Na verdade, no momento em que Daniel dirigiu o carro em sua direção, Ângelo já havia percebido o perigo iminente. Com um movimento rápido, ele empurrou Vitória para longe. Ele poderia ter se esquivado completamente, mas, por um breve momento, seus olhos brilharam e, deliberadamente, hesitou por alguns segundos. Foi então que o carro o atingiu, lançando seu corpo para longe. — Ângelo? Vitória, empurrada para frente, deu alguns passos antes de conseguir se equilibrar. Quando se virou, viu Ângelo caído no chão. Ao ver o que acontecera, o olhar de Daniel se encheu de fúria. — Eu vou te matar, eu vou te matar! — Ele murmurava repetidamente, como se estivesse em um transe. O rosto de Sophia estava pálido. Ela estava ao lado de Daniel havia cinco anos, e o conhecia como ninguém. Daniel sempre fora um prodígio, alguém que, com seu status, conseguia tudo o que queria sem esforço. Até então, parecia indiferente a quase tudo, exceto ao instituto de pesquisa que tanto prezava.
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