AvaAinda não tinha estado tão animado com o nosso bebê, que se esquecia de tudo o resto. Bem, depois de tudo que ele passou, eu até fico feliz por isso. É um homem que jamais pensei que encontraria. Ele fica entre o super protetor e o carinhoso que quer cuidar de mim a todo custo. Isso era bom. Eu nunca encontrei alguém que pensasse dessa forma, que agisse e que me amasse da forma como ele me ama. Confesso que sinto um pouco de culpa por estar tramando pelas suas costas. Mas não era contra ele. Eu só queria ajudá-lo. E Dante não estava me ouvindo. Tudo em que ele pensava era em me proteger. E apesar de eu gostar disso, acho que ele esqueceu que foi eu quem começou com tudo isso. Que eu quase consegui derrotar Logan. E que ele só não me venceu. Eu só não venci por causa de alguém que atrapalhou os nossos planos.Mas isso são águas passadas. No momento, eu quero focar no futuro, no meu plano e no meu bebê. E para isso, eu tinha que usar minha arte manhã, assim como eu fiz com os outros

PovAva estacionou o carro em uma rua deserta, o motor ainda roncando suavemente enquanto ela respirava fundo, tentando acalmar o turbilhão de emoções dentro de si. Estava prestes a fazer algo que jamais imaginou, mas a verdade era que não tinha outra escolha. A cada passo em direção ao prédio abandonado, ela sentia o peso do que estava por vir, mas a raiva dentro dela a impulsionava.Ela se esgueirou pela entrada lateral, onde o concreto estava rachado e a vegetação começava a tomar conta, como se a própria natureza estivesse tentando esconder o que ali se passava. A atmosfera densa e o silêncio absoluto apenas aumentavam a tensão, o ar parecia pesado, carregado de expectativas e incertezas.No último andar, Jacob a aguardava, a silhueta dele se destacando contra a fraca luz que entrava pelas janelas sujas. Assim que Ava o avistou, algo dentro dela pareceu relaxar um pouco, mesmo sabendo que estavam prestes a fazer algo extremamente perigoso. Jacob, com seu olhar penetrante e postura

AvaEu sabia que ele iria surtar, como sempre fazia, quando as coisas não saiam como o planejado, ou que ele mesmo tenha dito para fazer.Amo Dante, nossa história começou meio deturpada, porém, eu realmente o amava, contudo, esse seu temperamento e falta de cresça em mim, me chateava, apesar de entender o seu ponto.O homem respirava pesadamente, andando até seu minibar, no canto da parede. Apenas o observei com os olhos. Sabia que ele iria estourar a qualquer momento, e isso iria me chatear, me levando a desejar o matar.- Posso começar? – Foi quase um deboche, pois estava com sono e cansada, e lidar com os chiliques dele me desgastava. – Ou ainda....- Espero que tenha uma história muito boa, caso contrário...- Você vai surtar e vamos brigar. – Completei, cruzando os braços. Dante, que havia pegado um dos seus whisky favoritos, levantou seu olhar, ainda com a cabeça baixa, e vi seus olhos, que estavam vermelhos de raiva. – Não é o que quero.- Não é o que parece. – Falou entre os

PovAva olhou pela janela do carro enquanto o ronco suave do motor cortava o silêncio. As ruas da cidade estavam desertas, exceto por alguns poucos transeuntes que observavam com curiosidade e medo a frota de carros escuros que seguia em direção ao sul. O caos havia sido instaurado ali desde a morte de Logan, seu pai. Ele, que havia comandado o lado sul com mãos de ferro, agora jazia morto, vítima da própria filha. Uma estratégia que Ava arquitetou para proteger sua família, seu futuro filho, e a si mesma. O poder que Logan exercia era grande, mas sua instabilidade o tornara perigoso demais para ser ignorado.Ela passou a mão pelo ventre, sentindo o bebê se mexer levemente. Era um lembrete de que tudo o que estava fazendo era por ele, mas também um alerta de que qualquer erro poderia custar caro. Mesmo assim, Ava não podia fraquejar. Não agora. O sul da cidade estava à beira de um colapso, e ela sabia que precisava agir rapidamente para consolidar seu controle antes que outros tentass

Dante mal podia acreditar no que estava acontecendo. Um minuto antes, a fúria corria em suas veias, alimentada pela confusão e pelas sombras do passado. Mas assim que Ava disse que o bebê estava prestes a nascer, tudo mudou. Era como se uma chave invisível tivesse sido virada dentro dele. O caos deu lugar a uma urgência diferente, uma que trazia uma sensação mais pura, quase paralisante: o nascimento de seu primogênito. Ela, no entanto, estava calma. Ava sempre sabia como controlar seus sentimentos. Era impressionante o quanto ela conseguia manter a serenidade, até mesmo diante da dor e da pressão das contrações. Ela sabia que se deixasse o nervosismo dominar, o processo poderia acelerar demais, então se manteve firme. Ava, como sempre, assumiu o comando, e Dante, embora confuso, aceitou as ordens sem questionar. "Pegue o carro", ela disse, sua voz firme, mas tranquila. Sem hesitar, ele exigiu o melhor carro blindado da casa. Estava chovendo forte, e as gotas caíam pesadas em sua c