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Roberta:Chegamos em minha casa e descansamos, tudo que estava acontecendo, me tomou muita energia.— Você está bem?-pergunta gentil.— Sim, só cansada, minha cabeça parece que vai explodir.— Para de se preocupar demais, tudo já deu certo.— Se algo acontecer com eles, jamais irei me perdoar, principalmente se acontecer com a Margarida.— Todos que trabalham com você, sabe o risco.— Mas eu insisti para ela conseguir a prova que vai te dar a liberdade, não liguei para o medo que a mesma sentia.— Mas você não a obrigou, ela podia ter dito não e não ir, mas ela foi, ou por lealdade, ou pelo dinheiro que iria receber. Não é culpa sua.— Eu preciso dar um jeito nisso tudo… mesmo que não seja minha culpa, me sinto responsável pelo que está acontecendo.— Ela viu o Lauri?.— Não.— Então não pode ser ele, pode ser coisas da cabeça dela.— Você mesmo disse que ele é esperto, acha que não desconfiaria dela?, ou que talvez já não estivesse a vigiando?.— É, ele não é burro.— Então. E o pior
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Roberta:Acordo e vejo o Vini com uma bandeja de café da manhã nas mãos, ao me ver acordada, ele abre um belo sorriso, me sento e ele põe a bandeja na cama e se senta.— Bom dia-falo rouca.— Bom dia, amor da minha vida, dormiu bem?.— Sim e você?.— Bem. Seu celular não parava de tocar.— Onde está ele?.Pergunto assustada, devo estar muito atrasada.— Está na sua penteadeira, vou pegar.Ele levanta e pega para mim, que logo olho minhas mensagens e ligações perdidas.— Trabalho?.— Sim e tenho muito trabalho hoje.— Então coma, para não chegar atrasada e nem ficar com fome.— Tá bom.Comemos e a todo momento eu respondia a todos, hoje tinha até um áudio do médico da minha mãe, ele dizia que ela estava com saudades e tem passado mal.— Está há muito tempo sem a ver?.— Tem uns dias… minha vida está uma loucura.— Eu tenho o contato de uma mulher que é muito cuidadosa, era minha cozinheira, mas não só cozinha, também lava, passa, arruma casa, pode te ajudar aqui, o que acha?.— Não pos
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Roberta:No mesmo dia, depois que passa o momento de terror, que meus funcionários se vão e a polícia chega, fico ali explicando tudo que aconteceu e deixando eles trabalharem. Quando terminam, o pessoal da limpeza chega e limpa todo o local, além de consertar os vidros.No fim eu gastei bastante dinheiro para arrumarem tudo. Quando tudo termina, vou até meu amigo delegado.— Boa tarde, Roberta, tudo bem?-pergunta ele.— Dentro do possível.— Soube do que houve, imagino que esteja traumatizada, deve ter sido horrível.— Não estou traumatizada, só fico preocupada com meus funcionários.— Houve uma troca de tiros intensa, os vizinhos ligaram para emergência e depois teve mais uma ligação, disseram que viram um homem baleado, correndo e sangrando.— É...— Quem atirou nele?.— Meu detetive.— Talvez eles façam a balística e descubram que tinham mais de três armas no local.— Já sabe de tudo, não precisa tentar arrancar da minha boca.— Estranho não acha, ele está no local e ter o tirotei
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Roberta: — Diga-falo atenta. — É sobre o caso do Danilo, eu achei a Maria Cristina. — Então, o que descobriu?. — Que é uma mulher bem sucedida, está há quase nove meses tendo crises no casamento, não pode engravidar, seu marido trabalha muito e ela já tentou contra a própria vida duas vezes, uma no ano passado e outra no ano retrasado. — Achou só isso?. — Não, o Marido dela é policial e coincidentemente também foi um dos policiais que efetuou a prisão do Danilo. — Tenho que conversar com ela, talvez possa nos ajudar. — Espero que possa, pois não temos muita coisa, sem contar que, vamos ir contra um policial e vai ser nossa palavra de acusação, contra a palavra de um servidor da lei. — Verdade. Mas vamos conseguir ganhar o caso, ou eu não me chamo Roberta Albuquerque. — Desse jeito que gosto de ver, determinada-sorrimos e acabo me lembrando da Margarida. — E a Margarida, sabe como ela está?. — Está bem melhor, entrei em contato, disse que era a mando de você, que
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Vinícius:Estava olhando para a janela da minha sala e pensando na loucura que foi o hoje, saí achando que tudo seria paz, mas aí, o Lauri manda seus capangas para tentar matar a Roberta, se ele soubesse o quanto estava me deixando com raiva. Chamo o Steven para minha sala, eu queria algo grande, que desse muito prejuízo ao Lauri, ele estava mexendo com a mulher que eu amava, e não iria ficar em pune.— Boa noite, Vinícius-diz sério.— Boa noite, dormiu do lado errado da cama?-pergunto rindo.Eu sabia que ele já estava sentindo na pele a má escolha que fez, e a escolha, se refletia em suas roupas mal cuidadas. — Por que deu trabalho para Taísa?-questiona irritado. — Deu quanto para ela depois que se separou?. — Essa não é a resposta que quero. — Eu quero que me responda, porque eu sou o chefe nessa porra!. — Nada. Não dei nada para ela, com o tempo iríamos resolver o valor para eu mandar para as crianças. — E não mandaria dinheiro para ela?.— Não, sou algum otário?, estou sepa
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Roberta:Hoje é sexta e na hora do meu doce café da manhã, chegam duas mensagens, uma do Ernesto que dizia: "Retiro o que disse, ele é um imprudente e agora está nos atrapalhando" e logo em seguida, tinha uma foto de uma plantação toda em chamas. E a segunda, era do Vini, o mesmo pedia para nos encontrarmos mais tarde.Eu não entendi muito bem a mensagem do Ernesto e deixo para conversar no escritório, e digo ao Vini que podíamos nos ver depois do meu expediente.Logo terminei de comer e me arrumo, saio de casa, chego no escritório e estava um imenso burburinho no local.— Bom dia-sorrio gentil.— O que vai fazer em relação a seu cliente?-questiona a Júlia ríspida.— Mas o que ele fez que eu não estou sabendo.— Eu te mandei a foto-diz o Ernesto.— E o que tem essa foto?, tudo que vi foi uma plantação sendo queimada e os bombeiros tentando apagar o fogo.— Aquela é a plantação do Lauri.— E o que o Vinícius tem a ver com isso?.— Quem faria isso a não ser ele, Roberta?.— Se fosse par
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Vinícius:Vejo ela ir com o médico e assim que viro, a mãe dela está me encarando.— Quem é você?-pergunta séria.— Sou o cliente da Roberta.— E por que está aqui?.— Combinamos de almoçar hoje para conversar sobre o meu caso.— Você é rico?.— Vamos dizer que sim.— Trabalha em quê?.— Sou empresário.— É casado?.— Não.— Mas tem namorada?.— Em partes sim.— Entendi.Nos cálamos por minutos, então a Roberta volta e fomos para meu carro, abro a porta para elas e depois entro, apresento a Marluce e dirijo até sua casa.— Filha, como ele sabe onde moramos?.— É uma longa história.— Nossa, nem acredito que estou livre daquele hospício-diz me fazendo rir-, rir não menino, aquele lugar é horrível, tem mais loucos do que no manicômio.— Mãe-repreende leve.— Não estou mentindo. E vi como o médico ficou, ele não quer perder seu dinheiro.— Entendo ele.A mãe dela bufa e continuamos nosso caminho quietos, assim que chegamos, saímos do carro, entramos em seu quintal e caminhamos até a gran
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Roberta:Antes de dormir, mando mensagem para o Vini, então ele me liga segundos depois.Ligação:— Fala doutora, não aguentou a saudade?-ouço sua risada leve.— Só queria que me respondesse por mensagem.— Nem vi o que escreveu, estava doido para ouvir sua voz, então liguei de uma vez.— Me disse que descobriu o que queria, mas não me disse o que fez com os homens.— Isso importa?-questiona desanimado.— Muito. Preciso do depoimento de um deles, e precisam contar a verdade, se mandarem o Lauri para a prisão, ele não vai falar nada.— Mas já temos a prova de que ele foi o mandante.— Precisamos de mais uma prova inegável, quanto mais é melhor. Te prenderam não por uma prova, mas várias provas que te ligavam ao crime.— Ok, vou ver se consigo isso aí para você.— Preciso antes do julgamento, tá bom?.— Certo. Te vejo no julgamento então.— Nos vemos-sorrio.Ligação:Desligo e finalmente durmo.De manhã:Acordo com o despertador tocando, olho o horário e estava 10 minutos atrasada, leva
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Vinícius:Dia do julgamento e por mais que eu tivesse a certeza de ganharmos o caso, estava um pouco apreensivo e para piorar isso, aparece a Chayene.Fiquei assustado e até irritado com a aparição dela, não entendia o porquê de aparecer agora, sendo que sofri quando ela me deixou, me arrependi, pedi muito perdão e queria mudar tudo por ela, mas ela não quis saber, só sumiu. Claro, eu entendo que não fui a melhor pessoa do mundo e se sofri, sei que ela sofreu mais ainda.Saímos para o recesso, então minha ex vem, tenta me beijar e discutimos, até que percebo que a Roberta sumiu.— Está procurando o que, que não pode me olhar nos olhos e falar comigo?.— Minha advogada.— Logo ela aparece. Mas temos que conversar como adultos.— Você veio atrás de que Chayene?, é dinheiro que quer, eu te dou e você some da minha vida.— Claro que não, eu quero voltar para minha casa, para sua vida, nosso quarto.— Não existe mais sua casa, não existe nosso quarto e eu não te quero em minha vida mais.—
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Roberta:Volto para casa com os pensamentos longe, sei que ele pediu para que confiasse nele, mas como que confio de verdade em alguém, após ter passado tudo que passei. A verdade é que não conseguia e meus pensamentos falavam tantas coisas ruins, que eu ficava irritada.Chego em casa, falo com minha mãe e com a Marluce, a mesma já fazia o almoço e minha mãe conversava e ajudava cortando os legumes.Vou para meu quarto, tiro a roupa, ponho no cesto de roupas sujas, ligo a torneira da banheira e entro na mesma, fico ali deitada e com os olhos fechados, vou sentindo a água ir subindo aos poucos.Inspiro fundo e expiro pela boca, fiz isso por algumas vezes até me sentir mais calma, então tentei não pensar nele e na ex. Tomo meu banho, depois vou almoçar.— Marluce, hoje vou ter que sair, teria como ficar com minha mãe?.— Fico, sim, sem problemas.— Obrigada.Sorrio e depois vou deitar um pouco, minha cabeça doía, eu estava me controlando ao máximo para evitar os pensamentos ruins e pens
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