho a sensação que tudo começou no momento que aquela diabinha entrou em meu gabinete, ela despe
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14 - Benjamim Scott
Benjamim ScottO barman se aproxima e nos serve outra dose e entrega um novo copo para meu tio que ainda estava com os olhos fixos em mim, não sabia como iniciar essa conversa com ele, como contar que levei a filha de um dos mafiosos que estava na festa para cama.— Me diz que isso é apenas atração e que você não levou essa menina para a cama! — A voz dele estava baixa.Mas podia notar a sua preocupação, sei bem o quanto é ariscado para uma filha da máfia perder a sua virgindade quando está de compromisso com outro homem. E pelo que Camilla disse acredito que o homem que está com o seu nome atrelado a ela é um russo, o pior de todos.— Queria muito poder confirmar isso, mas sou homem o suficiente para dizer que a tomei para mim, e que a desejo… — Digo, mesmo lembrando que ainda tenho uma missão.— Com a morte de Antony acredito que você seja o próximo a assumir a Sanctus Justitia? — Meu tio pergunta e suspiro.A Santa Justiça, traduzindo o nome do latim é uma organização secreta que e
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15 - Camilla Coppola
Camilla CoppolaOuvir o meu próprio pai me entregando para outro homem, que vai me torturar até a morte me deixa em desespero e ansiando apenas que o plano de minha irmã e Fabrizio dê certo.Mais nesse momento a única coisa que tinha a minha atenção é por estar chateada em não poder me despedir de Benjamin, em pedir perdão dele mais uma vez por fazer com que ele quebrasse os seus votos. Agi em meio ao meu desespero e acabei fazendo o pobre homem romper com as suas crenças e seus votos perpétuos.Com o meu pai sentado de frente para mim, abaixo o meu olhar para minhas mãos. Não desejo ficar olhando para ele durante toda a viagem, então viro em direção à janela e observo a aeronave se preparando para decolar. Podia agora, estar feliz assim como a minha irmã que está ansiosa por seu casamento, mas estou me sinto como se estivesse numa caixa que será entregue para o monstro que habita os meus mais terríveis pesadelos.Sentia o meu coração trepidar dentro do meu peito, pelo desespero de sa
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16 - Camilla Coppola
Camilla CoppolaUma viagem longa como foi o retorno para Roma, faz com que meus pensamentos vagasse por todas as escolhas que fiz nos últimos dias. Mesmo meu pai errado como estava, talvez tivesse sido melhor morrer pelas mãos de Oleg durante uma tortura. Acredito que ele me matará lentamente caso ele realmente consiga colocar suas mãos em mim.Estava cansada e finalmente consegui pegar no sono algumas horas depois que levantamos voo. Meu corpo começou a relaxar e podia literalmente sentir o cheiro de Ben perto de mim.— A protegerei de tudo o que for necessário! — Ele diz segurando a minha mão.Não consigo reconhecer o lugar onde estávamos, mas era um lugar bonito e acredito estarmos em alguma igreja. Benjamin estava com uma roupa diferente da sua batina preta que vi quando o conheci.— Onde está me levando? — Pergunto quando ele puxa um livro da estante.E como em alguns filmes que já assisti, vejo a estante trepidar. Olho para o Bispo confusa e ele se aproxima para beijar os meus l
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17 - Benjamin Scott
Benjamin ScottConsigo sair do carro com certa dificuldade, ouço o meu tio murmurando alguma coisa sobre se tivesse voltado para casa, quando o Fritz foi morto pela própria esposa, não seria fraco para bebida.Quando já estou fora do carro sinto uma tontura, mas me apoio na porta, que estava aberta ainda.— Vamos subir, tenho certeza que assim que deitar no sofá apagará! — Meu tio diz.Quando dou um passo a frente percebo que realmente não tenho condições de chegar até a casa paroquial, pelo menos não hoje. Eles perceberão que fiz alguma merda tão grande, que precisei encher a cara para esquecer.Mas a verdade, é que bebi por estar me sentindo como se minhas mãos estivessem atadas. Algo faz com que meus pensamentos imaginem que aquele homem deve querer alguma coisa dos russos, por isso sentenciou a filha a essa união.Meu tio se põe ao meu lado e passa o meu braço por seu pescoço e me ajuda a entrar no hotel. E quando olho para a fachada sorrio.— Minha diabinha está nesse hotel, me l
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18 - Benjamin Scott 
Benjamin Scott Saber que sou o responsável por Camilla estar machucada e pior ainda, ter acelerado a sua volta para Roma, faz com que me sinta péssimo.Victor e Oliver ficam o tempo todo ao meu lado enquanto observo minha diabinha entrando no carro que estava levando-a para longe de mim. E mesmo de longe posso ver o miserável do homem que se diz pai da minha garota no carro da frente.Sinto a raiva que não sou acostumado a sentir me dominar e o desejo de resgatar a diabinha que me enfeitiçou fervilhar em meu ser. Dou alguns passos a frente e sou impedido de ir mais adiante por meu tio que põe a mão em meu ombro novamente. Bufo irritado e ouço a sua voz soar baixa, mas mesmo assim tinha autoridade.— Não, não inicie algo que não vá terminar! — Mesmo frustrado, sei que meu tio tem razão.— Preciso de outra roupa! — Digo pensando no encontro com o Carter.— Vá para a Catedral, se troque que me encontrarei com você lá! — Meu tio diz.Penso um pouco e é melhor assim, um pouco de tempo ser
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19 - Camilla Coppola
Camilla CoppolaA mansão da família estava silenciosa, via que todos os soldados estavam me olhando com pena enquanto meu pai dava as novas regras da casa, onde ele dizia a todos olhando para mim.— Essa garota é apenas um peso, a partir de hoje ela não tem mais o meu sobrenome, ele está morta a partir de hoje para todos vocês, não a quero circulando pela mansão e aconselho ficar reclusa no porão até que a envie para Oleg! — Mantenho a cabeça erguida, sem temer nenhuma retaliação.Na verdade, anseio que ele me bata o suficiente para me matar, assim não será necessário partir para Rússia e viver uma vida de merda ao lado daquele monstro. Quando Denaro se afasta meu olhar vai para Letícia e vejo a marca avermelhada na maçã do seu rosto me sentindo culpada.— Fica quieta! — Ela diz mexendo apenas os lábios.Meu olhar também vai para Andreia e Fabrizio, sei que eles vão encontrar uma forma para me tirar daqui, ainda não sei como será. Mas tenho certeza que tudo dará certo.Depois de toda
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20 - Camilla Coppola
Camilla CoppolaMeu olhar estava cravado no de Letícia e a ouvir que para poder ter a minha liberdade era preciso que Camilla Coppola morresse sinto o meu corpo estremecer. Sabia que aquilo significava que precisaria de um nome novo, uma vida nova e quem sabe…A minha nova vida começasse em uma nova cidade, talvez me mudar para Nova York e frequentar uma certa igreja.— Você está com o meu telefone? — Pergunto lembrando que Ben pode ter entrado em contato comigo.— Sim, mas preciso que confie em mim… — Leticia diz e vejo um sorriso brotar no rosto de minha irmã.O mesmo sorriso de quando ela estava aprontando alguma coisa e eu sempre me dava mal nas suas armações.— Mesmo quando ficava de castigo, sempre confiei em você! — Digo e a puxo para um abraço.— Vamos que você ainda tem Oleg para enfrentar e me desculpe dizer isso, mas ainda bem que está com esses hematomas pelo rosto… — Ela toca em meu rosto e sinto dor quando ela toca em minha bochecha. — Vai servir como álibi.Com tudo arr
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