Após uma breve comoção, o silêncio voltou a reinar na sala, e Andriel aproveitou para continuar sua fala. Se eles achavam que podiam dizer o que quisessem, também teriam que ouvir o que ele tinha a dizer.— Meu primo está morto, assim como minha mãe. Ambos conspiraram para matar meu companheiro e a companheira do meu irmão. Além desse plano sórdido, ele queria me matar e a Brian, para ficar com o trono. E me pergunto quantos de vocês podem estar envolvidos nesse plano.— Acha mesmo que seríamos capazes de algo assim contra o senhor? — indagou o homem, com uma indignação forçada.— Não tenho dúvidas! — exclamou Andriel, sua voz calma, mas cheia de convicção. — Vocês nem esperaram que eu me despedisse da minha mãe e já estavam me pressionando, como se estivessem com pressa de me destronar. E ainda acham que eu não deveria desconfiar de vocês?O homem engoliu em seco e baixou o olhar, hesitante. Antes que o silêncio se prolongasse, outra figura se dirigiu ao centro da sala. Um novo conse

Andriel caminhou em direção a Taylor, que o encarava, paralisado. Mesmo de canto de olho, Andriel percebeu algumas expressões ao redor, indicando que alguns apreciavam a cena de sua reprimenda. Ao se aproximar, ele intensificou seu cheiro, envolvendo seu companheiro agitado em uma sensação de conforto.— Você precisa aprender a confiar em mim e nos meus sentimentos — afirmou Andriel, sua voz firme, antes de levar a mão ao rosto de Taylor e puxá-lo para um beijo.As reações dos presentes variavam; alguns começaram a murmurar, indignados, enquanto outros se divertiam com a cena. Lawrence, que estava atrás de Taylor, desviou o olhar, constrangido.Quando Andriel encerrou o beijo, esboçou um leve sorriso, enquanto Taylor ainda o olhava, confuso. Andriel entrelaçou seus dedos nos de Taylor e começou a guiá-lo até o local onde estava sentado antes. Ele pediu que Taylor se sentasse na cadeira ao lado da sua. Para aqueles já indignados com o beijo, essa atitude foi uma afronta ainda maior.—

Andriel interrompeu o beijo abruptamente, virando Taylor contra a parede com firmeza. Com uma habilidade quase automática, Andriel deslizou o cinto das calças, prendendo os pulsos de Taylor com ele, apertando-os sem piedade. Em seguida, virou Taylor de frente, segurou seu queixo com determinação e aproximou-se, mas não deixou que seus lábios se tocassem.Um sorriso provocativo curvou os lábios de Andriel enquanto ele se afastava, puxando Taylor pela camisa e o guiando até a poltrona no centro da sala. Taylor foi colocado ali, suas mãos amarradas nas costas, enquanto seus olhos brilhavam de expectativa ao fixarem-se em Andriel.— Vai me dizer como serei punido? — perguntou Taylor, mordendo o lábio inferior, seu tom carregado de antecipação.Andriel manteve o silêncio, seu olhar cravado em Taylor, cheio de intenções não reveladas. Com movimentos calculados, afrouxou a gravata e a retirou lentamente, saboreando cada segundo. Ainda em pé diante de Taylor, Andriel tirou um lenço do bolso c

Taylor relaxou o corpo, indicando que não resistiria e se comportaria, o que fez com que Andriel finalmente o soltasse. Sem dizer nada ou olhar para trás, Taylor abriu a porta e saiu. Embora compreendesse a necessidade do castigo, a frustração de ter seu prazer negado por Andriel ainda o incomodava.Os dois deixaram o local e seguiram diretamente para a casa de Andriel. Durante o trajeto, Taylor permaneceu em silêncio, enquanto Andriel atendia algumas ligações. Andriel olhou para ele algumas vezes, notando sua chateação. Apesar do amor que sentia por Taylor, sabia que era necessário que ele entendesse que havia regras a serem seguidas e que todos estavam atentos a eles.Ao chegarem, perceberam uma certa movimentação na casa. Hugo explicou que estavam preparando o quarto do bebê, onde antes Taylor havia ficado. Ao receber a informação, os dois subiram para verificar o progresso. As coisas de Taylor já haviam sido transferidas para o quarto de Andriel, e, após algumas mudanças, o espaço

Taylor fez como Andriel pediu. Não vestiu nada, permanecendo na cama, ainda enrolado na toalha, à espera dele. A espera não foi longa, e logo Andriel apareceu, usando um roupão e secando o cabelo com uma toalha. Quando seus olhares se encontraram, o desejo entre eles era palpável.— Esperei bastante — falou Taylor, com um sorriso malicioso. — Estou ansioso para receber minha recompensa. Você disse que fui um bom garoto.Andriel deixou a toalha de lado, começando a engatinhar sobre a cama em direção a Taylor. Seu olhar, felino e cheio de desejo, revelava a excitação em recompensar o companheiro.— Sim, você foi um bom garoto. E vou garantir que sua recompensa esteja à altura — murmurou Andriel ao se aproximar, beijando suavemente o pé de Taylor.Aquele gesto foi suficiente para incendiar o corpo de Taylor, que sorriu enquanto observava Andriel subir com os beijos ao longo de seu tornozelo. Andriel continuou, subindo lentamente, seu olhar ocasionalmente encontrando o de Taylor, aprecian

Os dois fizeram amor por mais algum tempo após a primeira vez. Depois, Andriel se deitou sobre o peito de Taylor, e ambos ficaram em silêncio, apreciando o momento juntos. Taylor acariciava os cabelos de Andriel, enquanto pensamentos nebulosos permeavam sua mente.— Você está muito calado. No que tanto pensa? — perguntou Andriel, curioso.— Na cerimônia. Acha que eles vão aceitar? Você viu como reagiram na reunião. — Taylor revelou sua preocupação.Andriel se ajeitou na cama, apoiando-se nos cotovelos, e olhou firme para Taylor.— Sei que muitos ainda resistem, mas também deixei claro que não permitirei mais interferências. Se estivermos apenas nós dois durante o ritual, para mim já será válido. O que eu quero é oficializar e fortalecer nossa ligação, nossa união.Taylor percebeu a determinação em Andriel. O fato de que ele estava decidido a seguir em frente com o ritual, sem esconder a relação dos dois, encheu-o de alegria.— Quando pretende fazer o ritual? — perguntou Taylor, deixan

A noite caiu, e o ápice do luar se aproximava. A floresta ao redor da casa de Andriel seria o cenário perfeito para a cerimônia. Ambos já estavam prontos, vestiram-se juntos no quarto, sem surpresas quanto aos trajes, já que haviam escolhido usar o mesmo estilo.— Achei que você não pudesse ficar mais gostoso do que já é, mas vendo você assim, vestido desse jeito, percebo que estava enganado — elogiou Andriel, puxando Taylor pela cintura.— Então você me acha mais irresistível com roupa? Achei que preferisse sem — provocou Taylor, com um sorriso brincalhão.— Bom... confesso que sem roupa você me deixa louco — admitiu Andriel, antes de beijá-lo apaixonadamente.— Se continuar assim, vamos acabar nos atrasando para a nossa própria cerimônia. Você acabou de me ver sem roupa no banho, e ainda fizemos amor debaixo do chuveiro. Acho que podemos esperar até o casamento acabar, não acha? — disse Taylor, ajustando a gravata de Andriel com um toque carinhoso.Andriel suspirou, fingindo descont

O sinal foi dado, e todos tomaram suas posições. Brian já aguardava no altar, ansioso pela chegada de Stella, enquanto Andriel e Taylor entravam juntos, de mãos dadas. Embora, na hierarquia, Andriel estivesse acima de Taylor, caminhar ao lado dele era uma demonstração clara de que não o via como inferior. Para Andriel, Taylor era seu igual, e ele desejava que fossem vistos assim por todos; não apenas como um casal, mas também como governantes.Chegando ao altar, ambos se posicionaram lado a lado, voltando-se para prestigiar a entrada de Stella. À medida que ela atravessava o corredor iluminado pelas chamas das tochas, o sorriso de Brian se alargava. Seu coração batia mais rápido, e seu lobo interior uivava em êxtase. Para ele, Stella parecia mais incrível e radiante do que jamais vira.O vestido de Stella era simples, mas elegante. Ajustado ao corpo até os joelhos, ele se expandia suavemente na parte inferior, com uma longa cauda que se arrastava pela grama, coberta de pétalas de rosa

A caçada foi rápida, e logo os quatro já estavam de volta, juntando-se à festa. Malcom, o pequeno, roubava a atenção de todos, encantando os convidados enquanto dormia tranquilamente em seu carrinho. Jade, sempre atenta, mantinha os olhos tanto no bebê quanto na festa, pois não queria perder nenhum detalhe da comemoração.Stella, por sua vez, recebia diversos elogios pela impecável organização do evento, o que a deixava genuinamente feliz. No entanto, algumas pessoas ainda mencionavam Perla, comparando como as festas eram organizadas no passado e comentando com pesar sobre como ela teria ficado feliz em um momento como aquele.A repetição dos comentários sobre Perla começou a incomodar Stella. Aqueles que falavam pareciam se esquecer de tudo o que acontecera. Decidida a impor sua opinião, Stella ergueu a voz, com firmeza:— Sinceramente, não acho que Perla se sentiria nem orgulhosa, nem satisfeita com este acontecimento. Afinal, ela era contra minha união com seu filho e nunca aceitou