— Lídia, sou eu, Zelda! — Zelda correu para ela, sem conseguir conter a emoção, e a abraçou com força.— Se... Senhorita? — Lídia demorou alguns segundos para reconhecer, mas, quando teve certeza, seus olhos se encheram de lágrimas. — Senhorita, eu estou suja! Não faça isso, vai acabar sujando sua roupa! — disse, preocupada, tentando afastar Zelda.Mas Zelda não a soltou. Abraçou-a com ainda mais firmeza, como se aquele gesto pudesse apagar o tempo e o sofrimento. Depois de um longo momento, Zelda finalmente ergueu a cabeça, observando como os anos haviam castigado Lídia. A dor em seu peito se intensificou ao ver o quanto ela havia envelhecido.— Vamos entrar e conversar. — Lídia, carinhosa, segurou a mão de Zelda e a conduziu para dentro.A casa, apesar de limpa, estava abarrotada de garrafas e outros itens que Lídia recolhia para sobreviver, o que deixava o ambiente desorganizado.— Lídia, o que aconteceu? Por que você saiu da casa dos Montenegro? — Zelda perguntou, com uma voz mi
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