A chegada ao hospital é apressada. O carro para bruscamente, os freios guinchando, e Asher já desce gritando ordens para os enfermeiros de plantão. O pronto-socorro parece uma cena caótica, um misto de luzes fluorescentes brancas e o cheiro pungente de antisséptico que se mistura com o aroma metálico de sangue ainda fresco. Minhas pernas quase não respondem ao sair do carro, como se o peso de Aria em meus braços tivesse o dobro, o triplo do que realmente é. Seus batimentos cardíacos, que consigo ouvir com minha audição aguçada, estão fracos, muito fracos, um tamborilar quase imperceptível que me corrói por dentro.Cada segundo parece uma eternidade enquanto a coloco sobre a maca. O desespero escorre pelas minhas veias junto ao som da voz dos enfermeiros que, ofegantes, fazem perguntas que mal consigo responder. "Ela foi envenenada com Icor Noturno," expli
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