Dois dias antes de Giovanna ser encontrada, um homem jogava todos os objetos contra o chão de um hotel cinco estrelas de Florença. Romeo estava com muita raiva por seu plano ter sido frustrado outra vez. — Mas que merda! — Gritou tanto que o rosto ficou vermelho. Patrick só tinha que levar a garota até a casa onde combinaram, mas ele simplesmente desapareceu sem dar nenhuma notícia. Na verdade, o jovem britânico passou tanto tempo conversando pelas redes sociais com Giovanna que acabou se afeiçoando à bela modelo. Tudo ficou mais intenso quando ele a conheceu. Ao invés de levá-la ao local combinado, desviou a rota e ficou navegando no Iate S 10 da Azimut enquanto aproveitava o conforto e tecnologia no mar na companhia de Gio. — Você não parece que tem 18 anos… — Patrick sussurrou quando viu os cabelos longos de Giovanna voando a favor do vento. — Todos falam que tenho 16. — Gio sorriu. Ele ficou sério de repente. — É brincadeira. — Mentiu para tranquilizá-lo. — Não vamos para a

Dois dias antes de Bryan partir para Milão, Bella teve uma longa noite. Cochilou por mais algumas horas e, quando despertou por volta das cinco da manhã, desistiu de tentar dormir. Antes de realizar a sua assepsia matinal, ela fitou a garota refletida no espelho do banheiro. Estava bastante pálida e com bolsas em torno dos olhos. Suas bochechas não tinham mais o tom que lhe dava um aspecto saudável. Emudecida, ela terminou de escovar os dentes, penteou os cabelos e prendeu as mechas longas num coque mal feito. Após colocar um vestido de manga curta, com caimento um pouco mais solto na cintura, ela continuava esperando a ligação de Bryan. Mesmo depois de deixá-la sozinha após transar, ela ainda esperava que, ao menos, ele tivesse a consideração de enviar uma mensagem dizendo que chegou a Milão. A manhã se arrastava na dolorosa espera pelo toque da chamada ou da mensagem enviada para o celular. O silêncio era opressor, e a sensação de impotência ficava cada vez mais angustiante. Cans

O silêncio entre eles se alastrava no quarto. Bella sentia o peito arfar enquanto os olhos permaneciam cravados no homem, que, por sua vez, continuava sentado rigidamente à sua frente.A luz do abajur ressaltava o rosto abatido de Bryan, deixando evidente as noites que passou em claro durante a busca por sua irmã caçula, mas Bella não se permitia sentir compaixão. “Sem dúvida, ele dormiu mal enquanto estava passando noites trepando com a amante”, pensou, amargando a ideia como veneno.— O que está fazendo com o meu celular? — O tom agudo de Bella quebrou a quietude. — Não quero que mexa nas minhas coisas! — As palavras escaparam em tom de reprimenda.Bryan ergueu o rosto devagar, a exaustão estava tornando sua expressão mais sombria. — Podia ao menos ter respondido à porra das mensagens que te enviei. — A mão dele fechava-se ao redor do celular como se quisesse esmagar a frieza daquele objeto.Bella arqueou as sobrancelhas enquanto os lábios se curvavam num sorriso amargo.— Não quer

Perturbado com a revelação de Bella, ele se recusou a sair do quarto. Só conseguia pensar no dia em que ela chegou em sua mansão na Espanha e em como ela estava assolada pela violência que sofreu do ex-noivo. — Por que não me contou o que aquele maledetto fez? — Ele vociferou. — Porque você viu as fotos que Romeo publicou na internet e surtou. Não me deu qualquer chance de explicar, e desapareceu depois que transamos. — Foi por isso que você fugiu? — Eu só queria sumir do mapa! Estava me esforçando para esquecer tudo o que aconteceu. Juro que tentei deixar tudo para trás, como você sempre faz. Passando a mão pelos cabelos escuros, Bryan bagunçou ainda mais os fios desalinhados. O peito inflava e abaixava com as respirações irregulares. — Vou matar aquele stronzo. — Faz o que quiser, mas me deixa em paz. Afastando-se da porta, ele suprimiu a raiva. Voltou para a cama, onde se esticou sobre os lençóis amassados. — Você sabe que eu… — ele hesitou por alguns segundos. Passou

A sala de refeições da casa luxuosa estava envolta em um silêncio inquietante. As pétalas frescas das rosas-vermelhas contrastavam com a palidez de seu rosto. As suas mãos estavam trêmulas conforme os dedos apertavam o caule das flores. Por sua vez, ele sentiu a indignação crescer dentro de si. Nunca foi colocado em uma posição tão humilhante. Era como se suas intenções não fossem nada mais que pedaços de um jogo cruel em que ele não tinha controle.— Está falando sério? — Franzindo o rosto, ele indagou.— Se quiser o meu perdão, então, fique de joelhos! — Ela repetiu a ordem.Dentro dele, a revolta cresceu como uma chama que ameaçava consumir sua razão.— Quer me humilhar diante dos meus funcionários, ãh? — O rosto masculino estava ficando mais avermelhado com a fúria crescente.Impassível, Bella olhou para as pétalas das rosas com uma expressão que beirava a indiferença. Com um gesto seco, ela sinalizou para uma das funcionárias, que se aproximou.— Jogue esse buquê de flores no li