POV: ARCHEREu estava sentado naquela poltrona dura, sentindo o peso do mundo nas minhas costas, enquanto olhava para o corpo frágil de Avril estendido na cama. Seus cabelos estavam desarrumados, espalhados sobre o travesseiro, e seu rosto, pálido, contrastava com os lençóis brancos do hospital. A sala estava quieta, exceto pelo leve bip do monitor cardíaco ao lado da cama, que era a única coisa que me dava a certeza de que ela ainda estava ali, lutando.As últimas horas tinham sido um pesadelo. Primeiro, a morte da mãe dela. Eu vi o desespero nos olhos de Avril quando ela segurou o corpo inerte da mãe, pedindo para ela voltar. Depois, o sangramento, o parto prematuro, e a tensão insuportável de esperar por notícias. Nosso filho havia nascido, mas estava na UTI neonatal, lutando pela vida. E agora, era a vez de Avril lutar.Ela estava imóvel há horas, e cada minuto que passava sem que ela acordasse me corroía por dentro. Eu já havia perdido muito, mas a ideia de perder Avril era insup
Ler mais